No lugar errado, na hora errada...
O policial militar que atirou no jovem Daniel, numa briga em uma boate no Rio de Janeiro, estava no lugar errado, na hora errada e fazendo o trabalho errado.
Um policial destacado para fazer a segurança pessoal de um serventuário da Justiça, no caso a Promotora de Justiça Márcia Velasco, tem que fazer a segurança “dela”, não do filho desta, numa boate numa noite de sábado.
Se a Promotora tinha medo de que as ameaças feitas a ela, se estendessem a sua família, deveria contratar seguranças particulares para fazer a segurança dos familiares.
O militar errou duas vezes.
Primeiro: deveria e poderia ter-se negado a acompanhar o filho da Procuradora, fazendo ver a esta que isto não fazia parte do serviço para o qual estava destacado.
Segundo: enquanto ele deixou a casa da Promotora para sair com o filho desta, o alvo de sua missão ficou desprotegido, podendo ser objeto de ataque do possível inimigo da Promotora.
O soldado Marcos, deverá ser processado e punido disciplinarmente, por ter abandonado seu posto durante o período de serviço, expondo seu protegido. Não tinha absolutamente que obedecer a ordem de acompanhar o filho da Promotora.
A Promotora excedeu a sua autoridade, destacando um militar que estava a sua disposição para dar-lhe “segurança pessoal”, a mando da corporação a que pertence, enviando este para acompanhar outra pessoa de sua família a um lugar que certamente não era o lugar onde o militar deveria estar.
Por causa da irresponsabilidade da Promotora e da falta de disciplina do soldado, as conseqüências foram funestas. Um jovem está morto, um militar será punido, a própria Promotora ficou desprotegida, uma família está destruída com a sua perda.
Tudo isso acontece, porque as pessoas confiam na impunidade.
A Promotora “achou que tinha autoridade” para mudar as ordens do segurança. O segurança “achou que tinha que obedecer” a Promotora, porque estava à disposição dela.
O único prejudicado nesta absurda situação, além do jovem que morreu, será o soldado Márcio, foi ele quem desobedeceu a uma ordem direta de seus superiores hierárquicos, proteger “a Promotora”, e foi ele quem matou pelas costas uma pessoa, segundo o que foi publicado na imprensa carioca. Se ele tivesse feito isso, para proteger a vida “da Promotora”, estaria coberto, nem seria processado, pois, estava cumprindo seu dever, além de possivelmente ter matado um marginal que tivesse atacado a Promotora.
O que fará a Justiça agora pra desatar este nó cego?
Quem é o culpado por tudo isso? O soldado? A Promotora? O jovem briguento? O morto?
Haverá punição? Será que tudo ficará apenas em explicações?
A sociedade espera uma resposta da Justiça...
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