DOS ANOS DOURADOS ...AO ELDORADO

Tem umas notícias por aí que me deixam perplexa.

Primeiramente não se trata de querer discutir política não, longe disso, mas não gosto muito dessa sensação de engolir sapo.

São meio indigestos!

Proponho, portanto, discutir cidadania. Acho mais útil.

Então quer dizer que voltamos aos anos dourados!?

Acho que estamos mais para a época do "ouro de tolo", daquela lenda do ELDORADO...isso sim!

Nesse final de semana, a folha de São Paulo mostrava lá, a título de manchete, que nos últimos dois anos a percentagem de endividados cresceu quarenta e sete por cento!

Bem, mas o discurso presidencial é otimista demais!

Eu gostaria de ver todo aquele otimismo das declarações feitas pelo Chefe MAior, sinceramente, repercurtir na nossa vida do dia a dia.

Não é isso que venho observando.

Embora não tenha vivido na época do governo do Juscelino, pois eu estava nascendo no auge do seu governo, eu custo a acreditar que possamos nos comparar aos anos sessenta.

O que vemos hoje?

Classe média sumindo, com poder aquisitivo restrito, posto que grande parte da renda do trabalho vai para impostos e para a manutenção da vida, aliás , cara por aqui.

Dizem que a concentração de renda diminuiu, e se isso é verdade, com toda certeza não migrou para a população economicamente ativa do país.

O que se nota é a redistribuição da renda da classe média, aliás a que mantinha o país, que agora migra para o assistencialismo através da alta carga tributária.

Portanto, estão nos matando...A nós, as galinhas dos ovos de ouro.

Assim sendo é a extinção definitiva dos "ovos dourados"

Dizem que a inflação está sob controle, mas não é o que parece, não!

Presidente, o senhor faz supermercado?

Aliás, é permitido se fazer compras de alimentos com os cartões corporativos? Se for, tem que aumentar o crédito.

Fome zero para o governo também! Nada mais justo!

Os preços não param de crescer, os supermercados estão vazios, e o governo já acena com aumento das tarifas públicas, como energia e telefonia.

O congresso Nacional, aliás em recesso de São João (Eita que eu também queria esse privilégio de "trabalhador"), deixou para pensar depois de pular a fogueira dos ânimos, se vota goela abaixo mais um impostinho para a sociedade.

Afinal uma alíquota tão pequenina sobre a movimentação financeira, nem iremos sentir, temos mais é que agradecer a gentileza.

O presidente disse que nunca se viu tanto crédito na praça!

E nunca se viu tanto calote também!

Mas Presidente, a questão é aritmética, para se financiar algo, tem que se ter renda para pagar as prestações...ou não?

Saiba, o povo não sabe usar os cartões mágicos de limites de crédito Infinitos.

O povão tem que pagar, senhor Presidente!

E agora que as galinhas estão agonizando com a enorme carga tributária ? Quem vai pagar a conta? Os bancos? A elite?

E pra terminar, o Chefe Maior disse que a saúde e a educação nunca estiveram com tantos recursos!

Meu Deus, perdoai-nos a todos enquanto Nação!

Repitam comigo:

-É nossa culpa, nossa culpa, nossa máxima culpa!

Todos somos responsáveis pelo que se vê e pelo que se ouve!

Sei não, acho que o limite entre política e mitomania está estreito demais! Dá até medo! Vivo a me beliscar...

O Pior é que tem gente que acredita.

Brasileiro não desiste nunca... de ser um povo de boa fé...

Enquanto isso...a festa não pode parar...afinal as eleições estão aí, é melhor dançar a quadrilha:

"pula a fogueira YAYÁ, pula a fogueira YÔYÔ, cuidado para não se queimar..."

-Olha o crescimento!

-Ôba!

-É mentira!

-Ah!!!!!

O povo que espere...e que São João nos acuda!