Estrela Estrelante ! ! ! A Inspiração e Admiração de e pela produção de Paulo Leminski.
Estrela Estrelante ! ! !
9.V.1. A Inspiração e Admiração de e pela produção de Paulo Leminski.
Dedicado também à menina-estrela, estrela desde pequenina, Estrela Ruis Leminski, minha amiga virtual orkut. Filha de Alice e Paulo, com quem tomei uma cerveja na cantina do Diretório Acadêmico Visconde de Mauá, após uma exposição promovida pelo amigo Joel do C.A. de Letras, lá pelo meados dos anos 80, quando Paulo malhou as hipocrisias e farisaísmos da "moral judaico-cristã (quando super-repressiva,diria eu). Ouvi Leminski cantar/declamar certa vez, na mesma época no barzinho Trem Azul. Paulo Leminski, um Maiakóski dos campo araucarianos de Koreytyba, em 89 se aproximou da candidatura presidencial do PCB, onde militei; certa feita declarou que o PCB era ao mesmo tempo o médico deputado comunista 83-86, Márcio Almeida, Mundo da Cultura, e Espedito da Oliveira Rocha, meu amigo, Mundo do Trabalho. Na mesma época, Leminski numa conferência na Biblioteca Pública do PR expôs a idéia de que o trabalho transcriativo de um tradutor (e tradução duma linguagem noutra é proposta muito vívida do filósofo político italiano, um dos maiores do XX, Antônio Gramsci) punha os neurônios numa intensíssima atividade. Maiakóski cometeu o verso declamado nas fábricas: “E com Lênin no Coração...!!!.”. As vanguardas estéticas e das esquerdas democráticas e socialistas curitibanas parecemos que estamos sempre a cometer um seu semelhante: “E, com Leminski, no Coração...!!!” De Leminski, apaixonado pela Ensaística como sou, conheço principalmente os “Ensaios Crípticos” e versos-fragmentos de seu poemas. Gosto também dos versos líricos de Alice, que visitou uma Feira de Ciências do Colégio Estadual Paulo Leminski, onde educávamos, em 95. Moro próximo da ex-casa de Leminski no Bairro Pilarzinho, sobre a vida do qual, guardei alguns versos. Pretendemos com estes trabalhos prosseguirmos a obra de Leminski, a quem com esta dedicatória e depoimento homenageamos; ele, que é também fruto cultural de duas etnias oprimidas paranaenses, a negra e a “polaca”. Ele, um apaixonado de plantão permanete, um ex-ager-ado como soviético Maiakóski, que parece se achava também patético (poema: Gravata Amarela), e também a quem muito bem poderia se aplicar a letra da canção “Exagerado” de Cazuza.
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9.V.2.
Estrela Estrelante ! ! !
A estrela
Da Esperança,
À espreita,
Discreta,
Estrela e
Estréia,
Da noite,
Na entrada,
Estréia,
Do ceú,
Na estrada.
A estrela,
Estréia
Estrelar,
Estréia
Estrelar-
Mente;
Ela
Estrela
Entre
Elas,
Exemplar-
Mente:
Sem estresse,
Estremece
Seus asteriscos
Das entrelinhas.
Tremula
Trêmula,
Tranqüiliza
Tranqüila,
Paira,
Espairecendo
As trevas.
Transfuga
Trânsfuga,
Transgride,
Grita e
Estrila,
Translada
Ao léu,
À deriva,
A esmo,
Entre suas pares.
Stela Maris,
Intrépida,
Inquieta,
Impálida,
Impávida,
Intimorata,
Entretêm-se
Com trezentas
Outras.
Estrela-guia,
Candieiro Cadente,
Candeia,
Num súbito,
Estrépito,
Arde
Ardente,
Escande,
Incandesce,
E, livre Fogo,
Ígnea Liberdade,
Em plenitude de Amor
Se incendeia !!! !!! !!!...
---Criação n.º 09, Ctba, 04/12/06/13:00
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2008
Código do texto: T1042626
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