O homem em busca de si mesmo...
O homem em busca de si mesmo...
Todos nascemos com uma missão, somos educados, condicionados a isso, perseguirmos nossos sonhos, nossas realizações pessoais, buscarmos a tão sonhada felicidade.
Desde pequenos somos alimentados por sentimentos de busca, de pequenas satisfações pessoais, crescemos num ambiente extremamente consumista, onde presentes parecem contratos, onde o ter se sobrepõe ao ser, onde chegar ao topo é prioridade absoluta, somos preparados desde adolescentes para essa batalha interior.
Estamos sempre à procura, do melhor trabalho, do melhor carro, da melhor casa, da melhor companhia, da melhor condição social, mas essa competitividade que deveria ser benéfica, salutar, acaba nos sufocando, transformando o ser humano em maquinas, em verdadeiros robôs, programados para ganhar dinheiro, doentes em seus sentimentos, fragilizados nas suas boas ações, entregues aos seus medos, o medo de não conseguir, de não alcançar os adjetivos, de ser chamado de perdedor.
Está cada vez mais difícil priorizar o lado humano, o lado sentimental, não nos sobra tempo para apreciar a natureza exuberante, o sorriso incomparável de uma criança ou ouvir a história de vida de um ancião, não temos tempo para fazermos uma coisa extremamente importante que é valorizarmos pequenas conquistas do dia-a-dia, dar atenção às pessoas que amamos viver a vida em toda plenitude da palavra.
Quando vivemos no interior, queremos insistentemente mudar para grandes cidades, grandes centros, depois pagamos para passar um final de semana no interior, quando não temos dinheiro e nossa condição financeira é precária, o que nos resta é ter um carro velho, mas depois, quando temos condições e dinheiro sobrando, colecionamos carros antigos.
Isso vem apenas demonstrar que o modo com que vivemos, os valores que cultuamos dependem apenas do ponto de vista, da paz interior de cada um, o objeto do desejo é o mesmo, o que muda é a forma com que o conseguimos, é a diferença entre fazer por amor, por prazer ou por dinheiro, por necessidade.
É necessário que façamos essa reflexão, essa busca de nós mesmos, essa introspecção, para que tenhamos a consciência de que talvez estejamos buscando o que já nos pertence, valorizando em outro local aquilo que temos ao nosso lado, sonhando com conquistas e objetivos que já atingimos, mas que por estarmos envolvidos demais, estressados demais, não nos damos conta, não prestamos à devida atenção.
Pensemos nisso, vamos usar o precioso tempo que o bom Deus coloca à nossa disposição, para vivermos da melhor maneira, sabendo valorizar o que realmente merece nossa atenção, fazendo aqueles que estão à nossa volta felizes, conduzindo nossa vida e não sendo atropelados por ela, priorizando o lado humano que é o que realmente importa, pois só assim poderemos encontrar essa paz interior que tanto buscamos e que eu simplesmente chamo de felicidade...
Adilson R. Peppes.