É ANO ELEITORAL...

A política, na sua acepção

verdadeira, é a ciência dos

interesses nacionais e huma

nos, em sua expressão per

manente, alheia ao esfervi

lhar das paixõezinhas ras

teiras e presumidas.

Rui Barbosa

A guerra eleitoral encontra-se a todo vapor. Difícil é sabermos o que corre pelo imaginário dos brasileiros.

Uma coisa, porém, é certa: o eleitor anda de saco cheio, está no limite, não agüenta tanta malandragem, tanto cinismo, tanta verborragia, tanta teatralização, tantas coreografias grotescas. Aos poucos, penso, até mesmo via sofrimento, ficamos sim mais críticos, mais exigentes.

O Brasil não aceita ser visto como “um pedaço de roça mal roçado” onde a politicalha e os politicalheiros encontram campo fértil. Os blefes, os interesses rasteiros, essas retóricas públicas que velam reles intenções privadas, esses falsos líderes, vêm sendo rejeitados veementemente pelos homens e mulheres conscientes do verdadeiro sigmificado de CIDADANIA.

As transformações a que tanto aspiramos hão de convergir cada vez mais no sentido de uma nova concepção de Estado e de um novo entendimento de seu potencial como instrumento de políticas sociais.

Os partidos (salvo raras exceções) parecem imersos numa dolorosa ausência de perspectivas. A coisa vale tanto para a direita, como para a esquerda.

Portanto, esperamos que apresentem planos de metas definidos, consistentes, exeqüíveis, que tenham coragem de assumir compromissos sérios, factíveis, éticos e inteligentes.Tudo, é claro, a partir da realidade dos variados segmentos de nossa sociedade.