Patifaria sem fim
Assim como o 11 de setembro de 2001 ficou eternamente marcado na memória da população mundial, o 12 de setembro de 2007 ficará registrado para sempre na história brasileira, comprovando ainda mais a sujeira política em que esse país está atolado.
Os nossos empregados fizeram questão de fazer uma sessão fechada e totalmente secreta no processo de cassação do senador Renan Calheiros, sequer sabemos quem defendeu os nossos direitos ou quem resolveu votar a favor da impunidade, como patrões, temos o direito de saber quem está cumprindo corretamente com as sua funções e quem está indo contra no caminho de progresso da democracia e da justiça.
Infelizmente contratamos quarenta empregados que nos traiu, ou seja, precisamos demiti-los nas próximas eleições, colocá-los no olho da rua e não permitir que voltem mais. Certeza absoluta que esses quarenta traidores têm culpa no cartório e estão defendendo agora o erro do amigo para futuramente serem defendidos. Nada é por acaso.
A banda podre continua a reinar, continua a apodrecer, sua podridão está cada vez mais escancarada e por incrível que pareça mais defendida que outrora, contamos com falsos empregados que ao chegar no poder esquecem que são nossos subalternos e podemos muito bem demiti-los, nesse nosso congresso, grande obra prima de Niemayer, temos trinta e cinco dignos representantes da população, políticos sérios que sabem defender a justiça e a verdade, outros seis são alienados, parece até que desconhecem a atual situação de imundície da política brasileira, certamente devem comparecer apenas em raras ocasiões e quando são chamados para exercer seu papel de defensor dos direitos públicos se abstém, qualquer leigo sabe que quem cala consente, concordaram, aprovaram e decidiram pela continuação da podridão.
Se comparar a destruição das torres gêmeas com a imundície da política, verificamos que aqui a catástrofe foi bem maior, enquanto no 11 de setembro foram quase três mil vítimas, aqui, no 12 de setembro, quase duzentos milhões vítimas da sujeira tão bem enraizada nesse país. Nos Estados Unidos o ataque foi surpresa enquanto no Brasil essa prática imunda, indecente, desmoralizada e repudiada já virou rotina em muitos escândalos envolvendo os nossos subordinados.
Precisamos colocar freios nesses nossos prestadores de serviços, lembrá-los mais uma vez se necessário, que eles são nossos meros subalternos e tem como máxima a defensoria dos nossos anseios.
Convicto da continuação dos próximos capítulos dessa novela infindável, exato do prolongamento da patifaria em que se transformou essa república, convido a todos a pensar nas próximas eleições que virão, direcionar o nosso precioso voto a quem realmente esteja empenhado na defesa dos direitos públicos e não sujeito às defesas de malfeitores, que desviam milhões, rouba outros milhões e ao fim é absolvido.