EMANCIPAÇÃO DA ALMA

LIMA, Eloina de Jesus – brasileira, professora, licenciada em Pedagogia e Estudos Sociais. Pós Graduada em Metodologia do Ensino Pesquisa e Extensão em Educação, Extensão em Espanhol, Capacitação a Distância para Gestores Escolares PROGESTÃO.

A mediunidade se manifesta de várias formas. É uma predisposição orgânica e através da qual o ser se relaciona com o mundo espiritual. Uns a tem de forma ostensiva. Outros ainda adormecidos.

Essa ausência aparente deve-se à resistência do organismo, que está ligada a uma predisposição genética.

Na dinâmica mediúnica, podemos reconhecer a importância do sistema nervoso central. Sem isso o circuito não se completaria. Tanto assim que o corpo desprende uma irradiação fluídica nervosa. Possui certo brilho e o médiun fica envolvido por uma espécie de luz espiritual. Os espíritos sofredores são atraídos por essa luz. Só deixam o médiun quando lhes é indicado o modo de alcançarem melhora para seu estado.

Sabe-se que o corpo espiritual durante o sono tem a propriedade de emancipar-se. E pelo desdobramento entra em contato com os espíritos desencarnados.

É durante o sono que o Espírito aproveita para libertar-se do corpo físico. Os laços que os unem relaxam e o corpo não necessita do Espírito, ficando ligados pelo cordão de prata e vai por onde quer, tem conhecimento do passado e entrevê o futuro.

Dessa maneira podemos crer que o sonho é a lembrança do que o Espírito viu pelas suas andanças. Se não recordamos ao despertar é porque às vezes a visão não foi muito nítida, não temos merecimento, talvez para não chocar ou trazer preocupações.

Para que os sonhos ocorram não é necessário o sono completo, basta o entorpecimento dos sentidos. Assim, dá-se também o encontro com amigos encarnados, familiares... E desenvolvem a comunicação oculta do pensamento, sem utilizar sequer uma palavra. Supõe-se, ser esta a linguagem do futuro.

A morte aparente do corpo acontece mediante a letargia e catalepsia. Esta é localizada e pode afetar uma parte do corpo, mas a inteligência permanece livre para se manifestar, daí não se confundir com a morte. Já na letargia a suspensão das forças é total. Em ambas as situações o Espírito está consciente.

O sonâmbulo atua sobre a influência do seu próprio Espírito (encarnado alma) , que nos momentos de emancipação vê, ouve e percebe fora dos limites dos sentidos. Seus conhecimentos são mais amplos, por sua alma estar livre do corpo. O sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, já o médiun exprime o pensamento de outrem (do Espírito).

No estado extático o sonambulismo é mais apurado e a alma do extático é mais independente. Pode penetrar em esferas mais elevadas e observar a felicidade dos que ali habitam. E fazem esforços para romperem os laços que o prendem à Terra. Por esta razão não se abandona o extático a si mesmo. Ele pode enganar-se em relação ao que vê e ser vítima de Espíritos enganadores.

Na dupla vista é a alma que vê. E na maioria das vezes ela é espontânea. Certas circunstâncias como doenças, pressentimentos, perigos que podem ocorrer ajudam a desenvolvê-la mais.

O poder da dupla vista vai desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou ausentes.

Esses fenômenos foram conhecidos e explorados desde a mais remota Antigüidade. Os preconceitos fizeram passar por sobrenatural, quando são de ordem natural. Entretanto a influência moral (saúde espiritual) do médiun pode perturbar a comunicação.

Eloina Lima
Enviado por Eloina Lima em 12/07/2008
Código do texto: T1077527
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