Modas exóticas: estufas aeroportuárias
Em terras frias, a tentativa de economizar energia sugere a construção de estufas transparentes que permitam a entrada da luz solar; isso permite o aquecimento e ailuminação do ambiente sem gastos de energia; ideia simples, engenhosa e louvável.
Em terras tropicais, no entanto, o acúmulo de calor decorrente da radiação solar armazenada pela estufa impõe gastos enormes com refrigeração. Em nossas terras, quentes e amplamente iluminadas, as tradicionais janelas permitem iluminação e ventilação, dissipando o calor e resfriando o ambiente (sinto-me tolo tendo que explicitar banalidade tão óbvia).
Com o intuito de modernizar nossos aeroportos para receber os jogos internacionais incorporamos a moda vigente nos países frios, as estufas. O conceito útil para a economia de energia gasta com aquecimento, torna-se aqui um contrassenso. A estufa do aroporto Santos Dumont, no Rio é surpreendente.
Temos gastado os bilhões que não temos para construir estranhas quimeras adaptadas a regiões exóticas. Somos um povo estranho.