Orla de Maceió, um prêmio da Natureza.
Nos velhos tempos, lá pelos anos 1960, quando conheci Maceió, a praia chique era a da Avenida. Hoje, com a boa estrutura hoteleira, nas praias da Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas, são esses os pontos turísticos da capital.
Depois de uma trajetória profissional em duas empresas de âmbito federal, sempre atuando pelo interior, venho para esta encantadora cidade, já prestes a me aposentar. Agora, posso dizer que as minhas habituais caminhadas pela orla, além de favorecer o lado físico, também favorece a mente, pela contemplação de tão belas paisagens litorâneas.
Certa vez, numa dessas caminhadas, na curva da Ponta Verde, passo por um casal de turistas, que está sentado num daqueles bancos da orla, a contemplar o verde do mar, e ouço o que diz o homem: “Eta que lugar bonito arretado! Se eu ganhasse na loteria viria morar aqui”.
Continuei andando todo ancho, achando que já tinha esse prêmio da loteria, por morar aqui, próximo à orla, por onde caminho todos os dias. Não foi à toa que meus primeiros trabalhos literários tiveram como tema “Belezas de Maceió”, no estilo de cordel. Foi a partir daí que ousei publicá-los em sites locais até chegar ao Recanto das Letras, graças ao convite de uma já participante, uma alagoana radicada no Rio de Janeiro.
Por tudo isso, assim resumi o meu perfil:
Foi da década de setenta
Que cheguei em Alagoas
E se aqui eu fiquei
Não foi por motivo à toa
Dos lugares que passei
Nunca vi terra tão boa