Álter do Chão III - Passeios

INTRODUÇÃO

Devido à extensão do texto sobre Álter do Chão, o dividimos em vários artigos: o primeiro deles apenas apresentou Álter do Chão e a identificou geograficamente, bem como na estrutura político-administrativa do estado do Pará; o segundo narrou sobre: localização; acesso; um pouco de sua história; melhor época para turismo; e serviços básicos oferecidos por Álter do Chão; e este terceiro ficará restrito a enumeração e pequena descrição dos principais passeios, para conhecer melhor os encantos daquele pedacinho da Amazônia.

ILHA DO AMOR

É a praia de mais fácil acesso, pois está próxima ao centro do vilarejo. Pela qualidade de sua areia, por sua rara beleza e pela infraestrutura oferecida, apelidaram-na de “Caribe Amazônico”.

A travessia de barco não dura mais do que 15 minutos, alguns fazem o percurso, a nado, outros fazem parte de barco e parte a nado.

CANAL DO JARI

Perto de Álter do Chão está uma das grandes encruzilhadas de rios da Amazônia. Poucos quilômetros rio acima, o Tapajós recebe o rio Arapiuns e logo depois deságua no Amazonas.

Pouco antes de o Tapajós desaguar no Rio Amazonas, uma última porção de terra divide os dois rios. É onde fica o Canal do Jari. Comprido e estreito, mas o suficiente para fazer a ligação entre as águas claras do Tapajós e as barrentas do Amazonas.

A Ponta do Jarí é uma área inundada e dormitório de papagaios e garças, a revoada pode ser observada ao entardecer ou amanhecer. Território de botos e jacarés.

Durante o percurso, podemos contemplar acidentes geográficos e flora original como: a árvore Apiuí, palmeira Jauari, pau da folha fina, bacuri do iguapó, castanheira de macaco... Imperdível recanto em que parte do barrento do rio é decorada com jardim de vitórias régias.

Ao passeio, incluem-se outras opções: banho na praia de Pontas de Pedras, ou então no Lago Tapari, almoço e descanso, mas todas terminam na praia do Cururu, para assistir a um dos espetáculos, que não sai de cartaz: o por do sol.

Normalmente, o almoço é em algum estabelecimento familiar na beira de alguma praia, para mais banhos e com redes sob as sombras das árvores.

Tem gente que antes de voltar para Álter do Chão, após o entardecer no Cururu, ainda, fica para mais um banho na Ilha do Amor.

PIRACAIA

Piracaia (pira, peixe e caia, assar) era tradição dos índios preservada por seus descendentes. Nas noites de lua cheia, realizavam ritual que envolvia a comida que era pescada e a dança. Esse ritual ainda está presente em algumas regiões do oeste do Pará.

Para melhor apresentar aos turistas, os descendentes alteraram a tradição: incluindo, à simplicidade do pescado, frutas regionais e caipirinhas; trocando o ritmo da dança para o carimbó; ornamentando o pedaço de praia com arranjos e tochas; e, ainda, agraciando os turistas com plágio do amuleto usado pelas índias, o Muiraquitã.

FLORESTA ENCANTADA

Parece que nada há para nos encantar nos períodos das cheias em Álter do Chão, de dezembro a Junho. O inverno chega a essa região, as maravilhosas praias desaparecem pelas cheias dos rios.

Nesse regime de menos sol e mais água, a natureza nos compensa com outras formas de encantamento. A Floresta Encantada de Álter do Chão é exemplo dessa magia da natureza.

Floresta Encantada do Caranazal que fica cerca de 3 km de Álter do Chão. Os antigos moradores denominavam o local de Cabeceira do Cuicuera. Hoje, atrativo turístico imperdível na época em que as águas ainda não baixaram.

No trajeto de Álter do Chão ao Caranazal, o timoneiro do barco a motor vai identificando referências desse percurso. No início o encantamento do lago Verde. Depois ilhas como a de Muritiapina, Ilha de Santa’Anna onde existe propriedade conhecida como Casa do Argentino. Ainda, outra ilha onde se localiza a escola da Floresta.

Nesse trajeto, apesar de estarem submersas, são também indicadas praias que surgem no período da vazante: da Valéria; do Belo Hotel; do Umbú; do Trilheiro e já no retorno chegando a Alter do Chão, a praia do Cajueiro.

O passeio corresponde a uma trilha usando canoas e dura cerca de uma hora. O guia do turista nesse passeio é morador e catraieiro. Além de acompanharem mostrando as belezas, identificando espécies da fauna e da flora da região, também narram histórias e “causos” que não poderiam acontecer em outro ambiente.

Luz romântica solar ilumina o caminho e o manso deslizar das canoas pelo igapó. Não sabemos se estamos contemplando a natureza, ou se é ela que nos observa, abraça e nos transmite paz.

Colorido de pássaros contrasta com a extrema dificuldade de mexer-se da preguiça. Orquídeas surgem luminosas com seu florir nos túneis sombrios, formados pela vegetação da floresta.

Até o início de agosto, é possível fazer o passeio. No início de agosto já com alguns prejuízos, pois as águas já baixaram, mas não o suficiente para desaparecer totalmente a floresta inundada. O percurso de canoa fica muito reduzido e surgem trilhas para observação de flora original e alguns pássaros e animais.

OBSERVAÇÕES

.Existe um passeio que pode ser feito pelos que visitam Álter do Chão. É o passeio a uma das comunidades envolvidas nas atividades de ecoturismo na Floresta Nacional do Tapajós – Flona Tapajós.

Todo setembro Álter do Chão, além dos passeios enumerados, tem em sua programação a festa do Sairé. Essa atração e o passeio a uma das comunidades da Flona tapajós serão objetos de próximos artigos

Cabe ressaltar que os artigos visam ao público nacional e internacional, que deseja visitar Álter do Chão

FONTES

portalamazonia.com.br;

pt.wikipedia.org; e

viagem.catracalivre.com.br

Endereços Pertinentes:

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6916574 (Álter do Chão -I)

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6951711 (Álter do Chão -II)

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6958543(Álter do Chão -IV)

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/6972109 (Álter do Chão -V)

J Coelho
Enviado por J Coelho em 02/06/2020
Reeditado em 09/06/2020
Código do texto: T6965297
Classificação de conteúdo: seguro