EU PROTESTO!

Vira e mexe a administração pública tenta encontrar soluções para os impasses da cidade.

Dessa vez além da super frota de automóveis pelas ruas e avenidas escassas da cidade, temos os problemas da baixa qualidade do ar, principalmente nessa sazonalidade invernal, na qual a umidade cai e os poluentes aumentam.

Mas dia desses, passando pelas avenidas do campus da USP/São Paulo, eu tentava sair detrás dum utilitário que jorrava fumaça preta sobre os meus pulmões.

Sobre os meus e SOBRE os do mundo, obviamente.

Assim que consegui a ultrapassagem, vi a inscrição no automóvel: SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE.

Bem, eu não saberia dizer como vai a saúde do ESTADO, mas o estado da minha saúde cardio respiratória depois daquele bafo de poluentes com certeza não estava nada bem.

Aonde quero chegar: É urgente que a gestão pública comece a dar o exemplo.

Não é infrequente o encontro de viaturas oficiais sucatadas, em péssimo estado de conservação e lamentável filtragem de poluentes decorrentes da combustão dos motores.

Está mais do que na hora de ampliar os olhos para o necessário, ou seja...para o próprio umbigo, e para o JUSTO, SEM QUE ISSO DEMANDE MAIS SACRIFÍCIO E IMPOSTOS À JÁ TÃO SACRIFICADA CLASSE MÉDIA.

Ônibus e caminhões são ocorrências totalmente soltas pela cidade, a piorarem a qualidade do ar.

É claro que necessitamos duma política séria de transporte público para que deixemos nossos automóveis nas garagens.

E precisamos de investimentos viários para comportar os automóveis e seus afins devidamente fiscalizados.

Há uma estatística dramática de danos à saude causados pelos congestionamentos.

Mas precisamos de fiscalização de verdade!

É revoltante quando vemos medidas focadas apenas para os automóveis de passeio, quando a própria gestão pública não dá o exemplo, poluindo o ar do qual politicamente diz cuidar.

Além da indústria das multas, agora corremos o risco da indústria da poluição!

Chega de idéias mirabolantes para o cidadão comum pagar a conta!

Já contribuímos com o rodízio semanal, e acredito que não temos esses dias impedidos de circulação sequer descontados do nosso IPVA.

Ficam aqui o meu protesto...e a minha esperança.