RODOVIA RJ-163 - PENEDO A VISCONDE DE MAUÁ

 

Foto 1 - Placa da rodovia Vereador Quirino, a RJ-163.

Se você tem vontade de conhecer Visconde de Mauá/RJ e ainda não foi devido às precárias condições de acesso ao local, pode começar a arrumar as malas. A rodovia que leva até esse distrito da cidade de Resende/RJ já está totalmente asfaltada em seus 32 quilômetros de extensão. A conclusão das obras deu-se em dezembro de 2011. A coleta de dados para este texto foi feita em maio 2013.
 
A RJ-163 (foto 1) começa na saída 311 da Rodovia Presidente Dutra, tanto para quem vem do Rio como de São Paulo. Após 4 quilômetros há uma rotatória que leva a Penedo (à esquerda) e, seguindo em frente, vai-se para Visconde de Mauá. Penedo é um bairro do município de Itatiaia/RJ, que ainda conserva os traços dos finlandeses que chegaram ali em 1929. É considerada até hoje a única colônia finlandesa no Brasil.
 
Antes de dezembro de 2011, a RJ-163 era asfaltada somente até o vilarejo de Capelinha, onde existe uma lanchonete que é ponto de parada dos viajantes. Os 16 quilômetros restantes eram de terra e muito mal conservados, o que desestimulava muitos viajantes a seguirem em frente (eu fui um desses). No caminho, antes de Capelinha e à esquerda, fica a entrada para a Serrinha do Alambari (foto 2), uma área de proteção ambiental, onde é permitida a entrada, inclusive do veículo. Após o portal, o trecho é todo em terra. Se estiver com tempo, vale a visita.
 
 
Foto 2 – Portal de entrada para a Serrinha de Alambari.
 
DESCRIÇÃO DA RODOVIA
 
Pavimentação: Totalmente asfaltada até Visconde de Mauá. O trecho inicial, até Capelinha, está um tanto desgastado, pois não vê manutenção há muito tempo. Mas não há buracos que possam causar danos ao veículo. De Capelinha em diante o asfalto está muito bom.
Traçado: Bastante sinuoso exigindo cuidado por parte do motorista, principalmente após Capelinha. As curvas mais acentuadas foram batizadas com nomes sugestivos: curva do cotovelo e curva da ferradura (foto 3) pelo fato de serem próximas de 180 graus.
  
 
Foto 3 – Vista da curva da ferradura. Ao fundo a placa de identificação.
 
Sinalização: Também até Capelinha, a sinalização de solo é um tanto precária, com as faixas comprometidas pelo tempo, melhorando muito a seguir. A sinalização de placas é satisfatória e atende os mínimos requisitos.
Acostamentos: Praticamente inexistentes em todo o percurso. Nos poucos lugares onde existem são de terra e mato, além de muito estreitos. Se furar algum pneu ou o veículo apresentar algum problema a coisa fica complicada, principalmente devido às curvas que reduzem a visibilidade. Nos 16 quilômetros finais, recentemente asfaltados, não há pontos de parada, a não ser nos mirantes.
Mirantes: Após Capelinha existem três mirantes onde podem ser feitas belas imagens.
Trecho de serra: Seguindo no sentido de Visconde de Mauá, já após Capelinha, sobe-se a Serra Pelada por 10,5 quilômetros até atingir-se o topo da serra com 1.300 metros de altitude. Após o topo, uma descida de 3,2 quilômetros chegando a Visconde de Mauá.
 
 
Foto 4 – Rua de Visconde de Mauá.
           
Um pouco da região de Visconde de Mauá: Apropriado ao ecoturismo, o distrito em si tem apenas uma rua (foto 4). Mas o seu forte são as pousadas, a gastronomia e as cachoeiras, além da paz que está presente em todos os lugares. A hotelaria é considerada de alto nível, com diversas opções de hospedagem. A gastronomia, por sua vez, é bem diversificada, e atrai visitantes de todos os gostos. Duas vilas fazem parte da região de Visconde de Mauá: Maringá e Maromba que oferecem ao visitante um clima bucólico e místico capaz de revigorar as energias. O acesso ainda se dá por estradas de terra, mas já se trabalha na pavimentação. Apesar das baixas temperaturas (as noites são muito frias), as águas do Rio Preto são sempre procuradas para banhos. Em maio costuma haver a Festa do Pinhão e em julho, o Festival de Inverno. Informe-se das datas exatas, pois elas são flutuantes. Mauá está quase na divisa com o estado de Minas Gerais. Neste ponto da belíssima Serra da Mantiqueira, os estados de São Paulo, Minas e Rio praticamente se interligam numa beleza ímpar.
 
Com a pavimentação da RJ-163, a visitação à região de Visconde de Mauá ficou muito facilitada. Mas foi muito difícil conseguir que esse asfaltamento saísse, pois os moradores da Vila resistiram o máximo que puderam, alegando (com razão) que o progresso iria acabar com o sossego do local.
 
Com ou sem o fim do sossego, fica a certeza de que visitar essa região é um convite a viver no paraíso, nem que seja apenas por alguns momentos. Boa viagem e bom passeio.


 
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