A parte que lhe cabe

Fazemos nossa parte. Quem faz a outra?

Regularmente temos ouvido a frase : “O governo não pode fazer tudo sozinho. É preciso que cada um de nós faça sua parte”. Isto é verdade. Com certeza nós realizamos várias tarefas que ainda estão mantendo nosso país de pé. A principal delas é o pagamento de altos impostos. Do rendimento anual dos que ainda possuem emprego, 30 % em média é sugado em nome de taxas que não retornam sob forma de melhoramentos sociais. Os desempregados também pagam uma alta parcela, quando adquirem alimentos, roupas, remédios e supérfluos empurrados pela mídia.

E para que pagamos tanto ? Para que os dirigentes em cada esfera pública, tenham meios de realizar um trabalho que nos permita evoluir como cidadãos e em consequência, como nação de respeito no mundo. Mas 80 % deles não executam as ações pelas quais se comprometeram durante as campanhas eleitorais. Dentro da parte que lhes cabe realizar, as mais importantes são :

1) Não desejar multiplicar seu patrimônio pessoal às custas das verbas públicas.

2) Não se cercar de pilantras com o mesmo pensamento.

3) Criar mecanismos claros de controle da verba arrecadada.

4) Lutar para que a Justiça seja desemperrada e aplicada sobre aqueles que se aproveitam do cargo e promovem rombos nos cofres públicos.

5) Permitir que os funcionários adequadamente remunerados por nossos impostos, possam desenvolver as atividades relacionadas à agricultura, saúde, segurança e ... educação !

Se esta última for programada de forma adequada, nossos compatriotas aprenderão a respeitar o meio onde vivem, evitarão o surgimento de condições de geração de doenças infecciosas e estarão sempre exercitando a cidadania em prol da comunidade. Isto quer dizer que estaremos “fazendo nossa parte”, colocando em prática, tudo o que nos ensinaram.

Se estas ações forem desenvolvidas por quem de direito, teremos exemplos a serem seguidos com orgulho por cada amante de sua terra. E não mais lamentaremos os altos valores suprimidos de nossas rendas, pois estaremos comprovando que os mesmos estão servindo para melhorar nossas condições de vida. É extremamente sacrificante e doloroso, pagarmos altas cotas injustas de impostos, para vermos nossos avós morrendo em filas de hospitais (teremos nós de construir e colocar os hospitais em funcionamento ?), nossos filhos sem vagas nas escolas (teremos de construí-las, mante-las e dar aulas ?), nossos parentes sendo violentados (teremos de portar armas e prender os delinquentes em nossas garagens ?) e nossos amigos desempregados (teremos de abrir empresas para criar novos postos de trabalho ?) enquanto os falsos governantes se cercam de mordomias e imunidades às custas de nosso suor honesto. Então que não nos cobrem os impostos e faremos tudo que o país precisa, com mais sabedoria, mais economia e mais prazer. E os dirigentes que "sacrificam a família" e lutam para se eternizarem no poder do “estado falido” para tomarem conta (?) do nosso dinheiro, que deixem de ser políticos profissionais, aprendam a produzir e se integrem à nossa força de trabalho. Em suma : que passem a ser úteis à pátria.

Haroldo
Enviado por Haroldo em 02/02/2006
Código do texto: T107181