MADRID
A história de Madrid foi marcada pela presença humana desde a pré historia, mas só a partir do século IX começou a ter alguma importância, tudo devido ao o Emir Maomé I que manteve o poder de domínio em sua política de (852–886), quando nessa época aí instalou um palácio que fomentou o crescimento de uma povoação.
Começou como fortaleza, posteriormente o Antigo Alcázar e finalmente Palácio Real. Conhecido por ser a residência oficial da Vossa Majestade o Rei de Espanha, o certo é que o Rei Juan Carlos não mora lá. Imponente e ricamente decorado serve de cerimonial para eventos e recepções oficiais do Estado, encontros diplomáticos, onde também é possível visitar seu museu. As origens do palácio datam do século IX, quando o reino muçulmano de Toledo, preocupado pela sua defesa ante as investidas cristãs, edificou uma fortaleza que mais tarde seria usada pelos reis de Castela. No século XVI foi construído o forte sobre os mesmos alicerces.
O palácio foi incendiado no Natal de 1734 e reconstruído durante o governo de Felipe V. O edifício, cujas obras se realizariam entre 1738 e 1755, foram contemplados com uma estrutura abobadada, com pedras e tijolos, sem matérias inflamáveis. Carlos III foi o primeiro monarca que estabeleceu neste a sua residência em 1764. Imperdível!
Com um lindo jardim, o museu tem um magnífico acervo, com obras de Juan de Flandres (Políptico de Isabel a Católica), Caravaggio (Salomé com a cabeça de João Batista), Velázquez e Goya, além de instrumentos musicais, como o quarteto realizado por Stradivarius, e as peças da Real Armaria.
Embora possa parecer uma cidade antiga, Madrid é uma cidade jovem, tal como pode ser lido nos documentos das autoridades, tanto europeu como espanhóis. A conquista, colonização e pacificação romana da península Ibérica duraram quase duzentos anos; desde a Segunda Guerra Púnica até ao ano 27-a-c. (ano vinte e sete antes de cristo) no qual se completou o processo de paz no norte do território, dividindo então a península em três províncias. A região de Madrid situava-se na Hispãnia Taraconense. Neste período, Madrid era apenas uma pequena localidade rural na qual se cruzavam estradas e com uma paisagem natural excepcional. Tem-se discutido recentemente a possibilidade de existência de uma antiga basílica visigoda perto da igreja de Santa Maria da Almudena, mas, nada foi confirmado.
O primeiro relato histórico da existência de uma povoação na região de Madrid data da época muçulmana. Na segunda metade do Século IX, o emir de Córdova, Maomé I de Córdoba (852 - 886) mandou construir um forte numa elevação junto ao rio (lugar ocupado atualmente pelo palácio Real) com o propósito de vigiar a serra de Gaudarrama e para ser o ponto de partida de ataques contra os reinos cristãos do norte. Junto do forte, para sul, situava-se o povoado; chamava-se Mayrīt (Magerit em português). Deste período, foram descobertos em escavações arqueológicas levadas a cabo na cidade a partir de 1975, alguns restos da muralha árabe. Em Madrid nasceu no século X Maslama-al-majirit, chamado o "Euclides andalusi", notável astrônomo e fundador da Escola de Matemática de Córdova. No século IX, durante a ocupação por parte dos Árabes, o Rei Mohamed I mandou construir uma fortaleza junto ao Rio Al-Magrit, atualmente Rio Manzanares, a partir de onde podia avistar toda a cidade. Em 1085, a cidade foi reconquistada por Alfonso VI e a fortaleza tornou-se Palácio Real. Inicialmente, os Árabes e os Judeus foram bem tolerados, embora as suas posses tenham sido confiscadas.
Em 1492, os Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, acabaram a Reconquista, com a expulsão dos últimos Mouros, da cidade de Granada. Posteriormente, em 1561, o país foi reunificado pelo Rei Carlos I. O seu filho, Felipe II, transferiu a Corte Real de Villadolid para Madrid, e desde essa época até aos nossos dias, tem sido a capital da Espanha.
Nos séculos XVI e XVII, séculos de ouro do Império Espanhol, a cidade cresceu, mas era ainda pequena, quando comparada com outras cidades, como Sevilha e Cádiz.
O tempo passou e a situação foi mudando. Passaram os séculos de ouro da Espanha e chegamos ao século XVIII, com o Carlos III, considerado por alguns como o melhor monarca da história de Madrid, que culminou esta etapa dourada, muito embora os primeiros movimentos turbulentos não tenham verdadeiramente chegado antes do seu sucessor, Carlos IV, que presenciou a agitação em que o país se encontrava. Finalmente, com Fernando VII, conhecido como absolutista, acabou toda a prosperidade que tinha existido trazida pelos últimos monarcas. Tinha terminado um ciclo.
Em 1808, chegam as Invasões Napoleônicas, tanto a Madrid, como a muitos outros pontos de Espanha. Estávamos no século XIX e a Europa agitava-se. Napoleão perdeu Madrid e Espanha e o seu império capitulou com suas tropas vencidas pelo inverno russo sucumbidas no gelo.
O século XX começou com revoltas e tensão, uma situação que resultou na Guerra Civil, entre 1936 e 1939. Nesta guerra, dois grupos, os Nacionalistas e os Republicanos, respectivamente autoritários e democratas, lutaram em todo o território espanhol até finalmente a parte republicana ter triunfado, tendo colocado Francisco Franco no poder. Poder este que perdurou por quarenta anos.
Depois da morte de Franco, em 1975, a democracia foi instaurada na Espanha, sob um regime de Monarquia Parlamentar.
(Foto arquivo pssoal 16/03/15 -- Arena de touros em Madrid)
A história de Madrid foi marcada pela presença humana desde a pré historia, mas só a partir do século IX começou a ter alguma importância, tudo devido ao o Emir Maomé I que manteve o poder de domínio em sua política de (852–886), quando nessa época aí instalou um palácio que fomentou o crescimento de uma povoação.
Começou como fortaleza, posteriormente o Antigo Alcázar e finalmente Palácio Real. Conhecido por ser a residência oficial da Vossa Majestade o Rei de Espanha, o certo é que o Rei Juan Carlos não mora lá. Imponente e ricamente decorado serve de cerimonial para eventos e recepções oficiais do Estado, encontros diplomáticos, onde também é possível visitar seu museu. As origens do palácio datam do século IX, quando o reino muçulmano de Toledo, preocupado pela sua defesa ante as investidas cristãs, edificou uma fortaleza que mais tarde seria usada pelos reis de Castela. No século XVI foi construído o forte sobre os mesmos alicerces.
O palácio foi incendiado no Natal de 1734 e reconstruído durante o governo de Felipe V. O edifício, cujas obras se realizariam entre 1738 e 1755, foram contemplados com uma estrutura abobadada, com pedras e tijolos, sem matérias inflamáveis. Carlos III foi o primeiro monarca que estabeleceu neste a sua residência em 1764. Imperdível!
Com um lindo jardim, o museu tem um magnífico acervo, com obras de Juan de Flandres (Políptico de Isabel a Católica), Caravaggio (Salomé com a cabeça de João Batista), Velázquez e Goya, além de instrumentos musicais, como o quarteto realizado por Stradivarius, e as peças da Real Armaria.
Embora possa parecer uma cidade antiga, Madrid é uma cidade jovem, tal como pode ser lido nos documentos das autoridades, tanto europeu como espanhóis. A conquista, colonização e pacificação romana da península Ibérica duraram quase duzentos anos; desde a Segunda Guerra Púnica até ao ano 27-a-c. (ano vinte e sete antes de cristo) no qual se completou o processo de paz no norte do território, dividindo então a península em três províncias. A região de Madrid situava-se na Hispãnia Taraconense. Neste período, Madrid era apenas uma pequena localidade rural na qual se cruzavam estradas e com uma paisagem natural excepcional. Tem-se discutido recentemente a possibilidade de existência de uma antiga basílica visigoda perto da igreja de Santa Maria da Almudena, mas, nada foi confirmado.
O primeiro relato histórico da existência de uma povoação na região de Madrid data da época muçulmana. Na segunda metade do Século IX, o emir de Córdova, Maomé I de Córdoba (852 - 886) mandou construir um forte numa elevação junto ao rio (lugar ocupado atualmente pelo palácio Real) com o propósito de vigiar a serra de Gaudarrama e para ser o ponto de partida de ataques contra os reinos cristãos do norte. Junto do forte, para sul, situava-se o povoado; chamava-se Mayrīt (Magerit em português). Deste período, foram descobertos em escavações arqueológicas levadas a cabo na cidade a partir de 1975, alguns restos da muralha árabe. Em Madrid nasceu no século X Maslama-al-majirit, chamado o "Euclides andalusi", notável astrônomo e fundador da Escola de Matemática de Córdova. No século IX, durante a ocupação por parte dos Árabes, o Rei Mohamed I mandou construir uma fortaleza junto ao Rio Al-Magrit, atualmente Rio Manzanares, a partir de onde podia avistar toda a cidade. Em 1085, a cidade foi reconquistada por Alfonso VI e a fortaleza tornou-se Palácio Real. Inicialmente, os Árabes e os Judeus foram bem tolerados, embora as suas posses tenham sido confiscadas.
Em 1492, os Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, acabaram a Reconquista, com a expulsão dos últimos Mouros, da cidade de Granada. Posteriormente, em 1561, o país foi reunificado pelo Rei Carlos I. O seu filho, Felipe II, transferiu a Corte Real de Villadolid para Madrid, e desde essa época até aos nossos dias, tem sido a capital da Espanha.
Nos séculos XVI e XVII, séculos de ouro do Império Espanhol, a cidade cresceu, mas era ainda pequena, quando comparada com outras cidades, como Sevilha e Cádiz.
O tempo passou e a situação foi mudando. Passaram os séculos de ouro da Espanha e chegamos ao século XVIII, com o Carlos III, considerado por alguns como o melhor monarca da história de Madrid, que culminou esta etapa dourada, muito embora os primeiros movimentos turbulentos não tenham verdadeiramente chegado antes do seu sucessor, Carlos IV, que presenciou a agitação em que o país se encontrava. Finalmente, com Fernando VII, conhecido como absolutista, acabou toda a prosperidade que tinha existido trazida pelos últimos monarcas. Tinha terminado um ciclo.
Em 1808, chegam as Invasões Napoleônicas, tanto a Madrid, como a muitos outros pontos de Espanha. Estávamos no século XIX e a Europa agitava-se. Napoleão perdeu Madrid e Espanha e o seu império capitulou com suas tropas vencidas pelo inverno russo sucumbidas no gelo.
O século XX começou com revoltas e tensão, uma situação que resultou na Guerra Civil, entre 1936 e 1939. Nesta guerra, dois grupos, os Nacionalistas e os Republicanos, respectivamente autoritários e democratas, lutaram em todo o território espanhol até finalmente a parte republicana ter triunfado, tendo colocado Francisco Franco no poder. Poder este que perdurou por quarenta anos.
Depois da morte de Franco, em 1975, a democracia foi instaurada na Espanha, sob um regime de Monarquia Parlamentar.
(Foto arquivo pssoal 16/03/15 -- Arena de touros em Madrid)