Em Defesa do Nordeste
Não obstante o preconceito que ainda impera sobre a nossa região, o Nordeste já é o segundo destino turístico do Brasil. A propósito de uma frase que vi numa revista de circulação nacional, desta semana, que revela uma boa dose de discriminação, não pretendo negar a existência de algumas mazelas que mancham a nossa imagem. Entretanto, o que o turista do interior de São Paulo alega ocorre também noutras regiões do nosso país. Falando de um passeio que fez a Punta Del Este, no Uruguai, ele diz: “Lá não é como no Nordeste. Dá para passear durante a noite sem ficar preocupado com assaltos”.
Será que é só mesmo no Nordeste que há essa preocupação?
Não só pelo que vejo na televisão, leio nos jornais e pelo que já conheci in-loco por esse Brasil afora, nem sempre é um mar de rosas no que diz respeito à violência. Até mesmo na “Cidade Maravilhosa”, o primeiro destino turístico do país, há históricos assustadores de roubos e assaltos a turistas. Essa preocupação também vi em países do primeiro mundo, mediante a advertência dos próprios guias turísticos. Estranhei, achando que, ao sair do terceiro mundo, lá iria encontrar um mar de tranqulidade. Tudo depende especificamente de determinados lugares. Num mesmo país, numa mesma região ou estado, há o paraíso e o inferno. Assim como aqui no Nordeste há também o lado bom. Não é à toa que moro no “Paraíso das Águas, como é conhecida a nossa querida Maceió. E é Nordeste.