UMA MENTIRINHA, ÀS VEZES, AJUDA, MAS VALE A PENA MENTIR?
Antes de assumir o poder, o PT era considerado pelas Agências Internacionais de Rating, um fator de alto risco. Por este motivo à medida que o Partido dos Trabalhadores crescia nas pesquisas eleitorais, levava consigo o dólar e, conseqüentemente, a inflação para as alturas.
Acreditava-se que o PT iria fazer exatamente o que prometia, ou seja, o que constava do seu programa de governo. Para a sorte dos brasileiros, o programa do PT, no que se refere à economia, foi deixado de lado.
Num primeiro momento, sem resultados palpáveis para apresentar ao país, o presidente Lula chegou a cogitar fazer modificações na economia, mas abandonou a idéia diante dos primeiros sinais de crescimento.
Os resultados positivos do governo LULA devem-se, principalmente, aos seguintes fatores: a) manutenção da política econômica do governo FHC; b) conjuntura internacional favorável; c) grande demanda internacional por matérias-primas, principalmente por parte dos países emergentes como China e Índia; e d) expansão do crédito consignado, tomado por servidores públicos ativos e inativos e por aposentados e pensionistas do INSS.
Atualmente, os sinais emitidos pela economia, em todo o mundo, são de que é preciso ficar atento e tomar as devidas precauções diante do grande aumento do preço do petróleo e da conseqüente alta da inflação, que começou pelo preço dos alimentos e já se espalha para os demais segmentos.
O que preocupa é o fato de não termos notado nenhum movimento por parte do governo, no sentido de conter o avanço da inflação. Muito pelo contrário. O governo acaba de aumentar o preço das apostas da Loteria da Caixa Econômica Federal, o que não se justifica, visto que o preço da aposta não está, em qualquer hipótese, pressionado em seus custos. Setores da oposição apostam que o governo conduz a economia com visão eleitoreira.
Nós já conhecemos os efeitos perversos da inflação e não podemos, portanto, admitir a sua volta. Nos tempos atuais, o servidor público de baixo escalão, ativo e inativo, e o aposentado e pensionista do INSS seriam severamente penalizados por uma inflação potencializada pelo alto endividamento no crédito consignado.