Perguntas...
É difícil para o brasileiro comum, entender a discórdia existente no Poder Judiciário. A briga é de cachorro grande. Tão grande que está causando comoção em todas as instâncias do Poder Judiciário a nível nacional.
Tem gente falando em impeachment do Presidente do Supremo, Gilmar Mendes e os juízes federais estão revoltados com a atitude dele de mandar soltar Daniel Dantas.
Como é possível, um juiz mandar prender uma pessoa, que está sob investigação e horas depois, um Ministro do Supremo, manda soltar? Quem estaria errado. Será que o juiz fez seu trabalho mal feito? Não havia motivos para prender o indiciado? Estariam a Polícia Federal e o Juiz em questão errados em suas conclusões?
Segundo consta, a PF está investigando esta turma a cerca de 4 anos. Neste tempo todo, será que não conseguiram reunir documentos e provas suficientes para incriminar os indiciados? Quatro anos jogados fora em investigações, salários de policiais, uso de equipamentos, tudo isso para nada?
E Gilmar Mendes, sozinho, pode revogar o que foi decretado pelo Juiz De Sanctis? Não teria que haver uma avaliação por parte de um colegiado de Ministros para a revogação desta prisão? Afinal de contas não estamos falando de uma multa de trânsito ou de um roubo de supermercado. Estamos falando de um roubo de bilhões.
Quem estaria agindo de acordo com os interesses da sociedade que lhes paga os salários, De Sanctis ou Gilmar Mendes?
Que Justiça é essa, que é interpretada por dois de seus membros diferentemente?
Estariam sendo usados dois pesos e duas medidas?
Ao cidadão comum, fica impossível saber quem está com a razão. A PF investigou durante anos, arrebanharam provas e compilaram indícios, montou-se um processo e se indiciaram pessoas; o processo foi analisado por um Juiz Federal que deu seu parecer teoricamente dentro da Lei e solicitou a prisão dos acusados; a PF entrou em ação em prendeu os indiciados; tudo “dentro da Lei”. Gilmar Mendes acha que os quatro anos de investigação não valem nada, que as provas não são suficientes, que os indícios não valem nada e manda revogar a decisão de um colega seu de instância inferior.
Pergunto: Com que objetivo?
Preservar os “direitos” dos “elementos” indiciados? De que direitos estaríamos falando? Se eles roubaram, fraudaram e sonegaram. Que direitos têm esses elementos? Chamá-los de cidadãos seria ofender nossa sociedade.
E os direitos das pessoas que eles prejudicaram? Quem os defenderá? E os impostos não pagos e o dinheiro público usurpado?
São tantas perguntas que meu artigo está ficando chato de ler. Se alguém souber a resposta para elas, pode me enviar...
Só mais uma: Gilmar Mendes é soberano, supremo, não há ninguém a quem ele tenha que dar explicações a não ser sua consciência, se tiver uma?
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