Mais uma (pérola) do Luiz...
Mais uma declaração bombástica do Luiz Inácio, daquelas que faz o povo pensar (porque o colocou lá). “Nós, políticos brasileiros, vamos ter que ter coragem de pensar seriamente numa reforma política e pensar numa legislação eleitoral que não permita que a gente fique à mercê da interpretação da Justiça Eleitoral”
O que será que o Presidente quis dizer com esta frase?
Dá pra se entender que ele esteja querendo que os políticos, sejam absolutos, que ninguém possa “por freio” neles, que nem a Justiça possa contradizer suas ações, nem tenha jurisdição sobre as ações deles.
Será? Que o Presidente está querendo dizer que, se faz necessário a criação de uma legislação eleitoral tornando os políticos independentes, que ninguém possa interferir naquilo que eles fazem ou deixem de fazer? Ele se expressou assim, quando outro dia criticou a Justiça por não permitir a assinatura de convênios e contratos do governo com as prefeituras durante o período eleitoral.
O que seria não permitir que se fique “à mercê”?
Segundo o Dicionário Michaelis, “à mercê” significa: ao arbítrio de; ao capricho de alguém.
Ainda bem que os políticos estão também, como todo cidadão, “ao arbítrio” da Lei e da Justiça, senão seriam praticadas verdadeiras atrocidades eleitorais, tanto com o povo como com os adversários políticos.
Talvez o Presidente não saiba, mas a Justiça existe justamente para “arbitrar” os direitos e deveres do cidadão.
Criar uma legislação eleitoral, ou qualquer mecanismo que permita ficarem os políticos livres do crivo da Justiça Eleitoral, seria como criar um governo de exceção, no qual os poderosos mandam e fazem as coisas como bem querem, sem ter quem os possa frear.
Estamos teoricamente, num país livre e democrático, uma Lei dessas é própria de regimes onde os direitos do cidadão não são respeitados. Própria das ditaduras.
O Brasil jamais poderá aceitar uma legislação que permita aos políticos serem mais autônomos e livres do que eles já são. Uma legislação que permita que eles façam mais negociatas do que já fazem.
Precisamos sim, de uma reforma política, mas que coloque “mais freio” nos políticos e não que lhes dê mais liberdades. Que introduza regras claras sobre coligações, parâmetros que definam claramente o que seja crime eleitoral, precisamos acabar com a impunidade (não é imunidade é impunidade mesmo) parlamentar, com o foro privilegiado, com os salários milionários e as vantagens sem limite.
Os políticos têm poder demais e agora, pela “pérola” do Luiz, se deduz que ele queira mais poder ainda, poder de não ter que prestar contas a ninguém. É este cidadão brasileiro que se diz “dono” da ética.
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