O RABO BALANÇA O CACHORRO
NO BRAZIU O RABO BALANÇA O CACHORRO...
Quando era criança e brincava de mocinho e bandido achava que a polícia era do bem e os bandidos eram do mal.
Apesar dos esforços do Stalone, do Schwarznegger, de muitos promotores e delegados da Policia Federal sabemos que no “braziu varemnós” não é bem assim...
A situação é caótica.
Os bandidos são certamente do mal, embora pareçam ser do bem nos guetos de pobreza, e a policia, em milhares de casos, também é do mal. Milicianos do mal.
A Polícia Federal faz ações glamourosas, portentosas...
Bate, prende e arrebenta, como dizia João Batista...
Ai, Jesus!
Vem o tal de Hábeas e solta todo mundo.
Pior!
Faz-se CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e os policiais tornam-se suspeitos.
Como ousam prender algum amigo do Rei?
Aqui é Pasárgada! Em Pasárgada, os amigos do rei não podem ser presos.
São cidadãos acima de qualquer suspeita.
Sem golpes baixos, como revistar abaixo da cintura. Isso não é pudico. Você pode encher a mão de "capim".
Os bandidos (eram do mal ou do bem, mesmo?) invadem terras, dominam comunidades, determinam quem deve ser votado, no estilo mais violento da cabrestagem dos primórdios do século vinte.
Podem ser filiados ou fichados em qualquer partido de aluguel.
Nanico ou de amplo espectro.
Afinal, ao molde de muitos medicamentos com igual descrição, os partidos políticos no braziu, em sua ampla maioria, servem para qualquer tipo de falcatrua.
Importa estar perto e ser amigo do rei.
Se ele estiver nu, que todos fiquem também. Se ele estiver bem vestido e alimentado, que importa se há desnudos e famintos.
Nestas terras “d´alemar” alia-se a esquerda ativa com direita passiva ou versa-vice numa orgia festiva, aves bicudas namoram estrelinhas. Nas entrelinhas ficam os de sempre, no centro do poder.
Nós, os honestos, ficamos no meio do tiroteio, numa perigosa linha, segurando-nos na ética residual do maniqueísmo do bem e do mal.
Só está meio difícil saber o que é bem e o que é mal.
Bem é se locupletar, ser devoto de um terço nas licitações e desfilar sua imunidade em festas.
Mal é não ter escola pública decente, não ter atendimento médico, ter uma aposentadoria miserável, apesar de uma das maiores cargas tributárias do mundo, apesar de trabalhar todos os dias, anos a fio.
Enfim, trabalhar que nem um cachorro e estar sempre com o rabo de fora, como diria vovó, sem saber para onde correr.
Votar na situação ou na oposição?
Chamar a polícia ou chamar o ladrão?
O mais difícil é identificar quem é quem.
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