A SEDUÇÃO DE SALOMÉ
A SEDUÇÃO DE SALOMÉ
No mundo antigo uma só arte era encinada à moça e cultivada com zêlo pelas mulheres. Caminho único para o sonho, única evasão prazenteira permitida a criaturas das quais as leis fazem perpétuas tuteladas: a arte do rítimo, que engendra a música e a dança.
Se as danças sacras tem as suas sacerdotisas, que participam de todas as grandes festas da Grécia, quão mais fascinante é a linguagem das danças profanas: as danças que serviram a Salomé, sobrinha de Herodes-Antipas, para obter a cabeça de São João Batista.
Era uma bailarina-criança, menina de nobre estirpe, que possuia o segredo dos gestos mágicos, herdados do Egito e do Oriente por vetustas sabedorias. Não é igualmente graças a eles que Teodora, filha de Beluário, seduz Justiniano a tal ponto que ele a eleva ao trono de Bizâncio? Esses gestos são combinações de atitudes que participam da magia.
A música concorre também, mas como apôio à melodia; composto unicamente de hinos, canções e coros, seu concurso é, antes de tudo, vocal e instrumental, mas sem noção de orquestra.
Estudo, pesquisa e postagem: NIcéas Romeo Zanchett
http://arteuniversal-pesquisaromeo.arteblog.com.br