CONTINUE FAZENDO DE CONTAS QUE NÃO VIU.
Sinto-me atônito com tantos acontecimentos relativos aos corruptos de plantão, ao descaso com a coisa púbica, ao estabelecimento de poderes "constituídos pelo povo" e que este mesmo povo, depois não tem mais gerenciamento para reprimi-los ou mesmo destituí-los.
É o caos na saúde, na segurança pública, na educação, na habitação, dentre outros de conhecimento de todos e alguns ainda debaixo dos panos. Assim, sucessivos movimentos ou constatações invadem nossas casas seja através da mídia impressa, televisiva ou radiofônica, batendo na tecla da falta de dinheiro e recursos para todo o aludido, muito menos para as mordomias de nossos parlamentares nas três esferas e também do poder executivo.
Mesmo tendo eu um pensamento de esquerda, questiono esta esquerda que aí está, que mesmo se dizendo contra ao exposto, aceita silenciosamente as benesses advindas de votações muita vez feita na calada da noite ou em eventos de massa. Por outro lado, a oposição hoje no congresso nacional que prima abertamente e descaradamente, mesmo que em linguagem subjetiva, que defendem somente e tão somente seus interesses e de suas classes dominantes, vivem analgizados de CPIs, parecendo que não há mais nada para fazer pelo país. Penso eu, que eles estejam brincando por demais com Zé, isso mesmo o Zé povo, que muito embora possa não parecer já não agüenta mais tanto descalabro e tanta impunidade. Impunidade esta advinda de um judiciário incompetente e de leis que favorecem o crime organizado e o crime organizado de que falo, não é o do PCC e outros, mas sim do crime organizado na política e no high society, ao qual se beneficiam não poucas vezes de foros privilegiados porque evidentemente; tem cunha, poder, influência e etc. Sem contar que temos uma imprensa marrom e que só publica o que lhes convém, muito embora, faça-se justiça, alguns meios de comunicação têm batido muito nestas questões sociais há muito sem solução e corroborando, quando se engajam, em denunciar os absurdos que ocorrem neste país. É o que sempre digo, quando eles querem, fazem acontecer; veja-se pelo caso Isabella, a exemplo. Mas, é só eles largarem de mão e tudo volta ao “normal”.
Neste espaço a mim reservado, publiquei um texto na categoria de artigo, intitulado QUE PAÍS É ESSE? E para a minha surpresa conta com poucas leituras, dado a profundidade do texto, que foi também enviado a todos os congressistas e é claro que ninguém se arriscou a questionar, defender-se ou ainda se esclarecer. Não há interesse! Mas eu penso que este canal de comunicação que é o Recanto das Letras pode ser sim também um meio de expressarmos e passarmos adiante os textos de profusão que aqui encontramos. Obviamente que gosto do lúdico, da fantasia, do humor, do verso em prosa, da poesia, mas em meu entendimento estamos num momento em que é preciso também dar mais atenção as questões sociais que circundam nossas vidas enquanto cidadãos integrantes de uma sociedade, não a da hipocrisia, do faz de contas, mas a do Zé, que também é cidadão, que também paga impostos, mas que normalmente é renegado e isso me faz lembras a música de Chico Buarque, Geni, pois tão logo a mão de obra do Zé, o apoio do Zé se faça necessário, principalmente em épocas de eleição, não existe ninguém mais importante do que o próprio Zé.
Particularmente estou enojado com tudo isto e não vislumbro um final feliz e isso não é pessimismo, é realismo. Talvez, você que esteja lendo este texto convirja em algumas coisas comigo, mas a verdade é que; nos distanciamos deta realidade seja por qual motivo for e continuamos assistindo a tudo, como meros expectadores e marionetes do destino que está sendo traçado por estes que estão aí, que detém o poder e não estão nem aí, nem para mim, nem para você e muito menos para o Zé. No entanto, se nada fizermos, logo, logo estaremos enfileirados ao Zé, seja contando nosso vil metal, seja lamentando a nossa omissão e falta de comprometimento como seres humanos. Pense nisto! E se você acha que deve, divulgue aos seus amigos, copie o texto e distribua, respeitando é claro a sua autoria. O que não podemos mais é ficar calados ou como dizia Raul Seixas: sentado no trono de um apartamento com a boca escanrada cheia de dentes, esperando a morte chegar.
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