Relatos de Viagem - Uruguai

Relatos da Viagem para Uruguai

De 20 a 28.11.18

Holla, Hermanos!

19.11- Lunes

Em meio a muita expectativa, alegria e emoção nossa primeira viagem juntas foi concebida. Amigas tão queridas! Dois anos sem conversas, dois anos de trabalho e muitas mudanças nas vidas. Dois anos de assuntos acumulados e de emoções não compartilhadas. Surge um convite muito especial. Sem dinheiro, sem projetos de viagem, fui mordida pelo desejo de estar próxima de uma pessoa tão cheia de força, de alegria, de leveza.

Parto pra São Paulo dia 19.11.18, as 16:00h. Pretendo dormir no aeroporto para embarcar no dia seguinte para Uruguai. Desisto de alugar um quarto porque dormir em uma cama é muito caro ..rsrrs Resolvo ficar nas cadeiras do aeroporto. Tossindo muito ainda, resquícios de uma gripe, recebo a ligação de Vivi, que estava hospedada em casa de Liz. Insistem para que eu vá passar a noite com elas, Liz, Vivi e Lara, lindezas de pessoas. Preparam um abraço cheio de generosidade, vinho e amor. Começou a viagem. Já estou em estado de graça.

Vilaró

20.11 – Martes

Saímos da casa de Liz as 4;00h da manhã de Uber ( ? ) para o voo de São Paulo para Montevideo as 7:00 da manhã.

Chegamos ao Aeroporto Carrasco em Montevideo, compramos Chip local para usar o celular (480,00 pesos uruguaios).

Tomamos Café Mc Donald’s (386,07 pesos) correspondentes a U$ 12,01 + 0,77.

Recebemos o carro que já estava alugado (U$ 37,31 + U$ 2,38 IOF). Fomos muito bem atendidas pelos profissionais da Álamo.

Partimos para Punta del Este. Deliciosa viagem cheia de expectativas, de belas paisagens e de um céu incrivelmente limpo, intitulado por Vi de “céu de brigadeiro”, nunca entendi o porquê, mas imaginei que era tão incrível como comer um brigadeiro.

Paramos na Casa Del Pueblo, magnifica casa fincada nas pedras, em frente ao mar, composta por Hotel, Museu e residência da família de Carlos Paez Vilaró, projetada e construída por ele mesmo. Entrada (U$ 20,00 por pessoa). Almoçamos no Restaurante do Museu View Point (UY$ 1.363,12 pesos), US$ 42,36 + 2,70.

Depois andamos pelo Museu e conhecemos um pouco as histórias incríveis desse artista Uruguaio que conquistou o mundo.

Seu filho foi vítima do acidente intitulado Tragédia nos Andes, quando um avião caiu em 1972 no México. Passaram 69 dias para serem encontrados. Teve a carta feito por Vinicius de Moraes para Vilaró. E ainda a história dos gatos que se mudaram da casa para o Museu depois da morte dele.

Era amigo de Jorge Amado e de Vinicius de Moraes.

Um lugar encantador, mágico!

Seguimos para Punta Del Este pela mesma bela estrada. Encontramos a lua, cheia, linda, simbólica e lembramos do sonho de Vivi das duas luas no céu.

Em Punta ficamos no Hotel Milano (US$ 54,00 + 3,45). Fomos recebidas pela doce Sofia. Nos instalamos e resolvemos caminhar e conhecer a cidade. Um encanto! muita limpa e agradável. Por indicação da Sofia fomos jantar no restaurante Virazón Puerto. Tudo maravilhoso: cardápio, atendimento, música, por do sol.. afff dose extra de energia para o corpo, os olhos, ouvidos, mente e espírito. Valor? ( ? )

Retorno pro Hotel, sono.

Los Dedos - Mario Irrazábal

Dia 21.11 – Miércoles

Pela manhã caminhada na praia até o Monumento dos Dedos, muita beleza, muito sol...sentimos a sensação de sermos abençoadas pela presença do belo, do transcendental.

Depois do café da manhã deixamos o hotel e voltamos a Montevideo. Alguns transtornos, até divertidos, para acharmos a saída da cidade. Devolvemos o carro na “Oficina” da Álamo. Oficina em espanhol é escritório. Pegamos um Uber e fomos para o Hotel IBIS. Lá nos recebeu o querido Alejandro com sua gentileza habitual nos indicou um restaurante incrível Locos de Asar e seguimos para lá. Foi outra experiência marcante: carnes maravilhosas, excelente atendimento,vinho, cerveja Patrícia e sobremesas ...ufa ... aguei...Ficamos horas lá..

Lá pelas seis da tarde fomos caminhando pela Rua San José e seguimos para uma área mais comercial. Entramos em muitas lojas e fizemos uma festa (não com muitas compras, mas com muita animação e descobertas divertidas). Retornamos caminhando, passamos na farmácia (xarope para conter a tosse!) e conhecemos um enooorme Cassino, numa antigo Palácio de um Presidente (esqueci os detalhes). Um espetáculo à parte. Teve até olhares desconfiados de funcionários. Acho que não tínhamos pinta de apostadoras. Voltamos ao Hotel, tomamos um chá, vinho, comemos salada e torradas.

Joaquim Torres Garcia

Dia 22/11 – Jueves

Depois dos deliciosos e inesquecíveis croissants do Café da manhã do Hotel Ibis seguimos novamente para a região Histórica da Cidade, desta vez dispostas a comprar os livros para Mateus e visitar alguns Museus. Encontramos a Livraria Puro Verso. Bela arquitetura por fora, encantamento por dentro. Livraria no estilo antigo, móveis de madeira, beleza nos móveis e nos vitrais, mas faltou o charme do atendimento uruguaio no Café do segundo Piso. Tudo bem. Encontramos os livros, tomamos um café (sem muito sabor por conta da falta de empatia, pra não dizer qualidade no atendimento) e saímos. Voltamos ao Museu Joaquim Torres Garcia, outro importante artista uruguaio. Visita cara, ficamos apenas na primeira sala. Seguimos pela rua comercial, artistas de rua se apresentavam levitando e andar no calçadão foi outro prazer que nos trouxe leveza. Não resistimos a entrada em uma lojinha “La Compañia do Oriente”. A noite estava chegando e eu mortinha de frio e tossindo muito precisava de algo pra cobrir os ombros. Peças belíssimas de cerâmica, muita novidade e, mais uma vez, um atendimento que deixou a desejar. É assim? Ok, reduzimos nossas compras e seguimos estranhando o desvio do padrão. Visitamos também a Daniel Cassin (roupas, bijus, sapatos), muito provador para pouca compra, mas valeu a experiência. Vivi comprou um vestido lindo e nós duas compramos dois colares iguais, coisas de comadres...rsrsr para lembrar sempre dessa viagem (como se fosse possível esquecer!).

Mais umas visitas a lojas e paramos na Cerveceria Matriz para dividir um chivito (UY$ 268,85 = US$ 8.85), sanduíche de carne, servido com batatas fritas, prato típico do Uruguai. Mais algumas quadras e o frio chegando forte. Chamamos um Uber e voltamos ao hotel. Mais vinho, sopa de abóbora, sanduíche e chá com torradas, acompanhado pelo melhor atendimento do mundo: Marcelo, O garçom do Ibis, cuidadoso, prestativo, gentil, criativo.

Candombe

23.11 - Viernes

Começamos o dia com chuva. Vivi ficou no quarto para fazer um curso no computador, importante para sua vida no trabalho. Aproveitei para caminhar pelas redondezas, conhecer uma quitanda com suas variadas frutas e verduras, observar o ritmo dos moradores, fotografar algumas árvores, sentir a diferença entre a rambla do Rio De La Prata com a Orla marítima. Falta uma maresia que embebeda, que fascina, falta um cheiro de mar, mas tem o seu charme, sua beleza: pombos, estátuas, serenidade, silêncio, pouco trânsito, muita paz. Os lugares são perfeitos. Só precisamos aceitar o que eles nos oferecem...

Sigamos...

Resolvemos ir visitar um Museu. No meio do caminho, mudamos a rota e fomos até o Mercado del Puerto. Pretendíamos almoçar no mercado (famosas parrilladas). Lugar bem interessante. Aproveitamos para comprar souvenir, alfajor e conhecer o artesanato local. Mas lembramos de Marcos (querido amigo que nos ajudou imensamente com dicas e comentários ricos e pertinentes). Ele havia indicado um lugar bem legal para almoçarmos. Vamos procurar! Bem ao lado, na Rua Piedras, 214, está o El Chipiron, pequeno restaurante em tamanho e grandioso em sabores. Gastamos UY$ 869,00 = US$ 27,00. Valeu, Marcos, super dica! Após o almoço fomos visitar o Museu do Carnaval. Particularmente não me impressionou. Valeu para saber um pouco sobre o Cadombe (tradicional carnaval de lá). Voltamos andando pelas ruas antigas, assim, fotografando com as lentes e com os olhos imagens dos prédios coloniais, barrocos e clássicos até chegarmos no Café Brasileiro. Tradicionalíssimo ponto. Vale o superlativo pois a casa se mantém em funcionamento a mais de um século (fundado em 1877), reduto dos intelectuais e dono de atmosfera bem particular. Vale a visita! Ah, o café não é tão barato, gastamos UY$ 326,98 = US$10,16.

(...) Não me lembro onde fomos depois.

Palácio Sávio e Bar Fun Fun

24.11 - Sábado

Projeto do dia: Conhecer o Teatro Solis.

Começamos com a caminhada, fotografias, flores e árvores centenárias e... as incríveis PORTAS, paixão particular de minha companheira de viagem. Vivi fotografou muitas portas. Que simbólico! Sua vida sempre foi cheia de portas que ela abre e segue...mesmo com as dificuldades que as portas velhas e arrastadas pelo tempo lhe impõem.

Ao chegar ao Teatro chega também um pouco de desilusão. Estava fechado para visitas naquele dia. Não nos abalamos e seguimos sem planos. Fomos almoçar no Café Bacacay. Pedimos Um Hambúrguer, um Malfatti de espinaca e limonada especial. Uau! Especial! Super atendimento! Lugar charmoso! A conta? Cada um pagou a sua, aliviou o trabalho posterior de conferência.

Na sequência andamos pela Praça Independencia, observamos e filmamos casais dançando Tango (aula gratuita). Até recebemos convite para a aula, mas não nos foi tão sedutor. Na passagem pelo Palácio Sávio os anjos de Vivi lhe avisaram que deveria se deter um pouco e averiguar. Segui também sua intuição e foi uma descoberta rica e especial. Construído pelo arquiteto italiano Mario Palanti, sob encomenda da Família Savio foi por muito tempo a torre mais alta da América do Sul. Subimos, com a ajuda do guia Sr.Jorge, pelos pequenos elevadores e estreitos corredores do prédio até a Torre mais alta. De lá fotografamos a vista de Montevideo, do Rio de La Plata. Mistério, charme, luxo, moradores que ainda residem e até mesmo um Clube de Bilhar. Teve tudo nesse prédio, grandes bailes, sede da Rádio Nacional, inclusive assombração. Mas, por sorte, não nos encontramos com o Sr Sávio no sétimo andar, dono do prédio e assassinado por seu Genro, como diz a lenda.

Após essa maratona histórica um café cai bem. E aí entra todo o talento e curiosidade de Vivi com seu incrível, inigualável, Dr. Google. Indicação dele? Potts Sweet & Coffee. Então vamos lá. Seguimos caminhando sempre e muito. Encontramos um furdunço num prédio. Não dava para identificar o que era aquilo de onde estávamos. Encostamos, entramos e encontramos uma Feira de Tatuadores. Tinha Banda de Rock, trezentas mil e quinze pessoas sendo tatuadas ao mesmo tempo. Os seres mais curiosos, mitológicos e estranhos que eu já vi estavam juntos no mesmo lugar. Não curti, muito barulho. Vivi fotografou, filmou e até encontrou um stand de brasileiros com bandeira e tudo. E continuamos nossa procura pelo café. Detalhe: nossas caminhadas tinham a ajuda do google maps e o celular estava sempre à mão sem risco de assalto. Essa cidade é uma tranquilidade. Depois de muitas quadras encontramos o café. Valeu a caminhada! Som agradável, até anotei “The Best Acoustic Covers of Popular Songs 2018 “no You Tube. Ambiente charmoso e bom atendimento.

Lá mesmo resolvemos ir direto para o Bar Fun Fun assistir ao famoso show de Tango. Chamamos o Uber e “tocamos o baile”. Chegamos e já estava lotado. Ficamos na lista de espera e logo conseguimos sentar. Compartilhamos a mesa com uma Canadense e um casal inglês. Começa o show, sensualidade, beleza e charme dos dançarinos. Tomamos Uvita (uma espécie de licor ou cachaça doce a base de uva). Teve ainda Ciavatta, suco de laranja e água.

Ainda tiveram outras apresentações interessantes, mas não inesquecíveis. Ficamos até as duas da manhã. Custos? UY$1.315,33 = US$40,87. Esse dia foi intenso.

Parque Rodó e Valores Ansina

Dia 25.11 - Domingo

Chega de compras! Vamos ao Parque Rodó! Acordamos tarde e depois do café seguimos pela Rambla até o Parque Rodó. Que Parque! Limpo, organizado, muitos monumentos bem conservados, músicos tocando, muitas famílias aproveitando o ar livre, muitos pássaros e também Feira de artesanato. Deitamos no chão recebendo a energia dessa terra mágica que é o Uruguai. Sem hora para ir ou vir, sem compromisso com nada, sem tempo, sem cobranças, só sentindo a vida e ouvindo a graça dos cantos dos pássaros e a força que a natureza nos traz. Gratidão à vida que nos proporcionou isso! Gratidão a Deus que nos deu coragem para ousar e arriscar.

Pronto, agora deu fome. E vamos ao amiguinho Dr. Google pedir ajuda. Indicações preciosas. Seguimos procurando o Buena Costumbre. Se eu pudesse dar outro nome seria Encanto. Simplicidade na decoração, temperada com carinho e charme das coisas mais inusitadas. Pra completar um sorriso encantador no atendimento e pratos deliciosos. Fechamos com a sobremesa preferida de Vi: Crumble de maçã.

Saímos em estado de graça.

Mais caminhadas a procura de uma Igreja onde desejávamos parar e agradecer. Mas no meio do caminho (tinha uma pedra) mais emoções. Encontramos uma praça imensa onde muitas famílias curtiam o finzinho da tarde de domingo. Coisa boa de ver. Crianças, velhos, jovens, todo tipo de gente junto em harmonia.

E encontramos algo peculiar. Um aglomerado de homens ao redor de uma fogueira. Será um ritual religioso? Encostamos e a coisa foi ficando mais curiosa. Havia tambores, três tipos diferentes, todos virados com a boca para o lado do fogo. O que será que estão fazendo? Bem... perguntar, né? É uma necessidade do instrumento para esquentar o couro dos tambores e promover um som de melhor qualidade. O grupo se Chama Valores Ansina. Tocam o Candombe e saem pelas ruas desfilando, tocando os tambores, acompanhado pelas dançarinas e muita gente os segue por várias ruas. Tambores quentes saem em desfile pelas ruas, tipo ensaio de carnaval. E lá fomos nós também, dançando, sentindo o que move esse país, qual o fetiche dessa festa.

Quando cansamos dessa caminhada voltamos a procurar a Igreja. Curioso é que encontramos a Igreja Nossa senhora do Carmo (nome da Mãe de Vivi). Ficamos lá até acabar a missa e os zeladores quase nos expulsarem. Foi tão intenso e mágico esse dia!

Voltamos ao Hotel e estava tendo uma Confraternização de um evento que tinha ocorrido durante o final de semana. Pegamos, de ponga, um show bem bonzinho de uma garota cantando bossa nova, regado a vinho e chá, torradas e geleia. E pode melhorar? Rsrsr.

E que venha o dia seguinte:

Colônia del Sacramento – Lentas Maravillas

26.11.18 - Lunes

Seguiram outras emoções.

Acordamos e depois do café (croissants! hummmm) fomos para a Rodoviária tomar o ônibus para Colônia Del Sacramento. Viagem confortável, segura.

Chegamos no Paraíso? Rsrsr parecia um pedacinho de céu. Muitos ipês roxos floridos nos saudaram. Caminhamos um pouquinho e já encontramos a Nova Posada. Deixamos as malas e seguimos em busca de um bom restaurante indicado pelo nosso amigo Dr. Google. Escolhemos o Parrilla. Não foi marcante, mas era agradável.

As ruas e avenidas largas e totalmente arborizadas e limpas nos impressionou bastante. A cidade é de uma lindeza irretocável. Um clima ameno, ambiente calmo ... inspira paz. Banhada pelo Rio de La Plata o Centro Histórico é considerado pela Unesco Patrimônio da Humanidade.

Caminhamos por ali à toa, parando em lojinhas, explorando ambientes bucólicos e apreciando cada praça, cada árvore, nomes de ruas (Rua Santo Antônio) rimos e pedimos para o Santo dar uma ajudinha para duas “meninas” solteiras e charmosas. De novo encontramos outra Igreja, entramos e estava vazia. O curioso é que não tinha ninguém tomando conta das imagens, dos móveis e objetos. Pessoas entravam, rezavam e saiam. Muita confiança, muita segurança, relações de respeito ao que é público.

Para encantar ainda mais encontramos um café (indicado por um casal brasileiro, conhecidos no Bar Fun Fun) Lentas Maravillas. Foi outra coisa marcante, inesquecível. Fomos até o jardim, sentamos a beira do Rio De la Plata, um tapete de flores de ipê roxo no chão. O Ipê completamente cheio de flores, o sol descendo para seu descanso e as cores do dia se modificavam e refletiam as flores de ângulos diversos e a cada momento tudo ficava diferente, tão lindo, tão perfeito. Noelia era a funcionária. Parecia personagem de filme francês. Trouxe-nos uma tortilha doce com recheio de doce de leite, meu Deus! Voltaria lá mil vezes para provar novamente. “um lugar sin apuro...!” Fomos quase convidadas a sair, a casa ia fechar... nós queríamos ficar. Como se ainda fosse pouco teve o impressionante pôr do sol. Argentina e suas luzes ali tão perto e o mar/rio e o céu e o sol mandando tanta energia, tanto embevecimento aos nossos olhos. Quase esqueço o registro do valor (UY$ 620,00) Não aceitam cartão.

Ficamos por ali também até os mosquitos nos espantarem. E andamos de novo naquele início de noite. E não é que encontramos outro Cassino? A sorte estaria nos rondando? Vamos ver! Foi muito divertido fazer uma experiência totalmente nova, não saber como e tentar, arriscar, viver e aprender, colecionar risadas e perdas, ganhar o dobro e perder tudo de novo, sair com a sensação de que a vida vale a pena! Seguimos adiante procurando algo pra comer. Encontramos o restaurante La Passiva, nada especial, bem comum, comemos omelete, tomamos café, conversamos sobre perdas e conquistas que vamos colecionando pela vida. (UY$390,36= US$ 12,12) e voltamos andando, as ruas desertas, o friozinho chegando.

Ainda em Colônia – Augusto Te House

27.11.18 - Martes

Depois do café da manhã fechamos a conta do hotel e fomos comprar a passagem de volta para garantir o retorno. Depois ... depois era só descobrir coisas, caminhar e esperar. O que nos surgia como presente era nosso passatempo favorito. Encontramos uma loja de roupas italianas. Um luxo. O atendimento deixou a desejar, mas estávamos tão serenas que isso não nos afetou. Caminhamos procurando a prainha. Entramos numa galeria, apreciamos algumas obras de arte e observamos alguns trabalhos que pareciam ter sido produzidos por alunos do ensino fundamental. Na área externa haviam outras obras, uma chaminé e uma bela vista pra o rio.

Andamos um pouco mais e então...momento difícil... precisávamos escolher o local para o último almoço em Colônia. Fechamos com o Augusto Te House! Mais vinho, mais fotografias e muito mais sabor nas nossas mesas. Elegância do atendimento da alemã (me parecia), meio seco, mas sem nenhum defeito. Precisão no tempo de atendimento, beleza no prato, delicadeza e perfeição nos sabores. Saímos tontas de vinho, de música (piano ao fundo) e de boas lembranças para a vida!

Agora era retirar a mochila do hotel e encarar o retorno.

Chegando na rodoviária aproveitamos a proximidade com o Shopping para algumas compras mais urgentes (mais uma mala e a preciosa caixa de som). Tivemos outra agradável surpresa: a higiene e a qualidade do atendimento da funcionária responsável pelo banheiro do Shopping. Gentileza era pouco. Ela nos cumprimentou na chegada, desejou boas vindas e serviu uma tolha (sim, toalha) perfeitamente limpa e quentinha para enxugar as mãos. Não acreditamos. Parecia coisa de sonho. Seguimos com as compras e não tivemos tanta sorte com o café completo para dois (UY$ 434,43= US$ 13,55), Rest. Tratoria. Uber solicitado, voltamos ao Hotel já bem cansadas. Mas... depois do banho... vamos ao último vinho? Rsrs Varanda do hotel, brisa do rio, vinho e uma companhia de uma senhora muito interessante, professora, interessada em assuntos políticos e afins. Leveza e muita informação até a chuva chegar e nos lembrar que é preciso dormir. Acabou, meninas, chega de curtição. A vida continua depois das férias!

Mais um vinho, por favor

28.11.19 – Miércoles... quarta feira

É difícil acordar no dia de ir embora. Quase perdemos a hora do café. Não moça, só mais um croissant. Poxa, não tem mais aquele cereal maravilhoso?

Tudo bem. Já estamos indo mesmo!

Malas prontas e seguimos pro Aeroporto. Um café pra fechar. Fazer contas, não dá tempo... passar no Free Shoping... achar o perfume que desejo... aproveitar e comprar mais umas bobagens com esse resto de dólar que me restou. E não é que ainda tomamos vinho? Encontramos um casal paulista, produtores do café Baggio, divertidos e extremamente comunicativos. Foram muitas conversas e como não tomar vinho se o avião atrasa?

(...)

Chegamos, meu povo. Valeu a loucura de se jogar numa viagem sem um tostão, sem planos, sem rota, sem exigências, só saber que vale a pena viver!

Gratidão a Deus por tudo ter sido tão perfeito! Gratidão Vi, pelo convite tão amoroso e pela paciência em ouvir meus longos e repetidos discursos. Gratidão a Marcos que dispôs do seu tempo para nos dar dicas preciosas e muito importantes para nossa viagem. Gratidão aos meus filhos que apoiaram e apreciaram juntos. Gratidão a todos que nos atenderam nesses dias com delicadeza, a marca dos uruguaios.

Gracias... gracias...gracias!