A questão da liberdade relligiosa
Há dias falei que os muçulmanos que residem no Ocidente, mais especificamente na Europa, estão fazendo uma ponderável pressão sobre o cristianismo. Embora vivam como imigrantes em terras cristãs, mas fazem campanhas contra o nome de escolas, ruas e lugares que lembrem santos, papas, etc. Matriculam seus filhos em escolas cristãs, mas não querem que essas escolas ensinem religião.
Embora eu seja católico, tomei por base, para elaboração deste artigo uma pregação do Pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus.
Aqui no Brasil, através de um PL 122/2006 (Projeto de Lei) tramita em Brasília um instrumento que visa combater a liberdade de expressão, e com ela a religiosa. Trata-se de um assunto sério que atinge toda a sociedade brasileira, e que nos deve manter alertas, para não recebermos goela abaixo mais uma lei que atente contra nossa liberdade.
A questão é que o "gay power" está crescendo no mundo. Eu não tenho nada contra eles enquanto pessoas humanas. Não concordo com suas preferências, mas acho que todos têm direito a escolhas. Tenho amigos e ex-colegas que são gays, pessoas finas a quem admiro, sem entrar em suas intimidades. Esse crescimento do poder dos gays cresce tanto no Brasil a ponto de eles já ditarem algumas normas.
Por exemplo: houve uma missa do Padre Marcelo. A Polícia Militar de São Paulo afirmou que havia um milhão de pessoas. Aconteceu uma caminhada dos evangélicos e a mesma polícia arbitrou o número de pessoas participantes em 1,2 milhões. Dias depois houve a “parada gay”. A PM paulista não contou as pessoas, mas limitou-se a aceitar os dados dos organizadores, que afirmaram ter 5 milhões de expectadores e simpatizantes. Eles estão dando as cartas.
Pois o PL 122/2006 condena toda a discriminação (religiosa, social e de orientação sexual). Eu sou contra qualquer tipo de discriminação, mas acho que “cada macaco em seu galho”. Pedofilia, por exemplo, é orientação sexual, e é crime. Em nome desse favorecimento à liberdade sexual vão acabar fixando a maioridade em 18 anos, ou 14 ou 12? E aí?
A proposta que tramita no Congresso afirma que qualquer publicação contra condutas (e aí se perfilam o adultério, a prostituição, a corrupção e o homossexualismo), por escrito ou verbal (artigos de jornal, charges, sermões religiosos, palestras, etc.) tudo é passível de uma pena que vai de dois a cinco anos de reclusão. Vamos ser vítimas – como aliás já está acontecendo com outros assuntos – de um “terrorismo legislativo”, onde tudo é discriminação.
A crítica social (tudo rotulado como discriminação) vai se converter em ofensa. Essa mordaça vai botar abaixo o confronto de idéias. Já imaginaram se essa lei passa? As minorias vão calar a boca da maioria.
Hoje, dentro do processo democrático, critica-se o Presidente, o Judiciário, o Congresso, os militares, os políticos, além de padres e pastores. No entanto, não se pode criticar os homossexuais, pois se trata de “homofobia”. Ora, se é assim, a Bíblia terá de ser banida, pois ao criticar as relações homossexuais (cf. Carta de São Paulo aos romanos 1,24-27) ela cai no index dos livros homofóbicos.
o autor é Doutor em Teologia Moral