Desprezo ao relógio
Tento entender porque alguma rodoviária ou algum aeroporto no Brasil não tem relógio nos pontos de embarque, para que os passageiros possam monitorar seu horário, como acontece na rodoviária de Ribeirão Preto e no Aeroporto de Campinas.
Na Rodoviária de Ribeirão Preto, um tímido relógio existe no ponto de estacionamento dos ônibus, onde o acesso do passageiro só é permitido na hora da partida, mas não na sala de espera; no Aeroporto de Viracopos, as horas são mostradas, de forma quase minúscula para pessoas idosas, no quadros de partidas e chegadas dos voos,mas, no setor de embarque, não há esses quadros e o único relógio que havia foi retirado pela equipe que reforma o aeroporto.
É um tal de passageiros consultando relógios- de -pulso ou aparelhos celulares para saberem as horas, preocupados com a perda do embarque,como se não houvesse nenhuma relação entre o passageiro e a hora para a administração local.
Problema idêntico se repete em outras cidades, deixando a impressão de uma incompetência cultural dos responsáveis para garantir ordem e precisão no transporte dos passageiros. Há casos em que atrasos e adiantamentos nas partidas e chegadas se transformam em transtorno para os usuários.
Enquanto as férias, as viagens de final-de-ano e a Copa do Mundo não chegam, o jeito é rezar para que tais falhas não resultem em pandemônio geral para brasileiros e turistas estrangeiros, porque o relógio tradicional ,aquele que pode ser consultado de longe, parece ter sido relegado ao esquecimento...