O que eu fiz do meu tempo?

O que eu fiz do meu tempo?

Já ouvi muitas vezes a frase “a vida começa aos quarenta”, mas quando se tem vinte e poucos anos, achamos que isso vai demorar uma eternidade para acontecer, porém o tempo voa e quando chegamos nessa idade, certos questionamentos são inevitáveis.

A maturidade trazida com os quarenta anos nos propõe reflexões profundas e o tempo que é implacável e acelerado, nos pega quase sempre despreparados, então é necessário que tenhamos a sensibilidade de parar tudo e nos cobrarmos certas coisas. O que fiz ao longo desse período? Lutei por causas que realmente valiam à pena ou me perdi em discussões sem rumo? Fui à mão amiga que orienta e apascenta ou fui à mão que apedreja sem piedade? Ofereci o carinho e as palavras de conforto a quem me procurou ou gastei o tempo na busca desenfreada pelos bens materiais que julgava imprescindíveis? Valorizei um Deus verdadeiro e justo ou joguei palavras ao vento, venerando falsos ídolos, nas minhas horas de desespero? Procurei priorizar a justiça na maioria das situações, ou julguei pelos olhos, condenei por meus atos e excluí inocentes?

Muitas pessoas se esquecem de fazer essa auto-avaliação, deixam o tempo, esse dom tão precioso, escorrer pelos vãos dos dedos e depois lamentam a falta dele, quase sempre quando já não é mais possível rever os atos, reverter o que já magoou o que já distanciou, o que já não tem mais volta. O tempo é nosso aliado, não nosso inimigo, faça o relógio trabalhar a seu favor, faça seu próprio tempo, seja dono dele, planeje e acima de tudo não deixe para depois, não espere. O hoje é para ser vivido, o ontem para ser corrigido e o amanhã não se sabe se virá, não espere pelo momento oportuno, faça-o acontecer, não espere ouvir o perdão, antecipe-se a ele, não espere que a felicidade venha bater à sua porta, procure-a. Tenha tempo para ver as coisas boas que acontecem ao seu redor, para amparar alguém, oferecer o conforto de suas palavras, pois é infeliz o homem que ao final de um dia, não aprendeu nada, não fez um amigo ou não ajudou ninguém. Não se torne escravo do seu tempo, utilize-o de forma digna e consciente, valorizando cada dia como se fosse o último e acima de tudo, questione-se todas as manhãs, o que eu fiz do meu tempo? Certamente isso te fará uma pessoa melhor e te trará juntamente com a maturidade, os momentos felizes que tanto nos empenhamos em buscar, pensem nisso...

Adilson R. Peppes.

Adilson R Peppes
Enviado por Adilson R Peppes em 01/08/2008
Reeditado em 01/09/2020
Código do texto: T1107734
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.