INDO PARA LIVERPOOL
INDO PARA LIVERPOOL
Não foi difícil, mas também não foi fácil. Cansativo é a palavra que melhor qualifica a viagem. Sai às 16, 30 de casa para o aeroporto e, exatamente 24 horas depois, estou aqui num trem Londres-Liverpool, com chegada ao destino prevista para daqui a duas horas.
Numa passeada pelos vagões, dá para perceber que uns 70% dos passageiros estão usando laptops, uns tantos leem e os demais apenas descansam. Eles são da terra, não estão "dando a mínima" por estarem indo para a terra dos Beatles e não parecem ser "Beatles researcher" como eu.
O mesmo acontece comigo quando em Ipanema - bairro reduto da Bossa Nova e palco da minha vida. Não "dou a mínima" por estar andando pela antiga rua Montenegro ou pela Nascimento Silva (ali no número 107 brinquei de carrinho com Paulinho Jobim, enquanto o pai, um certo Antonio Carlos dedilhava o piano...).
Voltando a falar do tema central, depois de apurar o meu ouvido para me comunicar com o atendente do trem, percebo que ele entende a minha língua mãe, até porque ele se chama Manuel e é paulista. Em português é tudo muito mais fácil....
Curioso e. como já disse, cansado, aguardo o momento de desembarcar e dar uma primeira espiada no Cavern Club, coisa que a uns 30 anos atrás teria um sabor bem maior de deslumbramento.
(12/05/2011)