COMO FUNCIONA A CONSULTORIA DE RELAÇÔES HUMANAS

Com o crescimento empresarial o comandante de uma empresa, por exemplo, tem tantas preocupações a resolver, que acaba contratando subcomandantes, que podem ser diretores, gerentes, ou chefes de seções. Isto é lógico, depende do tamanho da empresa e do número de funcionários.

Estes cargos são delegados a pessoas que devem ter um perfil de comando eficaz, para gerir sua área. Só que uma empresa bem administrada precisa que estas pessoas tenham determinadas peculiaridades, que as fazem diferentes entre si, embora todas com uma só incumbência: levar ao crescimento a empresa.

Quanto mais crescem elas têm a tendência a isolar suas áreas, com tarefas estanques, mas interligadas. Só que por pessoas que falam idiomas diferentes.

O comandante, a esta altura Presidente, ao ter que coordenar todos estes dirigentes, costuma se isolar e passa a administrar no atacado, isto é, ouve, decide e manda executar.

Muitas vezes desconhece seus funcionários executantes, que se sentindo um mero recurso humano, transformam suas tarefas cada vez mais rotineiras, desprazerosas, cansativas, com um único objetivo, que é ganhar salário.

Costumeiramente começam a inventar consultas médicas para tirar um dia de folga e se der certo, acabam se julgando merecedores de férias extras, com licenças médicas fingindo-se doentes, que por incrível que pareça, possa fazê-los ficarem doentes mesmo, por não quererem repetir aquelas rotinas.

Entra aí o papel policialesco do gerente ou diretor de recursos humanos, castigando, ameaçando, criando um clima propício ao agravamento do absenteísmo (faltas constantes ao trabalho), ao vandalismo e às sabotagens.

A empresa vira um inferno, com o patrão e seus submissos tomando remédios que controlam suas crises de pressão alta, ou pelo medo de tê-las, crises de dor de cabeça, má digestão, má circulação, crises de ansiedade e depressão, possibilitando problemas vasculares e terror, quando certos problemas graves transformam-se em rotina.

Para tentar conter tais situações, aumenta-se a exigência do homem de rh, que pressionado a fazer mudanças, inferniza seus recursos, que insatisfeitos, massacram as esposas, que reagem e as famílias passam a exercer uma pressão contrária à que lhe fazem, surgindo a oportunidade para os sindicalistas (não generalizo), que deveriam fazer parte do movimento de paz das empresas, mas, como temos visto, costumam ganhar muito dinheiro, manobrando os funcionários e tirando vantagens dos patrões, diferente da atuação de certos sindicalistas inteligentes, que percebem ser a paz e a ética o melhor caminho para o sucesso, seus e de seus admiradores: funcionários e patrões.

Nesta hora surge o consultor de relações humanas. Ele começa diagnosticando a cultura da empresa, conhecendo como atuam os comandantes, percebendo como se criou tal situação difícil, propondo reuniões de solução dos problemas e conflitos e fazendo a participação de todos em torno de um só ideal: o crescimento da empresa.

Pessoalmente temos um método de atuação, que temos repetido em diversos trabalhos. Pensamos num processo otimizado de crescimento, revoluindo, isto é, buscando entender como surgiu, cresceu e está enfrentando seus desafios. Como resolveu seus problemas de crescimento e quais as lições que podem ser novamente empregadas, para resolvê-los.

Este trabalho exige perspicácia, sinceridade e a eliminação de que o processo será marginalizante.

A proposta dinâmica envolve a todos os funcionários e a busca da humanização dos seres, que deixam de ser recurso.

Muitos empresários têm medo desta manobra, pois temem perder o controle do que já perderam e poderá ser reconquistado: o poder de ser respeitado. Alguns patrões crêem que o trabalho irá criar um ambiente de vagabundagem, sem perceber que já o existe, e que será eliminado, pois a busca será de funcionários integrados a um ambiente sem tensão, mas com a pressão exigida, que não faz nenhum mal, pelo contrário oxigena as mentes.

O medo só existe quando o ambiente é de uma insegurança enorme, que irá finalizar num estágio de total acalmia empresarial: a falência resultante.

Havendo a mudança de espírito de rh para relações humanas, a comunicação passa a ter um dialeto comum, pois as áreas têm sua própria linguagem, a competição sadia entre as áreas devem ser estimuladas e o comando maior começa a administrar no varejo, conhecendo os joãos, luizes, josés e percebendo como a empresa se tornou um local de luta pacífica, produtiva, um ambiente decente de trabalho.

O que faz um consultor de relações humanas? Usa o Método Científico, o “Brainstorming” (método criativo de idéias), age sem medo e fazendo a desmistificação do poder, da comunicação, como forma de inteligência, sem pompas, com orgulho, acaba por ensinar a mais banal das descobertas: não precisamos ter medo de errar, se estamos bem focalizados em nossos objetivos.

Fácil? Não disse isto! È preciso crer e buscar a fundo.

Não se deve tentar, necessário é encontrar a solução, que se existe, será invariavelmente encontrada.

Fácil, não parece?

Tentem, se já não o fizeram.

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http://www.recantodasletras.com.br/autores/drmarciofunghi/T1132583

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