A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO

A EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO

Autora: Flávia Sampaio

“No meu tempo não era assim.”

“Esta juventude está perdida.”

“Todos sentados e em silêncio.”

“Já não sei o que fazer para chamar a atenção deles.”

Estas são falas de professores que, ao longo do tempo, se deparam com suas respectivas salas de aula e encontram seus alunos de uma maneira que não era esperada: falantes, agitados, andando, movimentando...

O alunado mudou, lógico, pois o mundo mudou.

A sociedade de informação ampliou sua abrangência tão rapidamente quanto à velocidade da veiculação das notícias. Atualmente, um acontecimento no Japão, Rússia, Turquia e até na Lua chega até nós em milésimos de segundos!

Estamos num novo tempo, o tempo do Orkut, do MSN, dos Blogs, dos e-mails, da banda larga...

Com toda certeza, a docência de tempos atrás não é a mesma de hoje, o acesso à informática e aos meios de comunicação de massa não acontecia com tanta facilidade.

A todo o momento, os alunos são seduzidos com os apelos da mídia: modo de vestir, andar, falar, costumes, gírias, comportamentos e tiques; e o papel da educação não é (e nem tem como) impedir o acesso a tudo isto, mas fornecer ao aluno subsídios para que ele possa filtrar o que é realmente relevante para seu crescimento. E, neste quesito, a escola perde, pois esta cobra memorização e “decoreba” e, procura formar um sujeito “reprodutivo” totalmente descontextualizado da realidade.

A escola se apresenta atada às metodologias que não promovem a motivação, ao querer saber mais, ao gosto pela descoberta, esquecendo-se de ajudar na formação de sujeitos críticos, atuantes e autônomos que selecionam o que querem assistir e falar.

A escola preza os conteúdos culturalmente pré-determinados, e não recebe nem valoriza o conhecimento de mundo que o aluno traz, para, a partir dele, ajudar este aluno em seu processo de aprendizagem, interagindo e mediando a construção de seu conhecimento.

Entretanto, para que a escola tenha êxito nesta nova época, os alunos devem ser estimulados a “aprender a aprender”, a analisar o que é recebido e avaliar sua relevância. Neste enfoque, o papel do professor é de estimular a busca da informação, tratá-la e orientar sobre onde e como utilizá-la. E, quando há na relação um vínculo afetivo estabelecido entre os atores participantes, professor e aluno, este recebe sentimentos de segurança, confiança e coragem e se arrisca a socializar suas descobertas e dúvidas com o professor e os demais membros do grupo, para juntos, decidirem o que é relevante em sua formação.

FLÁVIA SAMPAIO

Professora da Rede Municipal de Educação de Volta Redonda, RJ, Pedagoga, Pós-graduanda em Gestão Escolar Administrativa e Pedagógica.

E-mail para contato com a autora: flaviasampaiosilva@hotmail.com

Joao Beauclair
Enviado por Joao Beauclair em 13/08/2008
Código do texto: T1125705