MINHA PRIMA (UMA HOMENAGEM)
Uma explosão de sentimentos,
Fez no teu ser logo na adolescência,
Uma cascata de euforia, vinda das tuas raízes.
Partis-te para a vida a querendo sorver de um só gole.
Desabrochando em sentimentos sem hipocrisia
Como que teu ego pedia.
Sentiu todos os perfumes, passeou em todas as casas,
Bebeu todos os vinhos, sasciou-se de todas as carnes e desejos.
Obedeceu todos os impulsos do teu corpo em fúria de prazeres e de viver.
Viu todos os amanhecer possíveis e deliciastes em devaneios, realizando-os.
Teve dias de plenas magias, de levar tua alma,
Onde tua mente pedia, e teu corpo reverenciava.
Amante de tudo, viveu e vive a vida cada minuto,
E temos um amigo em comum... Lele!
Foste feita para ser assim.
Amou e foi amada, ama e é amada
Partiu na tenra idade, atrás do que a vida te impunha,
E estava no teu sangue.
Viestes de tuas raízes, não te fizestes como és, fostes e és como és.
Tu és assim. Única.
E bailastes festiva por toda tua mocidade,
Deliciando-se como querias, como sentia, como tua alma pedia.
Mulher, mãe, amante, mas acima de tudo mulher, mulher.
Detonastes todos os instintos, sem nunca os reprimir.
Porque teu prazer era viver a vida totalmente, inexplicavelmente, plenamente,
Como só tu a sentia, sem culpas nem arrependimentos.
Nascestes em Aracaju, e depois conquistou Salvador.
Reinou em Salvador, sugou Salvador, se entregou à Salvador.
E a vida te observava, e a vida te queria assim.
O teu eu agradecia o saciar de sentimentos que tua mente trazia.
Mulher, mulher, sempre mulher, como me contastes um dia:
Fui feliz, sou feliz, eu quis assim, eu sou assim, sem repressão nem preconceitos...
E agora chegou o tempo;
De acolher os cabelos grisalhos, de acomodar o ego, de relaxar.
Saciada, acalmada da batalha da vida.
Sem perdão para pedir a ninguém, só aos anos, o agradecimento.
Vivestes todos os sonhos, partilhastes de todas as festas
Cantastes todas as cirandas e como mulher fostes e és plena.
Encarou todos os devaneios, viveu fantasias, foste sempre tu.
E nos teus sonhos, obedecestes todos os ímpetos latentes,
Porque não foste tu que te fez assim.
Foi o destino escrito no infinito que te fez como és...
Continue minha prima tome até o último gole que a vida te oferecer.
E se te perguntarem: Que achou dos tempos idos e do agora ?
Diga: Vivi a vida, estou cumprindo tudo que o destino me determinou.
Vivo o grande jogo da vida, e acima de tudo:
SOU MULHER...
Salvador, 07/08/2008
Barret.