Lei Seca - INIBINDO A DROGA CHAMADA ÁLCOOL.

Impressiona-me como apesar de beneficiar toda a todos, a chamada Lei Seca do Transito encontre demasiada crítica proveniente dos mais variados setores sociais. Assistindo ao Hoje em Dia, programa da Rede Record, vi o jornalista Britto Júnior efetivar uma veemente defesa em favor da validade da lei, quando em contrapartida, o presidente de um dos Sindicatos dos Bares e Restaurantes, defendia o seu peixe afirmando que a prática da utilização é milenar. O bom ou mau uso da bebida alcoólica pode se dar de maneira milenar sim, no entanto o que está em questão não é a relatividade temporal em que se efetiva um hábito, mas o efeito de um hábito desenvolvido impropriamente, como por exemplo no transito.

Na realidade, o mau uso da bebida alcoólica gera problemas múltiplos que as logísticas empresas de bebidas alcoólicas fazem questão que não venham a público. A maioria das festas, inclusive religiosas, as quais tem boletins de ocorrência policial por confusões, brigas, e até homicídios, tornam-se integrantes das matérias jornalísticas de segunda-feira, por causa das pessoas que se excederam ao beber.

Nos hospitais, um sem número de alcoólatras morrem de cirrose hepática diariamente.Casamentos são destruídos, crianças são abusadas, filhos desgraçados e muitas tragédias mais em função da escravidão ao álcool. Se for para pensar na milenar idade prefiro voltar-me para aqueles que milenarmente são sóbrios, honestos, ou pelo menos gerentes de si mesmos, ao ponto de entender que a sua liberdade pessoal precisa ser medida pelo impacto de seus atos sobre si mesmo e à sociedade que o cerca.

Pode alguém dizer que tem o direito de beber porque vive em uma sociedade livre, amparado por uma constituição que defende a liberdade de ação, mas posso igualmente dizer-me livre para não beber e não querer ser morto por um indivíduo embriagado, não apenas no transito, mas em todas as conjunturas relacionais. Beber ou não beber tornou-se a questão porque no viver ou não é que nos deparamos com o problema.

Nunca vi um defensor dos bares e restaurantes vir a público dizer que está lutando para evitar a venda das bebidas alcoólicas para os jovens e adolescentes. Talvez porque pensem que a droga seja um perigo maior do que o álcool. Pois bem, deixo claro neste texto que o álcool também é droga. Altera o estado de consciência e ação tanto quanto o faz a mais complexa das substancias químicas.

Pessoas que questionam esta lei precisavam visitar os AAs, as clínicas de reabilitação, as famílias enlutadas, ou carregar um pai cheio de vômito depois de passar a noite na calçada. Quem sabe algumas destas imagens devessem acompanhar as propagandas que mostram as mulheres, como se as mesmas só gostassem de estar com indivíduos que se dão a bebidas. Pergunte às mães de filhos alcoólatras e esposas de maridos embriagados como se sentem e verá o que realmente causa o uso incontido da substancia proveniente da cana ou da cevada.

Se você pensa que estou errado, faço-lhe um desafio, opte por beber bebidas não alcoólicas, como cerveja sem álcool, por exemplo. Você me diz, eu não gosto. Eu lhe digo, é porque falta a “tonturinha”. Pense nisso e vamos repercutir opiniões.