Opinião de Escritor – O show “ainda” não acabou! – Escrito em 01/07/08

O caso da cantora inglesa Amy Winehouse está nos jornais do mundo todo. Recentemente saiu a notícia de que ela estaria com inicio de efizema pulmonar, doença causada pelo uso abusivo de cigarros e drogas. Dona de uma voz primorosa, nem se dá conta de que sua brilhante carreira (ela foi a grande estrela da última edição do Grammy) está implodindo.

O caso dela não é o primeiro e, duvido muito, não será o último. Artistas que, em nome de algo que muitos chamam de estrelismo, destroem suas vidas, enquanto os fãs rezam para não verem seus ídolos definharem. A belíssima Marilyn Monroe e o gênio grunge Kurt “Nevermind” Kobain, são apenas alguns exemplos. Entre os vivos temos o preto e branco Michael Jackson e a contemporânea de Amy, Britney Spears, que ainda tenta salvar sua carreira já deteriorada.

A pergunta é: o que acontece com esses artistas? Por que eles jogam fora suas vidas de fama e luxo? Por que caem no mundo das drogas? E por que o mundo não faz nada? Talvez você caríssimo(a) leitor(a), ache estranho eu perguntar por que o mundo não ajuda essas pobres e famosas almas.

Mas, não há nada de errado nessa pergunta. O mundo atual pode ser dividido da seguinte forma: os famosos e os não famosos. É uma espécie de capitalismo da mídia. Mesmo com a promessa de que todos teríamos nossos 15 minutos de fama, ainda vivemos numa era em que ser famoso é quase ser um deus.

A supervalorização de artistas, modelos, e mais um caminhão de pessoas sem um pingo de talento, já extrapolou todos os limites. Enquanto o mundo se preocupa com os artistas, são raros os famosos que se importam se o mundo está em guerra ou se tem gente passando fome.

Mas, pelo menos ao que parece, as coisas tendem a mudar. Lembra-se de quando perguntei lá no meio do texto por que o mundo não faz nada? Ao que tudo indica, não há uma preocupação exacerbada em relação a Amy, Britney e companhia limitada. O mundo está cansado dessa gente que se acha melhor que todo mundo e que, ao invés de fazer arte, prefere dar vexames. Se eu pago um ingresso para ver um show de rock, então nada mais natural que eu veja um show de Rock, e não uma mimada que se acha uma deusa.

Que a arte volte a ser simplesmente arte, e que essas patricinhas aprendam a ter mais respeito por quem às sustentam, tanto na fama quanto financeiramente: o público.

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 01/07/2008
Reeditado em 01/07/2008
Código do texto: T1060683
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