Conhecendo Caibaté, Mato Queimado e outras das Missões Jesuíticas do Rio Grande do Sul

Das Missões minha única lembrança, era uma excursão de colégio, quando tinha 10 anos de idade, lá se vão 25 anos. E se vamos guiados por um casal de amigos, nativos do solo missioneiro, encarando estradas esburacadas, e uma imensidade de controladores de velocidade, ao todo contamos 12, de Santa Maria até chegar a Santo Ângelo. De Santo Ângelo confesso que nada sabia, e realmente me surpreendi, pela ampla e bela praça central com sua esplendida Catedral Angelopolitana, em sua tonalidade vermelha, fazendo lembrar a cor da terra missioneira, conhecida por seu barro vermelho. De Santo Ângelo foi admirar a catedral, depois visitar o museu do outro lado da rua, cujo a fachada em nada indica ser um museu. Só descobri se tratar de um, ao perguntar a populares, que estavam na parada de ônibus. Em Santo Ângelo nada mais, e partimos para Caibaté, cidadezinha típica interiorana, com sua praça central, uma igrejinha, algumas estatuas dos Três Mártires, três padres jesuítas mortos pelos índios, e que devido a isso viraram figuras de devoção, sendo homenageados no Santuário do Caaró na entrada da cidade. De bom em Caibaté a organização da cidade, o bom nível social, e a hospitalidade do povo, onde podemos comer um ótimo churrasco de carne macia na casa de amigos, e o tradicional ovo colorido (ovo com beterraba) que nos serviram nas duas casas que visitamos (cada cidade com seus pratos). À tarde fomos à estrela das Missões, São Miguel, visitar os sitio arqueológico de São Miguel Arcanjo, a maior e mais famosa redução jesuítica do estado. O lugar todo tem uma atmosfera muito diferente, e a redução em si, é algo único, imponente por se tamanho e história. Ficamos um bom tempo curtindo o local, as obras de arte antigas em madeira, os tais “Santos do Pau Oco” (como eu chamo), grandes esculturas de santos, com um buraco no meio, só não consegui saber se o buraco era para alguém se esconder ou para esconder armas ou coisa assim. Ainda ao sair me aventurei a procurar um ponto turístico menos conhecido, a tal Fonte Missioneira, e valeu à pena, uma fonte d’agua, construída pelos índios, na época dos jesuítas. Interessantíssimo ver a engenharia da época. E não fui embora sem provar da água, boa e fresca, através do processo de decantação. Nesse mesmo dia podemos ainda conhecer a pequena Mato Queimado, distrito a não muito emancipado de Caibaté. E que surpresa encontrar no meio da Região Missioneira, uma cidade de imigração Alemã, com alto nível de desenvolvimento humano. Lindas casinhas, uma grande e bela praça, e prefeitura, em estilo Germânico. Uma jóia de cidadezinha. Ouvimos dizer que recebem algum incentivo do governo alemão para manter as tradições, verdade ou lenda, não descobrimos. Ao ir embora de Mato Queimado, passamos pelo belo pórtico, e vamos voltando a Caibaté, por um asfalto que mais parece um Tapete, o que nos remete a outro país, pois, em nada faz lembrar as esburacadas e precárias estradas gaúchas de nossos tempos. No dia seguinte já na ida pra casa visitamos o Santuário do Caaró. Mais interessante pela história do que propriamente pelo local, onde se pode ver uma estatua replica do coração arrancado de um dos mártires, e por estar chovendo a passada teve que ser rápida, e não podemos desbravar o local todo. A visita foi curta, mas deu para perceber que a região das Missões, esta bastante voltada para o turismo, onde muitos de seus municípios estão investindo em seus atrativos, o que deixou um gostinho de quero mais.

FSantana
Enviado por FSantana em 14/09/2015
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