JESUS É UM MITO
Nota introdutória: Tendo em vista a enorme mobilização tomada contra este artigo, sinto-me obrigado a escrever esta nota introdudória a fim de esclarecer certos pontos. A maior parte das coisa que escrevi aqui foram abandonadas por mim mesmo, e apenas mantenho este artigo aqui porque faz parte das minhas pesquisas. Não creio que Jesus não tenha existido, por isso escrevi outro texto que também foi publicado aqui intitulado "Jesus é um mito?", que, por sinal, foi bem pouco lido, onde demostro meu ceticismo a respeito do que pode ter sido uma teoria da conspiração demasiadamente exagerada que se fez ao inferir, do seu caráter aparentemtente mitológico, a inexistência de Jesus. Isso não implica que sobre sua biografia "oficial", a Bíblia, não tivesse entrado inspirações mitológicas, mas isso não é o bastante para se excluir sua existência de fato. O que se discute na academia não é se Jesus existiu, mas se a Bíblia é uma biografia confiável a respeito dele. Portanto, peço que leiam este texto como uma pesquisa ou uma curiosidade, não como uma conclusão definitiva sobre o tema.
É interessante notar que os debates em torno de Jesus sempre tratam de sua divindade ou de sua humanidade, como se fosse certo que existiu um homem chamado Jesus que fundou o Cristianismo. No entanto a verdade é que até hoje ninguém jamais encontrou uma prova sequer da existência de tal pessoa. Isso quem diz não são cientistas incrédulos, mas os próprios estudiosos cristãos afirmam isso. Dizem que a única “prova” da existência de Jesus são os Evangelhos, mas ignoram – ou fingem que não sabem – quem nenhum dos Evangelhos canônicos foi escrito por testemunhas oculares dos fatos, ou seja, tais relatos não têm nenhum valor histórico.
Diante da falta de evidências, muitos cristãos, em sua ingenuidade, alegam que a ciência também nunca provou que Jesus não existiu. Não sabem que quem afirma é que tem o dever de provar, e não quem nega. Na ausência de provas, o mais sensato e racional é aceitar que tal coisa nunca existiu. Digamos, por exemplo, que alguém me acusa de ter roubado algo dela. Eu não preciso provar que não roubei, ela é quem tem que provar que sim, porque é ela quem está afirmando, e quem afirma que tem que provar. Mas se, no entanto ela alegar que está faltando a coisa em questão, aí sim eu deverei rebater, mesmo que esse argumento seja muito fraco. Eu poderia dizer que só porque ela não encontrou algo, não quer dizer que alguém o roubou, ela pode simplesmente tê-lo perdido. Mas se mesmo assim ela insistir e disser que me viu roubar seu objeto – que parece ser um argumento bem mais satisfatório – eu poderei dizer simplesmente que somente o testemunho da vítima não é válido, que seria preciso mais pessoas. Pronto. Eu não precisei provar que sou inocente, mas simplesmente refutar as “provas” de quem me acusa. Outro exemplo é o do filme Matrix. Se estivéssemos todos dentro de uma Matrix, não poderíamos saber que estamos. Ninguém poderia provar que não estamos, mas também ninguém poderia provar que sim. Desta forma, quem tem que provar é quem afirma que estamos. Na ausência de provas, ou com provas inconsistentes, a razão escolhe que não estamos numa Matrix. Assim sendo, a ciência não precisa provar que Jesus não existiu, mas somente refutar o que lhes apresentam como prova. Na ausência de prova, opta-se pela passividade.
Muitas pseudo-provas da existência de Jesus foram apresentadas ao longo da História. A mais famosa delas é o Santo Sudário, que alegavam ter pertencido ao próprio Jesus. No entanto, exames com carbono 14 mostraram ser falso o Sudário – e se Jesus tivesse mesmo existido, pra que precisariam falsificar uma prova? Outras menos conhecidas são textos de historiadores que viveram numa época próxima á de Jesus. Somente dois historiadores de uma época próxima à de Jesus teriam registrado algo sobre ele, Flávio Josefo e Tácito. Josefo o cita em dois parágrafos e também Tácito. No entanto exames modernos provaram serem falsos os parágrafos em que estes historiadores, mas isso já desconfiavam há séculos. Os padres da igreja simplesmente escreveram o que bem quiseram entre os parágrafos do livro dos respectivos autores. Eles precisavam de provas históricas para vencer seus adversários, então forjaram uma – se Jesus tivesse mesmo existido, pra que precisariam forjar uma prova? No livro de Josefo, o que está escrito é um depoimento de quem tinha uma profunda fé na divindade de Jesus. Se Josefo acreditasse mesmo que Jesus era o filho de Deus, porque teria escrito somente dois parágrafos? Além do mais, há muito tempo já se conhecia cópias dos livros que não tinham nenhuma referência a Jesus. Tácito escreveu por volta de 120 d.C. e no seu texto fala sobre a condenação de Jesus por Pôncio Pilatos. Mas nessa época muitos acreditavam que esse fato era real, o que leva a crer que Tácito simplesmente repetiu o que ouvia dos outros – outra prova é que no trecho em questão, Tácito chama Pilatos de “procurador”, como na época era conhecido ser o cargo de Pilatos. Mas Pilatos não era procurador, era “governador” ou “prefeito”. Isso mostra que o trecho em questão ou não era de Tácito, e sim de um leigo que não sabia a diferença entre procurador e prefeito, ou que o próprio Tácito estava apenas preocupado em registrar o pensamento de sua época.
Se Jesus foi mesmo tão importante como dizem, por que nenhum historiador registrou nada sobre ele? Se ele não foi tão importante, a ponto de não merecer nenhuma menção nos anais da História, por que deveríamos acreditar ser ele o filho de Deus onipotente? Hoje em dia ainda existem registros do governo de Pilatos, seus planos, seus relatórios, suas obras e seus julgamentos. Está tudo lá. Mas em nenhum existe referência a um judeu que fazia milagres ou que se chamasse Jesus, que foi crucificado, ou que tenha ganhado o respeito de Pilatos. Existem documentos ricamente detalhados sobre Pilatos e nada sobre Jesus, nem sobre seus discípulos, nem sobre seus milagres. Outro fato interessante é que na Bíblia diz que Herodes mandou assassinar crianças com menos de dois anos. No entanto nenhum historiador da época registrou tal acontecimento, isso nunca existiu. O ocultista francês Eliphas Levi, nos dá uma interpretação alegórica sobre este fato. Diz ele que o texto não fala de crianças em si, mas dos iniciados em Cabala Judaica, que tem seus anos contados depois que adentram no aprendizado de ciências ocultas. Assim sendo, não foram crianças que foram assassinadas, mas sim “iniciados” com menos de dois anos. Nem foi Herodes quem mandou a chacina, e sim Janée, que era algo como um grande sábio Cabalista que teve seu posto ameaçado pelo talento de Jesus. Levi tira este relato do Talmude dos judeus, que temos muitos motivos para desconfiar de sua veracidade. A parte do Talmude que fala sobre Jesus foi escrita muito depois da suposta morte de deste, o que nos leva a desconfiar que eles apenas pegaram a os Evangelhos e fizeram uma adaptação. Embora defenda a existência real de Jesus, Levi também afirma seu caráter mitológico.
Outra explicação para a lenda do infanticídio – mais coerente que a balela de Levi – é que os evangelistas tentaram traçar um paralelo com a história de Moisés, onde houve também um infanticídio, e Moisés também fugiu para o Egito. Dizem não ter sido por maldade que fizeram tal comparação, e eu acredito que não tenha sido mesmo. Dizem que era comum para os judeus daquela época traçar uma história parecida com as dos grandes heróis hebreus, mas eu creio que é por falta de imaginação mesmo...
Só resta agora os Evangelhos como “prova”. Mas estes podem ser descartados. O mais antigo dos Evangelhos é o de Marcos, escrito por volta do ano 70 d.C. Seguido de Mateus, Lucas e João – embora a ordem que encontramos na Bíblia não seja esta. Não só por conta da época tardia em que foram escritos, mas também por cometerem gafes horríveis é que estes documentos podem ser descartados como falsos. O mais antigo destes é o de João, escrito por volta do ano 100 d.C. – uns dizem 120. Se foi mesmo João quem escreveu tal evangelho, ele deveria ter mais de 100 anos quando o escreveu, perguntar-se-ia então: porque demorou tanto para escreve-lo? Os Evangelhos foram escritos em grego, não em aramaico, que era a língua falada em Israel naquela época. Alguns teólogos dizem que era assim para atingir maior número de pessoas, mas a verdade é que as pessoas que escreveram os Evangelhos não sabiam falar aramaico nem hebraico!!! Como assim? Os próprios discípulos de Jesus não sabiam falar hebraico nem aramaico? Os que escreveram os Evangelhos não... Existem várias provas de que quem escreveu os Evangelhos eram estrangeiros e pouco sabiam sobre a cultura judaica. Marcos, por exemplo, diz que depois de cruzar o mar da Galiléia, Jesus encontrou um homem possesso por vários demônios em Gerasa. Então Jesus ordenou que os demônios entrassem nos 2.000 porcos que passavam por ali e estes se precipitaram no mar e se afogaram – sem contar que isso daria um prejuízo enorme para o proprietário dos animais. O que o evangelista não sabia era que Gerasa fica a 50 km do mar da Galiléia!!! Ou seja, os pobres porcos tiveram que caminhar mais que uma maratona para achar um lugar pra se precipitarem? Mateus, vendo a gafe, mudou o nome do lugar para Gedara, que fica a 8 km – um pouco mais perto – mas em outro país. Mais tarde os copistas mudaram o nome para Gerdesa, que fez parte da costa do mar da Galiléia (ALFREDO BERNARCHI).
Este é apenas um dos vários erros gritantes que a Bíblia contém. Se contar que os monges copistas alteravam os textos para seus próprios fins. Antes do Concílio de Nicéia, no século IV, os textos hoje canônicos não eram considerados sagrados, portanto não era pecado adulterá-los. Naquela época circulavam vários Evangelhos, que hoje são chamados de apócrifos. Todos tinham igual relevância, e cada “corrente” cristã tinha seus evangelhos preferidos. O então imperador, Constantino Magno, com fins mais políticos que espirituais, convocou então o Concílio de Nicéia, para unificar as várias “correntes” cristãs numa única religião universal, a Católica. Foram chamados então os padres e os principais representantes de cada igreja para que fossem ESCOLHIDOS os textos que fariam parte do livro sagrado. Não se sabe qual critério foi utilizado para tal escolha, mas aqui os protestantes ficam contra a parede: a Igreja Católica, que eles tanto abominam, escolheram os textos que eles chamam de sagrado e nem sequer sabem por que uns foram escolhido e não os outros. Em vão é que se alega a vontade do Espírito Santo, pois como pode o Espírito de Deus servir a um bando de pecadores, interesseiros, dominadores...
Além de não haver nenhuma prova do Jesus histórico existem inúmeros motivos para crer que ele não passava de um mito. Não entenda aqui a palavra “mito” como sinônimo de “mentira”, mas como uma explicação alegórica e simbólica de algum fenômeno da natureza. Quem sabe os criadores do mito de Jesus sequer quisessem que alguém acreditasse na sua existência de fato. Talvez fosse apenas uma forma poética de tratar de um fenômeno muito comum, como o são todos os mitos. Convém dizer também que o Cristo, mesmo sendo um mito, não foi criado pelos cristãos, mas pelos essênios. Cerca de 100 anos antes de Cristo os essênios já praticavam muitos rituais do cristianismo como a eucaristia e já falavam em um salvador que chamavam de CRESTUS. Como pode? Antes mesmo de Jesus nascer os essênios já praticavam inúmeros rituais do cristianismo? Isso deu margem à errônea interpretação de que Jesus era um essênio e que aprendeu muitos rituais e liturgias deste povo. Os essênios valorizavam a humildade e a vida acética, a caridade e falavam por parábolas – coisa que os budistas também já faziam antes mesmo dos essênios. Praticavam a cerimônia do pão e do vinho como se fossem o sangue e o corpo de CrEstus. Isso tudo muito antes do suposto Jesus Cristo ter nascidos. Os romanos simplesmente assimilaram esta crença, assim como tinham feito com a religião grega e depois com o mitraismo, modificando-a para seus próprios interesses. Crestus era um mito para os essênios. Talvez eles mesmos não acreditassem na sua existência de fato. Os romanos tomaram esse mito e depois lhe deram vida própria. Destruíram tudo e todos que pudessem se contrapor a esta “verdade”. No ano 70 da era cristã os romanos invadiram Jerusalém e destruíram todos os documentos dos essênios para que não fossem comparados o Cristo da igreja romana com o Crestus dos essênios e não questionassem o dogma de Jesus. Desde a sua fundação que a Igreja Católica persegue e mata quem se opõe a ela e perseguiu sobretudo os judeus porque estes sabia da verdade, sabiam que Jesus nunca tinha existido e por isso não se converteram. Mas apesar de toda a violência da Igreja e toda forma de tentar evitar que descobrissem o que há de mitológico – e diria até plágio – em Jesus, ainda existem formas de provar que tudo não passou de uma farsa.
Jesus é um personagem baseado no Crestus dos essênios, que por sua vez não passa de um mito solar, síntese de vários outros mitos de vários outros povos. Jesus é apenas uma alegoria para o sol. Vejamos por que: Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro – embora em nenhum lugar da Bíblia esteja escrito, isso é defendido pela Igreja Católica – de uma virgem; três reis vieram celebrar seu nascimento; teve doze discípulos; era chamado de “a luz do mundo”; faziam milagres; morreu numa cruz e ressuscitou três dias depois. Isto é apenas uma alegoria para o solstício de inverno. Essa é uma época em que a terra se inclina, apontando o hemisfério sul em direção ao sol. Num modelo geocêntrico parece que o sol está caminhando para o sul. No dia 22 de Dezembro ele pára de rumar e fica neste ponto por três dias, o que seria a morte simbólica do sol. Neste ponto, acima dele fica a constelação de cruzeiro do sul, por isso diziam que o sol morreu na cruz. No dia 25 de Dezembro ele volta a rumar para o norte, por isso diz-se que ele nasce no dia 25 de Dezembro. Em muitos calendários antigos o ano começa no mês de virgem, por isso dizem que o sol nasce da virgem. Seus doze discípulos nada mais são que as doze casas do zodíaco por onde o sol passa durante sua trajetória anual. No dia 25 o sol se alinha também com a estrela Sírius, que é a estrela mais brilhante nessa data, e por sua vez se alinha com as Três Marias, que seriam os reis que celebram o nascimento do sol. Obviamente por se tratar do sol é que Jesus era chamado de “a luz do mundo” e seus milagres nada mais são que o milagre da vida.
A igreja tentou muitas vezes ocultar e repreender esta interpretação, mas ela mesma não conseguiu se desvincular de muitos traços mitológicos do culto ao sol. Para os judeus o dia santo era o Sábado, já para os cristãos era o Domingo. Eles mudaram o dia sagrado por conta do culto ao sol. Para os povos pagãos, o Domingo era o dia do deus sol e é por isso que ainda hoje em inglês se chama “Sunday”, ou seja, “dia do sol”. Também desde as primeiras pinturas cristãs, Jesus é mostrado com uma auréola na cabeça, que não é nada mais nada menos que um halo, luz que emana dos astros, ou seja, do sol. Também sua coroa de espinhos nada mais é que uma metáfora. Os espinhos são os raios do sol que emanam da coroa do astro-rei. Em algumas gravuras antigas também dá pra notar que a auréola de Jesus emana raios, ou seja, uma clara referencia ao culto do sol. Nos primórdios do cristianismo, os mortos eram enterrados com a cabeça votada para o leste, onde o sol nasce. Este era um costume dos egípcios, ligado ao deus RA, outra divindade solar. Também o mito de Jesus não tem nada de original. As semelhanças que ele tem com outros mitos como Mitra, Krishna e Horus são impressionantes. Vejamos o que há de semelhante...
Mitra era uma espécie de messias dos persas de cerca de 600 anos antes de Cristo. Filho do deus Aura-Mazda, viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman.
“Mitra nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro.
Era considerado um professor e um grande mestre viajante.
Era chamado “o Bom Pastor”.
Era considerado “o Redentor, o Salvador, o Messias”
Era identificado com o leão e o cordeiro.
Seu dia sagrado era domingo (“Sunday”), “Dia do Senhor”, centenas de anos antes de Cristo.
Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã.
Teve doze companheiros ou discípulos.
Executava milagres.
Foi enterrado em um túmulo.
Após três dias levantou-se outra vez.
Sua ressurreição era comemorada cada ano” (ALFREDO BERNACCHI)
Krishna é um mito ainda mais antigo, cerca de 2000 anos anterior a Cristo. Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus... sugestivo, não? Vejamos:
“Krishna nasceu da Virgem Devaki (“Divina”)
É chamado o “Pastor-Deus”.
É a segunda pessoa da trindade.
Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes.
Trabalhava milagres e maravilhas.
Em algumas tradições morreu em uma árvore.
Subiu aos céus” (LFREDO BERNACCHI).
Notem também o semelhança dos nomes “Krishna” e “Cristo”. Sendo que Krishna é muito anterior a Cristo, o que se supõe?
Há também muitas semelhanças com Buda. Ele nasceu de uma virgem, era considerado “o bom pastor”, aboliu a idolatria, pregava a paz e a humildade, falava por parábolas, foi tentado pelo demônio e fez um “sermão da montanha” – sim... até o nome é o mesmo.
Mas na minha opinião o mais instigante de todos são as semelhanças que o mito de Jesus tem com o de Hórus do egípcios. A lenda de Hórus tem milhares de anos a mais que a de Jesus e as semelhanças são impressionantes.
“Hórus nasceu de uma virgem em 25 de Dezembro.
Teve 12 discípulos.
Foi enterrado em um túmulo e ressuscitado.
Era também a “Maneira, a Verdade, a LUZ, O Messias, Filho Ungido de Deus, o Pastor Bom. Etc.
Executava milagres e ressuscitou um homem, El-Azar-Ur, dentre os mortos. [que lembra até o nome de Lázaro]
O epíteto pessoal de Hórus era “Iusa”, “o Filho sempre tornando-se” de “Ptah”, o “Pai”.
Hórus era chamado “o KRST”, ou “Ungido” [que lembra Kristo] por muito tempo antes que os cristãos duplicaram a história.” (ALFREDO BERNACCHI)
As semelhanças não param por ai. Em alguns lugares que pesquisei diz que Hórus morreu numa cruz também, que sua figura tinha cabelos longos e barba, que desceu ao inferno para enfrentar seu inimigo Set e que foi traído por um de seus discípulos, Tifão. Hórus ressuscitou El-Azar-Ur (se tirar o “E” fica “Lazarur”) que em egípcio era o nome de uma constelação, a da múmia. Quando o sol passava pro ela, esta constelação se iluminava, por isso diziam que a múmia ressuscitava. Quando ao discípulo traidor, é uma mera questão astrológica. Como os signos do zodíaco são os discípulos, há sempre o traidor, que é justamente o signo de escorpião, representado por Judas na historia de Jesus.
Há muito tempo atrás eu já tinha lido muita coisas destas como a história Buda e Krishna. Tinha visto muitas semelhanças com a história de Jesus, fiquei impressionado, mas minha mente moldada aos dogmas cristãos não permitiam que eu pensasse que eram mais que coincidências. Por muito tempo foi assim, mesmo depois que deixei de ser cristão não negava a existência do Jesus histórico. Mas depois voltado aos mesmos velhos mitos e aprofundando-me mais no que eu havia lido vi que não poderiam ser meras coincidências. Juntando ao fato de que nunca encontraram prova alguma da existência de Jesus e a repressão histórica que a Igreja impôs aos seus adversários, pra mim fica claro que nunca existiu um homem Jesus, que tivesse criado o cristianismo. Notem que Paulo de Tarso que era da época de Jesus, embora não tivesse o visto, poderia ter seu testemunho validado. Mas ele quase não fala do Jesus humano. Parece mais com o Crestus dos essênios, um ser desprovido de existência real. Pra mi fica claro que o cristianismo foi criado pelos romanos e séculos de repressão fez com que ele vivesse até os nossos tempos.
REFERÊNCIAS:
A Ciência dos Espíritos; Eliphas Levi.
Deus e os Homens; Voltaire.
Sinto Muito Mas Jesus Cristo Não Existiu; Alfredo Bernacchi.
O Catolicismo É Um Plágio?; Max Sussol.
Revista Galileu, Fevereiro de 2008, nº. 199. É Tudo Verdade?; Cláudio Julio Tognolli.