Na morte se nasce uma vida.
Se houvesse mais solidariedade e menos egoísmo, não haveria fila de espera de doadores de órgãos.Todos os dias morrem pessoas de diversos modos, e cada corpo enterrado, junto vai a esperança de um necessitado de uma parte daquele que se foi, para poder dar continuidade a sua vida.De tudo que se vê em termos de modernidade que o mundo vem se transformando, esta questão de vida e morte ainda esta envolta em um grande tabu, pois o ser humano por mais que se diz conhecedor das inovações, ainda se prende a conceitos religiosos, aos medos, e aos preconceitos dos antepassados.
Quantas pessoas poderiam voltar a enxergar se alguém lhe doasse uma córnea, ou quantos poderiam ficar sem o sacrifício de uma hemodiálise se pudesse ter um rim saudável. Mas ninguém esta preocupado com estes fatos, e vão assim enterrando e cremando os órgãos que poderiam salvar muitas vidas, não dando nenhuma chance para os que vivem no que eu chamo de corredor da morte.
A vida é apenas uma passagem, seja ela breve ou duradoura, mas...Cabe a nós fazê-la com que seja voltada a servir de alguma forma aos nossos semelhantes, pois quem não vive para servir não serve para viver. É muito fácil dar uma esmola a um pedinte, um prato de comida não nos fará falta, mas doação de verdade requer muito mais do que isto, é preciso reconhecer de perto o sofrimento alheio e saber que podemos se quisermos, ajudar em vida, e que a nossa morte viria como uma última forma de ainda poder fazer alguma coisa em prol dos nossos irmãos desafortunados.
No dia em que chegarmos à conclusão de que ao enterrarmos ou cremarmos um ente querido, ficou alguma parte dele para salvar alguém, nós nos sentiremos mais aliviados perante a Deus, pois tivemos a oportunidade de alguma forma em mostrar agradecimento ao Criador, por nos ter dado a chance de viver e morrer...Valorizando a vida.