A HISTÓRIA DOS FORTES DA BAHIA E SEUS PRISIONEIROS MAIS FAMOSOS.
“O primeiro a ser construído foi o de Santo Antonio da Barra – cujas obras começaram em 1536 e terminaram em 1772, iniciada a sua construção pelo donatário Francisco Pereira Coutinho. Aonde houve o primeiro desembarque português.
O Farol, foi inaugurado em 2 de dezembro de 1830.
Forte de Santa Maria – concluído em 11 de dezembro de 1696. (planta e fachada com data de 8 de julho de 1756 – localizado na Marinha, lado sul de Salvador.
Forte de São Diego – construído pelo governador D. Diogo de Oliveira; reconstruído em setembro de 1722, pelo Vice-Rei o Conde das Galveas.Em água de meninos.
Forte da Gambôa – iniciou a construção em 1638 parou e retornou a construir em 1646, recebeu no 2º Império o primeiro canhão Armstrong, vindo da Inglaterra. Era tão grande e pesado que o povo chamou-o de “peça da vovó”. (“A Margem da História da Bahia”- autor: Francisco Borges de Barros.)
“A peça da vovó durante o seu período em que passou no Forte da Gambôa, deu seu primeiro e único tiro de experiência com bala e atingiu velha ramalhuda mangueira na Costa do Mar Grande em Itaparica, deixando-a reduzida a um montão de lenha. E as casas das vizinhas sacudiam na hora do tiro horrivelmente, despedaçando-lhe as vidraças, quebrando pratos e outros utensílios domésticos.” Assim disse a voz do povo.
“Outrora a população da cidade tinha fé inabalável e irrestrito na eficiência da “Vovó da Gamboa”. Acreditavam que o canhão sozinho afundaria a mais poderosa e numerosa esquadra do mundo que fosse atacar a Bahia”.
“Por aviso do Ministério da Guerra, em 28 de outubro de 1873, foi mandado para está Província, um canhão Armstrong de calibre 250, pesando 13 toneladas, a maior peça de artilharia a primeira a ser fabricada pelo fabricante Inglês para o Brasil. Sendo embarcado no ano de 1875. Chamada pelo povo de “vovó” em atenção ao seu tamanho e robustez.”( Fonte do livro: “Fortificações da Baía” – autor João da Silva Campos.)
Forte do Mar ou Forte de São Marcelo ou Fortaleza Nª.Sª. do Pópulo, - iniciado a sua construção em 1623 parou depois em 1650 foi reiniciado a construção e terminou em 1772.
Forte de Santo Alberto, - construído no governo de D. Diogo de Meneses, iniciou em 1606 e terminou em 1612.
Forte de MontSerrat – iniciado em 1586 parou reconstruiu em 1772. Também chamado de Forte de São Felipe. Situado na ponta de Itapagipe .(Fortaleza de N. Sª DE monte Serrate)
O FORTE DE MONTSERRAT – ou “Fortinho de MontSerrat”, localizado na penílsula de Itapagipe – Segundo a crônica de Eurico de Góes; “ O baluarte quinhentista em feliz momento entregue pela União ao governo do Estado, que o restaurou, saindo da fatal ruínas. O governador Geral Manoel Teles Barreto, no período de 1583 a 1588 foi quem deu o inicio da construção do Forte. Continuou a obra D. Francisco de Souza 1594 a 1598. Concluído-a e aperfeiçoando-a com Diogo Luiz de Oliveira 1627 a 1635. Ocupou-se os holandeses de Nassau em 1638, como já haviam feito em 1624, os invasores Horst e Persh. Já no ano de 1742, nova restauração com grandes melhoras no governo do vice-rei André de Mello e Castro. Saindo os portugueses do general Madeira na madrugada de 2 de julho de 1823; e os “sabinos” de dentro do Forte afrontaram as armas Imperiais, lutando valorosamente contra os marujos da divisão naval, que em lanchas e escaleres tentavam desembarcar nos dias 13,14 e 15 de março de 1828 até que as dezesseis horas do dia 15 logrou o seu intento, expulsando os rebeldes “sabinados” do Forte, onde se haviam encurralados e eram último local de lutas em itapagipe”. (Fonte do livro: Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia nº56 – parte da narrativa de João da Silva Campos = Tradições Bahiana”)
Fortaleza de Santo Antonio da Barra, edificado em 1625 e reconstruído em 1703.Também conhecido por Forte Santo Antonio do Cais.
Fortaleza do Barbalho – construída em 1712.
Fortaleza de São Paulo – iniciada em 1646 e concluída em 1722. Defronte do porto da Gamboa.
Fortaleza de São Lourenço – situada em Itaparica, teve papel relevante na campanha da Independência. Também conhecido como Forte da Passagem de Itapagipe.
Forte da Lagartixa – Poucas das fortificações baianas receberam tanto nomes diferentes como esta praçazinha de guerra, hoje em absolutamente imprestável, situada à beira mar na praia de Água de Meninos. Sua mais antiga denominação foi Forte de Santiago de Àgua de Meninos. Visto em manuscrito como Forte ou Fortinho dos Franceses. Depois apareceu escrito e conhecido como Forte de Santo Alberto.
Morro de São Paulo – Iniciada no governo de D. Diogo Luiz de Oliveira e concluído em 1730 no governo do Conde de Sabugosa. A sua construção foi estratégica, na primeira invasão Holandesa teve grande participação em 1624.
Forte do Rio Vermelho – construído em 1772. Também conhecido como Forte de S.Bartolomeu da Passagem – Reduto do Rio Vermelho.
Forte de Stº Antonio da Mouraria – Largo da Mouraria, hoje Quartel da 6ª Regial Militar.
Forte de São Pedro – situado no largo de São Pedro, caminho do Largo 2 de Julho.
Forte da Ribeira e sua bateria – situado sob a marinha defronte ao Forte do Mar
Fortaleza de Stº Antonio Além do Carmo. Situado no Largo de Stº Antonio Além do Carmo.
Forte de Paraguassú – Situado a margem do Rio Paraguassú.
Castelo das Portas de São Bento.
Castelo das Portas do Carmo.
“A importância dos Fortes na vida diária da população tinham sua interferências; dando-lhes às horas de despertar e recolher, bem como anunciar os incêndios ou qualquer outro sinistro nas águas do porto ou na cidade. Ainda correspondia a saudações das belonaves que chegavam, e intimavam os navios que pretendiam entrar no ancoradouro, ou deixa-lo, fazendo também ver as irregularidades na atracação.
Pela sua importância histórica, tradicional e pitoresca, dando á paisagem do litoral e de alguns trechos do centro da cidade uma nota sugestiva. As nossas obsoletas praças de guerras merecem ser carinhosamente conservadas. São verdadeiros atestados do antigo valimento desta terra. E de quanto a Metrópole velava pela segurança e conservação da sede do governo dos seus domínios no Novo Mundo.
(Fonte do livro: “A Margem da História da Bahia”- autor:Francisco Borges de Barros)
O FORTE DE SÃO MARCELO E SEUS PRISIONEIROS
Sua fama correu por todo o Brasil. Personagens ilustres presas no Forte de São Marcelo ou Forte do Mar como também era chamado de Fortaleza N.Sª. do Pópulo. Teve a sua origem em 4 de outubro de 1650 segundo alguns documentos de reforma do Forte. Segue abaixo os nomes ilustres presos na enxovia do Forte.
Thomas Lindley – Preso em Porto Seguro por contrabando de Pau-Brasil em 1802 – “Thomas Lindley, chega preso em Salvador no dia 26 de setembro de 1802, sendo recolhido dois dias depois com a sua esposa para os calabouços inferiores do Forte do Mar”. Esse Thomas Lindley, foi autor do livro: “Viajem ao Brasil” escrito em inglês em boa parte da obra ele narra o período em que ficou preso na Bahia”.
“O Forte de São Marcelo ou Forte do Mar, que é de forma circular, acha-se situado no meio do ancoradouro em bacia de areia, em frente do Porto da cidade, e que é notável principalmente por nela ter tremulado pela primeira vez na Bahia a Bandeira Nacional no memoriável dia 2 de julho de 1822.”(Fonte do livro: “Centenário – 1500 à 1900” parte escrita pelo general Fontoura Costallat, a propósito da organização militar, Exército e Armada, Milícia Cívica e Fortificações.)
“Preso nesta Fortaleza de N.Sª do Pópulo, o revolucionário, lendário Padre Roma “figura principal da revolução de Pernambuco. Seu nome verdadeiro era Dr. José Inácio de Abreu e Lima. Foi fuzilado na manhã de 2 de março de 1817, no Campo da Pólvora depois Campo dos Mártires.”
“Também preso neste Forte, outro revolucionário gaúcho, Bento Gonçalves, teve fuga espetacular: Ao fugir, molhou às pólvoras, amordaçou e amarrou um vigilante e pulou para o mar, a noite, um barco pequeno estava a sua espera.” Nesta fuga teve a participação da Maçonaria baiana.
“Vários estudantes relapsos, vindo dos Colégios dos Jesuítas e de outros estabelecimentos tradicionais da Bahia, mandavam irem presos por longos dias no Forte do Mar.”
“O maior de todos os revolucionários do Brasil, também foi preso na masmorra do Forte, seu nome era quase uma lenda viva: Cypriano José Barata de Almeida, nasceu em Salvador, no dia 26 de setembro de 1762 e faleceu em 1º de junho de 1838 no Rio Grande do Norte. ( foi preso várias vezes como conspirador, tendo sido um dos tenazes propagandista da Revolução de 7 de abril de 1798 – refere-se a Revolução dos Alfaiates.” ( Fonte do livro: “ A Margem da História da Bahia” – autor: Francisco Borges de Barros – Diretor do Museu do Estado (na época da publicação do livro na Bahia em 1934).
“O Forte do Mar aderiu a Sabinada desde o inicio, e foi a derradeira posição dos revoltosos que a tropa Imperial ocupou na manhã de 16 de março de 1838”.
Um dos chefes da Sabina, o mais importante Dr. Sabino Vieira, também ficou preso neste Forte, somente pouco tempo. Sendo transferido para a fragata Príncipe Imperial, prisão marítima”. A famosa Presiganga.
“Em fins do século XVIII, conforme notícias de Vilhena, o Forte serviu de prisão dos estudantes relapsos e indisciplinados. Considerado o Forte a mais segura da cidade.”
Preso neste Forte o Brigadeiro Carlos César Burlamaqui, governador de Sergipe, deposto pela Junta Governista da Baía, a qual pretendia reduzir aquela Província a subalternidade da Comarca em 1821.
Preso o Capitão Poncio e um Padre Olavo, em setembro de 1823 por andarem espalhando panfletos “doutrinas perversas e mui perigosas” disse Aciolli, Amaral, II pp.95/96) Preso por ordem do comandante do exército pacificador, coronel Joaquim José de Lima e Silva, o major João José da Cunha Fidué,que comandava a resistência portuguesa contra a nossa emancipação política do Piauí e no Maranhão. Sendo capitulado em Caxias do Sul em 1824.”
“ Preso neste Fortaleza, o administrador da “Imprensa Nacional Francisco José Corte Imperial por crime de injúrias impressas a mando do brigadeiro Gordilho de Barbuda.. Foi também prisioneiro da bastida o coronel Antonio de Sousa Lima. Herói defensor de Itaparica na guerra de Independência.”
“Preso no período de 1832 a 1833 o célebre agitador das massas, o “homem de todas as revoluções” Cypriano José Barata de Almeida, o famoso “baratinha” como lhe era chamado. Foi hóspede forçado do propugnáculo.”
“ Preso em dois anos, o famoso general da “Farroupilha” Bento Gonçalves da Silva, cuja fuga sensacional está assinalada nas páginas da História Nacional.”
“Preso num dos cárceres do Forte, um famoso desordeiro e valentão de colarinho e gravata, João José Alves. Individuo da laia daqueles que outrora o povinho denominava “branco estourado”. Por ordem do chefe de polícia da Província e futuro barão de São Lourenço, Francisco Gonçalves Martins, em 1856.”
“Preso, já no fim do século, em 1890 o brigadeiro Barão de Sergi, réu de crime comum.”
“A História do Forte do Mar registra três casos de prisões coletivas. A primeira dos implicados na malograda Federação do Guanais. A segunda da Sabinada com cerca de trezentos dos seus partidários. A terceira, foi dos maiores culpados da Insurreição dos Malês, em janeiro de 1835.”
“ Foi preso o inglês Tomás Lindley, por contrabando de pau-barasil em Porto Seguro, estava recolhido ao Forte, em 1803, mas ficou poucos dias, transferido para o Forte do Barbalho e de lá, por ter muitas regalias, fugiu em um dos seus passeios, indo para a Espanha e de lá para a Inglaterra. Em seu relato, no livro de suas aventuras e impressos; “Narrativas de uma viagem ao Brasil”, descreve o interior do Forte, com minúcias. Já naquela época chamavam o Forte de São Marcelo ou Forte de Nossa Senhora Del Pópulo. Escreveram os cronista da época que, no caso de Tomás Lindley e Bento Gonçalves, “ que suas fugas tinham origens de fatos, na Maçonaria” outros não afirmam mas, não descartam a corrupção.”
Fortaleza de São Paulo da Gamboa. Preso neste Forte o padre Roma, transferido do Forte de São Marcelo. Emissário dos revolucionários pernambucanos em 1817 e julgado, esquartejado e morto nesta cidade.”
(Fonte do livro: “Fortificações da Baía” – autor: João da Silva Campos)
“ A Fortaleza Nossa Senhora do Pópulo ou São Marcelo, vulgarmente conhecida como Forte do Mar, teve sua origem na Carta Régis de 4 de outubro de 1650, determinando “ quando convinha fazer-se um Forte no baixo surgidouro dessa Bahia”.
A idéia de sua construção é do governador Conde de Castelo Melhor, que iniciou logo a obra, sob risco do engenheiro Francês Pedro Gorin. Foi continuado pelo Conde de Atouguia e pelos seus sucessores, parando a obra inúmeras vezes por falta de meios. Em fins do século 17 estava a obra concluída.”
(Fonte fornecedora: Conforme documento de Luiz Meneses Monteiro da Costa, Certidão de Nascimento da Fortaleza de Nossa Senhora Del Pópulo, que retifica nessa documentação, em tese, tudo quanto se vinha repetindo sobre o célebre Forte.)
Note Bem : As declarações acima foram extraídas do livro: “Reise in Brasilieu” – autores: Von Martius e Von Spix – Traduzido por Pirajá da Silva e publicado em 1916)
“ O Farol da Barra – Primeiro farolete a ser aceso na Bahia, com luz bruxoleante, de vela de sebo, guiava os navios nas trevas da noite, foi mais tarde substituída por um farolete iluminado a azeite de peixe e logo depois veio o querosene, finalmente chegou a eletricidade com luz branca e vermelha, que abrange um raio de quinze milhas.”
(Fonte do livro:”Bahia Encantada” – autor: Ricard Menocal -1957)
“Masmorras do Forte do Mar, os encarcerados eram acorrentados e submetidos a trabalhos forçados quando necessário, surrados, humilhados e privados de toda sorte. O silêncio absoluto era uma obrigatoriedade. Entre os famosos “hóspedes” estava o médico revolucionário Francisco Álvares Sabino da Rocha Vieira. O líder da “Revolta da Sabinada”. Era o lugar considerado de segurança máxima da Província. Só iam para lá pessoas de grande risco de fuga. Inclusive outro rebelde Cipriano Barata, o lendário. Mas foi Bento Gonçalves o primeiro famoso que fugiu do Forte. Como também, existia masmorras na antiga “Casa da Província ou Câmara da Província”, hoje Prefeitura Municipal de Salvador. Situada por baixo do piso principal, na época do período Colonial.” (Fonte do livro: “ A Cidade do Salvador” – autor: Alberto Silva).
BIBLIOGRAFIA:
Fonte do livro: “ Fortificações da Baía” – autor: João da Silva Campos
Fonte do livro:” A Margem da História da Bahia” – autor: Francisco Borges de Barros.)
Fonte do livro: “ A Cidade do Salvador” – autor; Alberto Silva.
Fonte do livro; “ Bahia Encantada “ – autor: Ricard Menocal.
Fonte do livro; “ Centenário 1500 a 1600 - relato do general Fontoura Costallat, sob as organizações militares.”
Fonte do livro: “Noticias Gerais de Toda Esta Capitânia da Bahia” – (Folhas 33 – Relação de Todas as despesas anuais dos Fortes.) cód.981-42 e 4. setor de Obras Raras da Biblioteca Pública da Ba.) Fonte da Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, nº 56
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O MAR PERTENCIA A TODOS
A França e a Inglaterra não consideravam como justo o titulo de domínio a partilha que o Papa Alexandre VI, por Bulla, fizera do Novo Mundo.
“O direito marítimo internacional ainda não havia formulado suas leis. O mar era um vasto campo de pirataria onde o direito da força imperava sem escrúpulos.
O espírito aventureiro dos marinheiros da época Colonial, encontrava apoio nos respectivos governos que por sua vez não tinham escrúpulos em aceitar qualquer situação de vantagens, associavam-se nas investidas contra o Brasil, cuja conquista fácil lhes parecera que a Metrópole estava em abandono e toda entregue as opulências da Índia e deixava sua vasta colônia.”
“O comércio de pau-brasil,despertou a cobiça dos navegadores das nações rivais de Portugal, logo após o descobrimento da grande colônia, e fácil o fora desde quando a poderosa Metrópole, por várias causas, alheia do valor da nova conquista com um litoral vastíssimo e desprovido de aparelhos de defesa.
Os resultados dos descobrimentos da América de uma parte e de outra, a rota das Índias, foram de vantagens imensas para a Europa.
“As rotas do comércio, deslocou a rota do Mediterrâneo para o Oceano, vão enriquecer os povos e destronar Veneza, Genova e Marsella. Até então, o mundo reduzido á Europa, uma parte da África e Ásia, viviam há séculos sobre o mesmo fundo. A descoberta geográfica revelaram novas civilizações, produtos, fenômenos novos, estendiam o campo de suas atividades intelectuais e a ampliação comercial.”
“A exploração tenaz do pau-brasil que constituía a ANILINA tão procurada em séculos remotos levaram ao comércio clandestino em vários países a pirataria e invasão à vista de Portugal.”
“Nas mãos dos indígenas saíram pau-brasil, papagaios, macacos e outros animais, especiarias do país e pedaços de ouro que as enxurradas deixavam na flor da terra.
“No ano de 1510, assinala um fato notável na Costa dos domínios portugueses. Diogo Álvares, lança as bases da povoação que o havia de prender a nova terra. E assim, cresceu o novo território português.
De todos os corsários os mais temíveis foram os das praças de Honfleur e Diepper,( o celebre João Ango – rico armador de Diepper, ele que bloquiou Lisboa com uma grande armada, morreu em 1551 como Visconde de Diepper). D. Manoel, rei de Portugal, se viu na condição de transigir e negociar.”
As piratarias nos mares, apesar das medidas repressivas, não cessou nunca nos séculos 16,17 e 18. Foram eles os maiores responsáveis: França, Inglaterra e Holanda.
Dos navios corsários, a Fragata “La Preneuse”, comandada por Mr.Larcher, era a mais temível, tendo estado aqui na Bahia em 1797, quando espalharam os seus comandantes e oficiais “panfletos” de idéias liberais que deram origem a Insurreição, denominada dos Alfaiates em 1798. ( vide os Confederados do Partido da Liberdade e Primórdios das Sociedades Secretas da Bahia).
Em 21 de novembro de 1797 a “La Preneuse” apreendeu o navio Santo Antonio de Polifemo, do comércio da Índia, em nosso mar e confiscando-lhe toda a carga era comandante o capitão-Ten. Manoel do Nascimento da Costa.
Os corsários franceses tinham por base Naval as ilhas Mauricias.”
(Fonte do livro: “Novos Documentos para a História Colonial” – autor: Francisco Borges de Barros.Imp. Oficial da Bahia. Ano 1931.)
“O corsário holandês Piet Heyn, almirante do navio Hollanda, atacou vários navios no porto da Bahia quando fazia escala e retornou em 1627 quando em outra viagem naufragou em Pernambuco nos seus recifes.”
Conforme o livro: “Notícias Gerais de Todas as Capitânia da Bahia, desde o seu Descobrimento até o ano de 1759 – autor: José Antonio Caldas – publicado em 1951 Ba. Assuntos diversos principalmente as Relações das despesas das Fortalezas, com mapas das suas construções na Baía de Todos os Santos.
Relação de madeiras para construções de embarcações exportação – Madeira de lei ano 1757 na Baía.: cajueira, jacarandá, vinhático, sebastião d’assuda (dura de cor vemelha) e tapinhoan.
Mercadorias para exportação no porto: sola de couro cru, açúcar, tabaco, aguardente.
Nota de complementar: comerciavam com Angola e Guiné em troca de escravos as mercadorias acima. Era freqüente a presença de mineiros, que negociavam para as Minas os produtos: Fazendas (tecidos) escravos que levavam para os mineiros em troca madeiras e ouro. Nesta capitânia da Bahia, tem 172 Engenhos de Açúcar em funcionamento e outros parados, arruinados.
Os mercadores mais conhecidos são – Bambiá e Bocaxapá.
TRABALHO DE PESQUISA DE Álvaro B. Marques.