Você leva pra casa o que paga?
O Jornal Hoje, desta quinta-feira, 19/06/2008, trouxe uma reportagem interessante, que nos trás um alerta sobre o peso das mercadorias que compramos e a pergunta é: Você leva pra casa o que paga? O frango congelado que consumimos por exemplo. Quase todas as donas de casa, já notaram que o frango depois de descongelado, não dá o rendimento que se esperava.
Isto ocorre em razão do acréscimo de água ao frango na hora do congelamento, no frigorífico. A quantia de água adicionada deveria não ultrapassar aos 6% do peso da ave, mas órgãos de defesa do consumidor, já constataram até o acréscimo de 30%, o que caracteriza crime contra o consumidor, que compra frango e leva água para casa.
No caso do frango, ainda conta junto no peso, os miúdos, os pés, a cabeça (que não é usada) e muitas vezes encontramos pedaços de pele que não tem a ver com o frango que se está comprando.
Em outra reportagem, sobre a venda de peixe congelado, em uma embalagem com 500 gramas de “peixe”, havia cerca de 60 gramas de água, congelada junto com o produto. Não é à toa, que indústrias destes ramos estão milionárias.
Este tipo de fraude chama-se enriquecimento ilícito, pois, gera uma renda que não deveria para quem fabrica o produto, lesando o consumidor.
Há também outros tipos de fraude, muito comuns, por exemplo:
Quem se dá ao trabalho de pesar o arroz que compra? Alguém já imaginou se, em cada pacote de 5 quilos de arroz, a arrozeira subtrair apenas 5 gramas? Suponhamos que esta arrozeira venda 5 milhões de pacotes de arroz, vai lucrar, sem ônus algum, 2500 kg de arroz, simplesmente deixando de colocar 5 gramas do produto no pacote, isso por uma vida inteira, dá pra ficar milionário, só com o que é fraudado, sem contar com o lucro real da mercadoria.
Isto acontece todos os dias, com todo tipo de produto, por não haver uma fiscalização adequada e rigorosa, que vistorie este tipo de ação.
É assim também com as balanças. Quem nos assegura, que mesmo que a balança tenha o selo e o lacre, de que ela esteja funcionando como deveria? Em um açougue de um grande supermercado, por exemplo, se uma balança tiver um desvio de 2 a 5 gramas, no final de um ano o lucro será extraordinário, ao longo de 20 anos, nem é possível calcular.
Assim é com milhares de produtos, que compramos todos os dias, ninguém fica lendo o rótulo pra saber se ainda está dentro do prazo de validade, imagine se preocupar se há 5 gramas a menos do produto, e, é assim que somos usurpados e roubados em nossas economias e direitos, enquanto uns lucram muito, outros pagam a conta.
Já aconteceram inúmeros casos de pessoas que denunciaram, as empresas foram fiscalizadas e multadas, mas desafio a qualquer um a voltar nestas empresas e fazer nova fiscalização, com certeza à reincidência é certa.
O caso é que a gente, que consome todos os dias, não liga para estes detalhes, mas são os detalhes que fazem a fortuna dos outros e dilapidam os nossos parcos recursos.
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