NO OITANO ANO, "A GRANDE FAMÍLIA" MANTÉM A QUALIDADE
O programa tinha data para começar e terminar. Eram somente 14 episódios, no qual a maioria deles seriam adaptações da primeira versão, em 1974. Hoje, sete anos depois da estréia, “esta família é muito unida, mas também muito ouriçada”, é uma das melhores audiências da linha de show das dez da noite, na Rede Globo.
Apesar da perda do hilário Rogério Cardoso (seu Flor) e do Francisco Millani (Tio Mala), o programa conseguiu dar a volta por cima e manter a qualidade que o acompanha desde o início.
Talvez, o sucesso do programa é justamente o olhar crítico dos autores. Eles tiram do cotidiano cenas que podem ser aproveitadas na grande família. Como, por exemplo, a situação em que o Augustinho viveu ao ficar em um quarto de motel com um travesti e este ameaçar um escândalo. Como, ainda em 2001, quando o programa entrou no gosto dos brasileiros, os autores escreveram a primeira história inédita. Onde a família Silva tinha a energia de luz cortada porque não atingiram a meta do governo. Uma crítica ao apagão do FHC.
Histórias paralelas que criticam (ainda que de modo leve) os costumes brasileiros aparecem, também, na série. Como é o caso da Marilda e seus dois maridos. E o chefe do Lineu, seu Mendonça, um chefe mulherengo que é sinônimo de alguns chefes brasileiros, que representam mal as suas repartições.
O programa tem tudo para ficar mais um ano na grade e conseguir os mais de 30 pontos no ibope, porém os autores e atores não podem perder o bom humor e a critica sutil de serem brasileiros. Pois histórias é que não faltam a tantas famílias do nosso Brasil.
E para você? Qual episódio foi o mais engraçado nesses sete anos da “ A Grande Família”?
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