PROJETO PREVÊ PLANTIO DE ÁRVORE PARA CASAR OU SE DIVORCIAR
PROJETO PREVÊ PLANTIO DE ÁRVORE PARA CASAR OU SE DIVORCIAR
Fatos inusitados e de grande polêmica só acontecem no Brasil. É como se afirmar que tudo tem um dia e uma hora. A fruta só cai quando amadurece e a onda só quebra na praia. O que dar para rir, dar para chorar diria os mais exaltados. Um projeto que seria de grande utilidade para o meio ambiente. Um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados pode tornar obrigatório o plantio de mudas de árvores toda vez que alguém casar se divorciar, comprar carro zero quilômetro ou construir imóveis residenciais e comerciais. Alguns estudiosos sobre meio ambiente afirmam que este meio é o endereço do futuro para o qual haverá a maior convergência de demandas entre todas.
Não é necessário realizar estudos muito profundos para se concluir que a qualidade da água se encontra fortemente ameaçados; que o clima tende a se transformar no próximo século por conta do efeito estufa e da redução da camada de ozônio e que a biodiversidade tende a se reduzir, empobrecendo o patrimônio genético, justamente quando a ciência demonstra cada dia o monumental manancial de recursos para o desenvolvimento científico que a natureza alberga. O deputado Manato do PDT do estado do Espírito Santo pensou em estatística e casamento e fez a aliança dos dois, remetendo a apreciação da Câmara dos Deputados um Projeto de Lei, quiçá interessante.
Pelo projeto, do deputado Manato (PDT-ES), noivos teriam que plantar 10 mudas de árvores para casar. No divórcio, a conta aumentaria: 25 mudas. No caso da compra de veículos, são 20 mudas para carros novos, 40 para os de médio porte e 60 para veículos pesados. Construtoras seriam obrigadas a plantar 10 mudas para cada imóvel residencial e 20 para cada unidade comercial. Da inteligência humana pode-se esperar tudo, enquanto ambientalistas sofrem em encontrar uma maneira para combater a poluição um deputado, homem do povo sai com esta idéia. Para completar o pensamento do deputado seria de bom alvitre que para combater a desertificação no Nordeste cada dono de terra e moradores de cidades interioranos fossem obrigados por lei a plantar árvores que suportem bem o calor nordestino e que passam todo esse período sem bem verdinhas.
Juazeiro, mangueiras, cajueiros, oitizeiros, e mesmo plantas que suportam altas temperaturas e que não dêem frutos. Por uma conta conservadora com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sindicato da construção civil e dos fabricantes de veículos, se for transformado em lei, o projeto obrigará o plantio de pelo menos 65 milhões de árvores por ano pelo país. Segundo a entidade ambientalista SOS Mata Atlântica, isso equivaleria a ocupar com árvores uma área de 38.235 hectares, ou o equivalente a 46.346 campos de futebol com dimensões oficiais (8.250 metros quadrados). Como a idéia surgiu ou partiu de um político, o castigo para os corruptos que existem nessa Brasil comprasse determinada quantia de mudas e ficasse encarregado de plantá-las e cultivá-las.
Só pela estatística do deputado Manato, a quantidade de árvores plantadas seria suficiente para recompor a mata ciliar de 6.366 quilômetros de rios brasileiros com uma faixa de 30 metros de vegetação em ambas as margens. Para efeito de comparação, o rio Amazonas tem 5.825 km de extensão. Para a SOS Mata Atlântica, toda iniciativa para incentivar o plantio de árvores é válida, mas nem sempre eficaz. De acordo com o coordenador de fomento florestal da entidade, Nilson Máximo, depois de plantada uma muda é preciso um acompanhamento de dois anos para que ela tenha chances de chegar à fase adulta. Para o deputado Manato, entretanto, o projeto vai ajudar a reduzir os efeitos do aquecimento global em longo prazo sem pesar no bolso do contribuinte. “Quem comprar um apartamento de R$ 100 mil, [a construtora] não vai pagar nem R$ 50 para o meio ambiente. Isso é irrisório. Acho que o valor para a gente é simbólico, mas para o meio ambiente é muito”, disse ao G1.
Às vezes queremos pensar que determinadas pessoas têm bolinhas na cabeça, mas pensando em efeito estufa, camada de ozônio a solução até que pode ser viável. O aquecimento global segundo cientistas persistirá durante vários séculos, embora às emissões de gases do efeito estufa sejam muito reduzidas. Os cientistas que participaram do simpósio sobre os efeitos da mudança climática nos oceanos, realizado na Espanha nesta semana, dizem acreditar que o processo é praticamente irreversível. Mesmo que se deixe de emitir totalmente CO2 na atmosfera, a temperatura média subiria dois graus durante os próximos 50 anos pela inércia adquirida pelo fenômeno, segundo os pesquisadores. Esses cientistas que participaram desse simpósio precisam conhecer urgentemente o projeto do deputado brasileiro Monato e achamos que eles mudarão de odeia. Alguns aspectos aqui expostos foram retirados e tiveram como fonte: Ambiente Brasil, Brasília, DF – 16 06 2008/Site: www.ambientebrasil.com.br/.
O deputado disse não se preocupar com o choque que pode ocorrer entre o projeto, se for aprovado, e as legislações de estados e municípios sobre normas para o plantio de árvores. “É preciso começar por algum lugar. Tem que começar por uma lei federal”, afirmou. Como se encontra a tramitação do projeto: O projeto do deputado Manato (PDT-ES) já foi aprovado por duas das cinco comissões pelas quais deve ser apreciado. Como tramita em caráter conclusivo, pode ser enviado ao Senado sem sequer ser votado no plenário da Câmara. Para isso, é preciso que as outras três comissões também aprovem o projeto e que não haja recurso com mais de 51 assinaturas contra a proposição. Na defesa que faz de seu projeto, Manato relata os impactos que a produção de veículos e da construção de imóveis causa ao meio ambiente. Sobre o divórcio, diz que a “lógica é simples”. “Quando as pessoas se separam, as famílias se dividem. Isso resulta em aumento no número de residências, o que, por sua vez, leva a uma ocupação maior do espaço e também a um consumo maior de energia e de água.” O projeto prevê a substituição do plantio pela doação de mudas ao órgão municipal de urbanização ou o pagamento de R$ 1 para cada muda devida.
Da cabeça do brasileiro sai tanta coisa que muitas das vezes nos deixam, boquiaberta ou espantada ao mesmo tempo. Como instrumento para preservação ambiental, o ser humano tem as leis que regem a forma de agir com o meio ambiente. Embora muitas vezes estas leis sejam desobedecidas, temos que utilizar os meios existentes a fim de manter os recursos e ambientes naturais remanescentes. As leis que regem o comportamento de uma sociedade ou de um indivíduo nem sempre são consideradas justas. Inúmeras vezes nos vemos diante de afirmações populares como "tal lei serve para todos, mas não se aplica - a alguns”. Mas, essa se aprovada será aplicada a todos que participam desse écran.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE