manta de retalhos
ONDE MUDO O MUNDO
digo para mim qualquer coisa,
acho que nem escuto: quando
dou conta já estou a escrever
procurando o ritmo cativante
de escrever o ver o crer, ser
o és do es_cre_ver como vejo
o sentir dos sentidos nu modo
mudo movimento-me sempre
para atingir o som do Silêncio!
Cansa-me escrever poesia e com isso... apenas escrever Poesia, fazer poemas. Por esse motivo este meu diário é a "manta de retalhos" de facturar, fracturar... ideias fractais que vão das palavras ao seu excesso que é também a sua carência, procurando no conjunto um todo onde tudo possa ter lugar
esta exactidão onde o que está a mais é como o lugar da onda guardado pelo mar, o novo amor que chega onde o amor é novo, a definição que define a acção, a acção indefinida onde tudo começa quando qualquer coisa acaba, nem que seja um pensamento
assim procuro em cada momento encontrar o tempo, este tempo que cubro com este texto onde penso e falo de todos os textos peças deste artigo único em variedade de formas, sons e colorido(s)
o masculino escrito na feminina escrita ou vice-versa debaixo desta ma(n)ta ou sobre esta manta...