Jesus veio para os perdidos.
“Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido. Eu vos afirmo que de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Lc.15:8-10.
Existe em vários locais públicos um determinado setor chamado de “Achados e Perdidos”. Creio que em muitos lares, também deveriam existir esse famoso setor.
Em primeiro lugar, vamos identificar os personagens da parábola: 1º) Um dona de casa; 2º) Uma moeda de prata, de origem grega, com o valor estimado em um dia de trabalho, ou seja, igual a um denário; 3º) Amigas e vizinhas.
À medida que Jesus se aproximava do fim do seu ministério público, “publicanos e pecadores em geral” eram atraídos a Ele, e vice-versa.
Respondendo aos murmúrios dos fariseus e escribas, Jesus retratou em forma de parábola o esforço da Trindade em buscar e salvar o perdido (Lc.19:10).
Pelas parábolas, os próprios fariseus foram apresentados como pecadores. Jesus veio para salvar os que estavam perdidos no pecado, aqueles a quem o profeta Isaías se refere como “ovelhas desgarradas” (Is.53:5,6).
Jesus, primeiramente, fala num pastor de ovelhas que procura uma das suas cem ovelhas: simboliza a ternura divina; depois, Jesus fala numa mulher de condição humilde, que procura a sua moeda de prata: simboliza o zelo divino.
A importância da moeda está ligada ao resgate de algo que está perdido no lar. A citação é de uma moeda de pequeno valor, mas a busca é diligente. A mulher procurou com zelo, estava ansiosa por recuperar o que para ela havia perdido não por vontade própria, como foi no caso da ovelha, mas pela falta de cuidado ou desatenção. O bem estava perdido no lar, no ceio da família. Isso implica a possibilidade de uma alma preciosa aos olhos de Deus, que pode está perdida dentro de uma lar cristão ou, até dentro da Igreja.
Na parábola a mulher não ficou indiferente a perda, muitas vezes nós ficamos indiferentes.
Jesus conduz as palavras no sentido de que o Filho do Homem procura intensamente a salvação dos perdidos, dentro ou fora, perto ou longe. Jesus está ilustrando o seu próprio ministério de salvação. Dirige a mensagem aos fariseus sem coração.
No final, Jesus aplica a alegria compartilhada. Recuperar o bem perdido é motivo de grande júbilo. Jesus convida a todos para se alegrarem com Ele, e com os seus anjos, por aqueles que são salvos e são resgatados de seus pecados.
Conclusão: Se em nosso lar existisse um setor chamado: Achados e Perdidos, quais seriam as “dracmas” procuradas? Talvez a do respeito, a do carinho, a do diálogo, quem sabe a da fidelidade, ou até a do perdão. Uma coisa é certa, devemos aprender com a parábola apresentada pelo Mestre: 1º) Tomar iniciativa em procurar (a mulher perdeu, procurou e achou); 2º) Valorizar o bem perdido (a mulher tinha dez moedas, ficou com nove, mas não desvalorizou a que perdeu); 3º) Não se acomodar pela perda (a mulher foi buscar a solução); 4º) Ser humilde ( a mulher pegou a vassoura e ela mesma varreu a casa); 5º) Regozijo compartilhado (a mulher não guardou pra ela sua alegria, chamou vizinhas e amigas).
Que o Senhor nos ajude na busca pelo bem que perdemos todos os dias em nosso lar.
No amor de Cristo.