ERA UMA VEZ...

Você já percebeu que toda frase iniciada com “ERA UMA VEZ” é uma dissertação de crianças em potencial? Então, por que cargas d´água você, como adulto, foi inclinado a entrar nesse texto, em virtude do título por mim colocado para ler essa história? Seria apenas uma mera curiosidade?

Diante disso, vou responder, com franqueza, o que penso a esse respeito: você ainda tem dentro de si, no mais profundo do seu ser, uma criança adormecida e curiosa, prestes a despertar, mas devido à sua condição de já ter acumulado várias experiências, ou seja, ter vivido muitos anos de aprendizagem, os quais, diga-se passagem, lhe “ensinaram muito”, você tem a impressão de que está maduro demais para voltar ao tempo de infância.

Esse “ERA UMA VEZ” o qual lhe interessou, chamando-lhe a atenção, afirmo, sem medo de errar, que isso, por si só, demonstra realmente existir uma criança no seu âmago, ávida a retornar e a manifestar-se, incondicionalmente, para a vida, pronta a deixar as coisas chatas dos adultos de lado. Muitas dessas chatices (ganâncias, vantagens, dinheiro, poderes, entre outras), se você pensar bem, não têm valor algum, pois verdadeiramente, além de serem coisas passageiras (uma vez que o homem é mortal, portanto limitado e não levará consigo absolutamente nada ao morrer) são as causas de muitos sofrimentos, tais como: o estresse absurdo infiltrado no cotidiano das pessoas, sendo um dos maiores responsáveis por tantos ataques cardíacos, problemas psicológicos, psiquiátricos, além de uma gama de outros males, intitulados pelos especialistas como “doenças da atualidade”.

Então... para evitar tamanho transtorno em sua valiosa vida, deixe aflorar a infantilidade que existe em você; não resista, pois, de vez em quando, você pode começar a contar partes interessantes daquilo que já vivenciou em determinados momentos (bons ou ruins). Nesse quesito, de repente, vale até inventar uma historinha de “faz de conta” para os outros leitores ou ouvintes saborearem, iniciando, quem sabe, com um singelo título denominado: “ERA UMA VEZ...”.