A velocidade do mundo
A velocidade do mundo arrasta para os córregos fétidos toda a sociedade sem qualquer perspectiva de retorno. Não há volta.
Nossos problemas não são apenas os nossos problemas. São os problemas dos países vizinhos, dos países emergentes, dos países industrializados, dos países miseráveis, enfim, nossos problemas são os problemas do mundo todo. E para piorar essa situação convulsiva, não há realmente um consenso sobre essa realidade.
A realidade está egoísta, nua, violenta e quase que imutável.
A arte se subjugou a essa condição e não há mais reflexão, e sim ação.
Nesse entrave entre o agir isoladamente com características aparentes de coletivismo e o refletir, surgiu a personagem principal, que se tornou tão exuberante apenas devido ao sufoco e desmazelo imposto pelo poder central.
O estudo da abrangência dos problemas globais deu lugar ao imediatismo que as soluções do “eternamente infeliz” propuseram à sociedade. A ética foi banida do relacionamento humano e o cientista social sentou no trono oferecido pelas ONGS.
Guerra fria – bipolarização – família – igreja (religião) – globalização – história – arte – elite – cultura.
O neocapitalismo, onde a transferência do poder econômico é marcado apenas por títulos, manobras escandalosas e inescrupulosas, não consegue acompanhar o crescimento, que se faz numa escala geométrica, da miserabilidade, que assola o planeta terra.