Carta ao companheiro Lula
Os intelectuais experimentalistas e os militares mais espertos conseguiram transformá-lo de cobaia “sapo-barbudo” em Presidente da República Federativa do Brasil. Sei, e todos sabemos, que você, aliás, Vossa Senhoria, não é mais o velho, desculpe-me, Lula.
A vida nos ensina que a política é a arte de dizer “sim” a quem queremos dizer “não”, e dizer “sim ou não” a quem queremos dizer “sim”. Torço, e confesso que por um idealismo ainda vivo nas entranhas, que sua administração seja “coroada” de plenos êxitos sociais. O Rei Lula, Lá.
O paternalismo é tão vicioso quanto o maternalismo. O diálogo é o seu grande trunfo nessa jornada, sendo assim seu grito sempre será mais ouvido que sussurros trancafiados a sete chaves. Grite! Espanque a mesa! O povo saberá ouvi-lo. O líder dos gorilas é ouvido pelos seus gritos, então, grite!
Abraços cordiais de um velho admirador, e de um novo observador, ainda que muito cedo. (4/12/2002)