A NOSSA BÚSSOLA DE OURO
O texto pode parecer à primeira vista uma resenha, mas não é. É que ainda agora alguém no site escreveu bem a propósito disso - e, por minha vez, em revendo hoje em DVD o filme inspirado na obra de Philip Pullman, fiquei cá comigo especulando acerca das razões pelas quais toda vez que alguém se aventura - especialmente no universo cinematográfico - a criar e apresentar ao público histórias em perfeita consonância com as realidades maiores do Universo, logo são taxados de heréticos por determinadas representações religiosas que, de imediato, se identificam com alguma coisa e se sentem ameaçadas no poder de que se julgam investidas perante as massas inconscientes que - também julgam! - conduzem. Mas conduzem exatamente rumo a quê?!
O filme, baseado numa trilogia literária, A Bússola de Ouro, de Chris Weitz, e exibido há alguns meses nos cinemas, tendo em seu elenco Nicole Kidman e Daniel Craig, é o exemplo clássico! Porque se na época das Crônicas de Nárnia já havia me deparado com um ou outro crítico maníaco ou fundamentalista levantando o mote de que faunos e seres encantados eram, antes, insinuação de pedofilia e de coisas nefastas, esta bela história de Philip Pullman, então, e sem dúvida nenhuma, estaria destinada a ser excomungada pelo temor profundo presente nas ortodoxias seculares, de verem maiores rachaduras nos seus mofados dogmas em razão de mais alguém de valor se atrever a exibir um filme onde, claramente, se lê as mensagens subliminares mais do que benvindas da soberania sagrada - esta sim! - do nosso livre-arbítrio; do direito de escolha do ser humano na hora de decidir, ele mesmo, averiguar que história é esta, afinal, de Deus, de espiritualidade, de vida universal em dimensões paralelas, enfim... da magnificência insuspeitada da existência para além do nosso acanhado mundo perdido no Cosmos e do acanhado contexto da nossa própria roda de Sansara!
Afinal, quem mais aceita o Deus vingador e punitivo?! Jesus já se fazia claro a respeito disso ao vir ao mundo, assegurando que se nós, em sendo imperfeitos, sabemos dar do melhor aos nossos filhos, muito mais ainda sabe o Criador a respeito de nos ofertar o que de melhor há para a nossa felicidade!
Quem mais aceita esta coisa de mistérios de Deus que não devemos penetrar?! Como, em tempos de tamanha liberalidade de expressão e de oportunidades de compreensão, de altos vôos de pensamentos e de conceitos, o buscador sincero se contentará simplesmente com o que fulano ou cicrano afirma a conta de verdade definitiva, sem pagar o preço para ir lá e, de si mesmo, conferir?!...
Apenas mentes medíocres, espíritos subservientes e vitimados por profundo estado de ignorância espiritual, ainda se mostram resignados com as versões míticas de Deus e da vida, pertencentes a um passado não mais condizente com o contexto evolutivo do presente. Somente um primarismo espiritual muito grande ainda se passa para ser conduzido qual rebanho debaixo da batuta das promessas - devidamente pagas! - para o mais além: para um paraíso sem aprimoramento próprio, para as recompensas arbitrárias, ou para as punições eternas sem remissão.
A própria vida cotidiana nos confia que não é assim; cedo aprendemos, pela força das vivências, embora em estado mais consciente ou inconsciente, os efeitos da atração e da aglutinação das energias positivas ou negativas, desencadeadas via sintonia, pelos nossos atos de cada instante! Trate, pois, o seu próximo como um inimigo, a ser todo o tempo enfrentado, e inimigos pipocarão à sua volta; lide com ele sem desistir do ser humano, e, num passe de mágica, grandes qualidades humanas surgirão ao derredor, diante da sua admiração encantada... nos lances do dia-a-dia! Não em Nárnia; não na dimensão dos dimons... aqui! No mundo como o conhecemos! Que, desta feita, e desse modo, vem confirmar a existência das dimensões e dos fenômenos não mais que naturais descritos em filmes como As Crônicas de Nárnia e A Bússola de Ouro.
A Bússola de Ouro nos fala com ousadia de uma destas dimensões, paralelas à nossa. Naquele mundo, fala-se abertamente do Pó luminoso, unificador de tudo no Universo, manifestando-se nas criaturas por intermédio de suas almas. Alude-se abertamente a uma conotação mais ampla da Divindade, mas também - e isto é o grande tapa na cara! - , em metáfora flagrante, ao poder religioso secular estabelecido, manipulando indevidamente as consciências - omitindo teimosamente as realidades das demais dimensões de vida, do Pó, da inteireza de percepção de quem recusa-se a abrir mão do seu livre arbítrio a fim de sair corajosamente em busca das Verdades e das maravilhas maiores da Existência!
Lyra Belacqua é a personagem principal, a criança rebelde e detentora de um poder de escolha fabuloso. Poupada estranhamente pela mãe da operação separatória de seu dimon (uma espécie de mascote que representa a alma que, em nosso mundo, está reencarnada num corpo), ela consegue se manter íntegra e livre das lavagens cerebrais do sistema vigente. Tida como rebelde, foge de seus perseguidores e, aliada àqueles personagens defensores de tudo de bom e de magnífico que o aprendizado do livre-arbítrio representa, sai na odisséia de libertação das crianças presas e condenadas à operação que as libertará de seu poder de escolha sob a alegação perigosa do "ter que se crescer"; da busca pelo verdadeiro significado do Pó, ocultado pelos catedráticos e autoridades religiosas, e do uso fabuloso da Bússola de Ouro, o instrumento que apenas uns poucos sabem utilizar, revelador de nada menos do que a Verdade a respeito de tudo, das menores ou menores questões que porventura a aflijam!
É uma história para os nossos tempos e para os que haverão de vir! Uma ode à liberdade de consciência, destinada aos perfis humanos já afins à comunhão plena com a Divindade Suprema do Universo e com a miríade fabulosa das outras dimensões de vida - pelos meios próprios, sem precisar de intermediários - seja num jardim florido, no trabalho do cotidiano, no ambiente familiar, em situações felizes ou infelizes... no nascimento ou no momento da transição!
A Bússola de Ouro, no seu significado metafórico, caros, nos remete nada menos do que à significação a um só tempo complexa e simples do se reaprender a falar com Deus... e prosseguir eternamente, em rumo ascenso aos cumes mais luminosos e ignotos do porvir!
Que cada um, pois, descubra a sua Bússola! E dela faça o bom e sublime uso!...
O texto pode parecer à primeira vista uma resenha, mas não é. É que ainda agora alguém no site escreveu bem a propósito disso - e, por minha vez, em revendo hoje em DVD o filme inspirado na obra de Philip Pullman, fiquei cá comigo especulando acerca das razões pelas quais toda vez que alguém se aventura - especialmente no universo cinematográfico - a criar e apresentar ao público histórias em perfeita consonância com as realidades maiores do Universo, logo são taxados de heréticos por determinadas representações religiosas que, de imediato, se identificam com alguma coisa e se sentem ameaçadas no poder de que se julgam investidas perante as massas inconscientes que - também julgam! - conduzem. Mas conduzem exatamente rumo a quê?!
O filme, baseado numa trilogia literária, A Bússola de Ouro, de Chris Weitz, e exibido há alguns meses nos cinemas, tendo em seu elenco Nicole Kidman e Daniel Craig, é o exemplo clássico! Porque se na época das Crônicas de Nárnia já havia me deparado com um ou outro crítico maníaco ou fundamentalista levantando o mote de que faunos e seres encantados eram, antes, insinuação de pedofilia e de coisas nefastas, esta bela história de Philip Pullman, então, e sem dúvida nenhuma, estaria destinada a ser excomungada pelo temor profundo presente nas ortodoxias seculares, de verem maiores rachaduras nos seus mofados dogmas em razão de mais alguém de valor se atrever a exibir um filme onde, claramente, se lê as mensagens subliminares mais do que benvindas da soberania sagrada - esta sim! - do nosso livre-arbítrio; do direito de escolha do ser humano na hora de decidir, ele mesmo, averiguar que história é esta, afinal, de Deus, de espiritualidade, de vida universal em dimensões paralelas, enfim... da magnificência insuspeitada da existência para além do nosso acanhado mundo perdido no Cosmos e do acanhado contexto da nossa própria roda de Sansara!
Afinal, quem mais aceita o Deus vingador e punitivo?! Jesus já se fazia claro a respeito disso ao vir ao mundo, assegurando que se nós, em sendo imperfeitos, sabemos dar do melhor aos nossos filhos, muito mais ainda sabe o Criador a respeito de nos ofertar o que de melhor há para a nossa felicidade!
Quem mais aceita esta coisa de mistérios de Deus que não devemos penetrar?! Como, em tempos de tamanha liberalidade de expressão e de oportunidades de compreensão, de altos vôos de pensamentos e de conceitos, o buscador sincero se contentará simplesmente com o que fulano ou cicrano afirma a conta de verdade definitiva, sem pagar o preço para ir lá e, de si mesmo, conferir?!...
Apenas mentes medíocres, espíritos subservientes e vitimados por profundo estado de ignorância espiritual, ainda se mostram resignados com as versões míticas de Deus e da vida, pertencentes a um passado não mais condizente com o contexto evolutivo do presente. Somente um primarismo espiritual muito grande ainda se passa para ser conduzido qual rebanho debaixo da batuta das promessas - devidamente pagas! - para o mais além: para um paraíso sem aprimoramento próprio, para as recompensas arbitrárias, ou para as punições eternas sem remissão.
A própria vida cotidiana nos confia que não é assim; cedo aprendemos, pela força das vivências, embora em estado mais consciente ou inconsciente, os efeitos da atração e da aglutinação das energias positivas ou negativas, desencadeadas via sintonia, pelos nossos atos de cada instante! Trate, pois, o seu próximo como um inimigo, a ser todo o tempo enfrentado, e inimigos pipocarão à sua volta; lide com ele sem desistir do ser humano, e, num passe de mágica, grandes qualidades humanas surgirão ao derredor, diante da sua admiração encantada... nos lances do dia-a-dia! Não em Nárnia; não na dimensão dos dimons... aqui! No mundo como o conhecemos! Que, desta feita, e desse modo, vem confirmar a existência das dimensões e dos fenômenos não mais que naturais descritos em filmes como As Crônicas de Nárnia e A Bússola de Ouro.
A Bússola de Ouro nos fala com ousadia de uma destas dimensões, paralelas à nossa. Naquele mundo, fala-se abertamente do Pó luminoso, unificador de tudo no Universo, manifestando-se nas criaturas por intermédio de suas almas. Alude-se abertamente a uma conotação mais ampla da Divindade, mas também - e isto é o grande tapa na cara! - , em metáfora flagrante, ao poder religioso secular estabelecido, manipulando indevidamente as consciências - omitindo teimosamente as realidades das demais dimensões de vida, do Pó, da inteireza de percepção de quem recusa-se a abrir mão do seu livre arbítrio a fim de sair corajosamente em busca das Verdades e das maravilhas maiores da Existência!
Lyra Belacqua é a personagem principal, a criança rebelde e detentora de um poder de escolha fabuloso. Poupada estranhamente pela mãe da operação separatória de seu dimon (uma espécie de mascote que representa a alma que, em nosso mundo, está reencarnada num corpo), ela consegue se manter íntegra e livre das lavagens cerebrais do sistema vigente. Tida como rebelde, foge de seus perseguidores e, aliada àqueles personagens defensores de tudo de bom e de magnífico que o aprendizado do livre-arbítrio representa, sai na odisséia de libertação das crianças presas e condenadas à operação que as libertará de seu poder de escolha sob a alegação perigosa do "ter que se crescer"; da busca pelo verdadeiro significado do Pó, ocultado pelos catedráticos e autoridades religiosas, e do uso fabuloso da Bússola de Ouro, o instrumento que apenas uns poucos sabem utilizar, revelador de nada menos do que a Verdade a respeito de tudo, das menores ou menores questões que porventura a aflijam!
É uma história para os nossos tempos e para os que haverão de vir! Uma ode à liberdade de consciência, destinada aos perfis humanos já afins à comunhão plena com a Divindade Suprema do Universo e com a miríade fabulosa das outras dimensões de vida - pelos meios próprios, sem precisar de intermediários - seja num jardim florido, no trabalho do cotidiano, no ambiente familiar, em situações felizes ou infelizes... no nascimento ou no momento da transição!
A Bússola de Ouro, no seu significado metafórico, caros, nos remete nada menos do que à significação a um só tempo complexa e simples do se reaprender a falar com Deus... e prosseguir eternamente, em rumo ascenso aos cumes mais luminosos e ignotos do porvir!
Que cada um, pois, descubra a sua Bússola! E dela faça o bom e sublime uso!...