Viagens de bike (Sonhando com o Maranhão - Parte II...)
(Primeira Etapa: Ilhéus-Itabuna)
Depois de embarcarmos nossas bikes, (as mais do que idolatradas, salve-salve, Rockriders 6.3 de longas histórias compartilhadas) lá fomos nós para o avião, um A-319 da TAM, bem mais apertado que o A-320 que nós já estávamos acostumados a usar. Claro que nem pensamos em reclamar do aperto dos bancos, visto que as nossas passagens foram compradas numa mais do que conveniente bacia das almas penadas...
Bem. Depois de menos de duas horas de um monótono voo nós desembarcamos no aeroporto de Ilhéus, não sem antes tirar aquela fina já tradicional do Opaba, (o hotel que fica bem na rota dos aviões, antes do pouso na cidade) e do inescapável susto antes de poder botar os pés no chão. O alívio por pousar foi tanto que quase me senti tentado a beijar o chão não lá muito limpo de Ilhéus, como fazem as grandes personalidades, mas consegui resisti à tentação depois daquela aterrissagem mais do que barulhenta e fui me postar na área de recebimento de bagagens para pegar as nossas magrelas.
Sob os olhares espantados dos funcionários do aeroporto de Ilhéus tratei de desembalar o plástico de nossas bikes e, após colocar algum ar nos pneus delas, Eliana e eu saímos pedalando em busca de um posto de gasolina para calibrá-las adequadamente. Duas ou três informações erradas depois nós encontramos um posto no bairro Nelson Costa e, pneus já calibrados com quarenta e cinco libras cada um, pusemos-nos a caminho de Itabuna distante cerca de quarenta quilômetros de onde nos encontrávamos.
Como já passava das cinco horas da tarde e a noite vinha baixando celeremente, aproveitamos a passagem de um ônibus da Rota que fazia a linha Olivença-Itabuna para colocar nossas bikes no bagageiro (depois de eu me esbaforir para conseguir alcançá-lo no bairro do Pontal e vencer a resistência do cobrador que me olhava com extrema desconfiança) e trinta minutos depois, não sem antes esquecer um farol da bike de Eliana dentro do dito ônibus, já íamos nós rodando pelas ruas do bairro de Fátima em direção à casa de minha tia da Glória onde finalmente descansaríamos da primeira etapa da jornada que teria seu ponto culminante, dias mais tarde, nas terras do Maranhão.