O poder da Imprensa... Nas eleições
No Brasil, existem teoricamente três poderes constituídos, que deveriam governar a nação. Porém, um quatro elemento que também tem poder, não de governo, mas na formação da opinião do povo.
Ninguém que tenha alguma inteligência pode negar a importância e influência da Imprensa, menor até do que gostariam seus dirigentes, na opinião pública. Não é à toa, que grande parte dos nossos políticos está ligada a Meios de Comunicação direta ou indiretamente.
Não fosse a Imprensa e nós brasileiros viveríamos na total ignorância das coisas que acontecem neste imenso país.
Numa análise bem simplista da coisa, para que o povo entenda, existe a Imprensa do “contra” e a Imprensa do “a favor”. Imprensa imparcial é utopia. Os debates e os embates entre as duas são inevitáveis.
Embora ambas tentem passar para o público uma aparência de imparcialidade, conseguindo “enganar” alguns, fica claro, para quem está bem informado, que o partidarismo é evidente.
Os grandes jornais, sempre “tentam” ser “imparciais”. Mas quando a gente se aprofunda nas matérias, vê a “imparcialidade” se desvanecer.
Na sucessão eleitoral, a imprensa é determinante e mexe com a opinião pública.
Monteiro Lobato disse em seu tempo: “Opinião pública só existe em lugarejos. Nas capitais desaparece substituída pela opinião que se publica”. E ele tinha razão, a imprensa faz o leitor pensar o que ela quiser, ficando como verdadeiro, acontece, que nem sempre é verdade, em muitos casos, são apenas ilações, disque me disque, fofoca, que acaba sendo verdade aos olhos e ouvidos do público.
O Governo Federal, por exemplo, faz grande esforço na mídia, para passar aos brasileiros e para o resto do mundo, a imagem de um Brasil, “grande, economicamente estável, seguro, saudável, culto, democrático e justo”, coisa que o brasileiro bem informado, sabe que não existe. O que existe é apenas um “arremedo” de tudo isso.
Concordo com Monteiro Lobato, pois, aqui nos confins do Sudoeste da Amazônia, no Acre, num lugarejo chamado Rio Branco, a imprensa é parcial e só é publicado o que o governo acha que o público deva saber. Elogios a atos, obras e entrevistas enchem as páginas, sempre cantando “loas” aos atos do governo, sem críticas. Acho isso um insulto a inteligência das pessoas, pois, não pode haver um governo que seja tão bom que não mereça críticas.
Até havia um jornal de “oposição”, continua funcionando, mas “aderiu” a “situação”, depois de uma fragorosa derrota, (do dono) nas últimas eleições.
Há umas poucas pessoas que se atrevem a dizer alguma coisa contrapondo-se a “situação”, mas é tão anêmico que resulta em nada.
Isso tem sido decisivo nas decisões políticas, por aqui, pois, quanto mais espaço na mídia, melhor para a campanha eleitoral.
No momento, às vésperas da campanha para a prefeitura municipal, a mesma prefeitura tem usado tanto a mídia que em minha opinião, já se caracteriza crime eleitoral e abuso de poder econômico, desperdício de dinheiro público e desrespeito a inteligência das pessoas. Não há um só intervalo comercial, em todos os canais de TV, que não apareça uma propaganda da Prefeitura Municipal, divulgando suas ações e obras e o Prefeito é candidato à reeleição.
A imprensa pode eleger ou derrotar um candidato, tem um poder e uma influência no leitor que a gente não pode imaginar.
A influência da imprensa na corrida eleitoral?
A resposta é muito simples. Toda.
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