De Tefé a Harvard
Sem nenhum demérito a Tefé, cidade amazônica, e nem tanto louvor à americana Harvard, cito-as apenas como comparação de carência e abundância em termos acadêmicos, em razão de suas respectivas localizações. Trabalhando numa empresa de âmbito nacional, com atuação na maioria dos municípios brasileiros, Tefé era citada como exemplo de castigo para o funcionário que não alcançasse um bom desempenho, podendo para ali ser transferido. Do mesmo modo, aqui em Alagoas, diziam que a “premiação” seria Poço das Trincheiras, cidade do sertão, também sem nenhum demérito, mas apenas pela distância da capital. Se tive bom ou mau desempenho, o certo é que a minha trajetória profissional conduziu-me a Maceió, onde me aposentei e moro até hoje.
Se Harvard é um famoso centro universitário dos Estados Unidos, assim como Oxford na Inglaterra, Manaus está para Tefé como Maceió para Poço das Trincheiras. Felizmente, a minha trajetória esteve sempre em ascendência, pois, mesmo num pequeno estado, cheguei até a sua capital. Nas minhas andanças por este Brasil afora, quando me apresento como sendo de Maceió, sempre ouço aquele caloroso “u-au...!!!” pela sua atração turística. Nada a ver com pobreza ou corrupção, mas pelas suas belezas naturais. Se pudéssemos comparar turismo com intelectualidade, bem que aqui também poderia ser a Harvard do Brasil.