Nunca me esqueçam...ainda pulso
É deveras frustrante chegar aqui tão tarde, pisando marcas indeléveis quase apagadas, nas areias movediças da memória que não perdi.
Deambulei por longínquos esquecimentos de mim e doutros que, só de leve, vi perpassar pelos meus sentidos adormecidos. Politicamente me sinto, e consinto, rebelde de ideias que não plagio, mas rebusco nas sendas do incorrectamente tramado por políticos obliquamente projectados num país distorcido e vazio de memórias.
Sou português por inoculação espermática, num território de bandidos armados em heróis que nunca foram. Heróis serão os masoquistas tolerantes cujo poder se esvai na vaidade de terem amigos rotulados de VIP's, eivados de tonalidades elitistas preconceituosas e vazias de sentido.
Discutem destinos e traçam veredas, labirintos dentro, desconexos e contorcidos. As verdadeiras estrelas rumam no vácuo de vaidades balofas, e iluminam as cores desbotadas dum cosmos incolor, num contra-senso de ideias que se entrechocam nos erróneos conceitos de sabedoria.
Não ensandeci e mantenho o meu estatuto de homo erectus, representante virtual, não desvirtuado, dum povo que se levanta para elogiar balofices de pseudo-políticos, autênticos polvos e vampiros do sangue alheio, espremido até ao derradeiro glóbulo rubro...e ao rubro fico eu!
Também sonho, mas não me iludo com pesadelos que exalam dos púlpitos de sanguessugas politizadas por dinheiros sacados à pressão de extorsionários, ao abrigo de decretos-lei por si criados e aclamados. Leis ao sabor da cor do dinheiro que vão extorquindo... in nomine Dei.
Calar não me calam, que a boca é minha!
(desabafo num blogue pessoal em 19/06/2007)