BRASIL, UM PAÍS EM BUSCA DE SI MESMO

Hoje frente a uma notícia parei para refletir.

Há pouco mais de dois anos, se não me falha a memória, participávamos dum plesbiscito para o desarmamento da população.

As propostas e justificativas eram poéticas, e justas!

Todos sonhamos em andar por ruas sem medo da violência.

O governo defendia o desarmamento, algumas instituições democráticas também.

O assunto se polemizou, dividiu opiniões.

Muito bem.Fomos às urnas, e a população decidiu pelo "não"... sob os protestos dos entendidos no assunto.

Hoje, mais que dois anos depois, ouço a notícia de que nosso chefe maior estará assinando lei que agiliza o porte de arma do cidadão comum!

Minha gente, ainda bem que brasileiro não tem muita memória!

Mas para os poucos que registram os fatos na memória remota, fica difícil entender certas posições antagônicas.

Afinal, somos uma antítese de país!

Hoje ouvia Delfim Neto numa entrevista à radio Jovem Pam, na qual dizia que o problema da saúde e da educação não é verba e sim gestão!

Uffa, ainda bem que alguém tem coragem de admitir o óbvio!

E é gestão em tudo!

Inclusive das idéias, lançadas que nem palavras ao vento, não fundamentadas na realidade da população.

O episódio do desarmamento, coroado com a lei próxima a ser aprovada, me parece um pastelão sério nada engraçado, que mostra o quanto estamos perdidos e longe de controlar a violência urbana!

Eu só pergunto:E se a população tivesse votado a favor do desarmamento, assim só de brincadeira como costuma votar, o quê teria sido do pobre cidadão desarmado...nesse mundão de balas perdidas? Com o desarmamento, elas ricocheteariam...com mais piedade dos desarmados?

A resposta só Deus sabe.