DO OUTRO LADO DO MUNDO IV
Ao mesmo tempo em que a vontade de estar em casa e grande, a saudade ja esta instalada no meu coracao, a medida em que a hora do retorno aproxima-se. Ha dois anos atras seria impensavel uma viagem destas.Desde que meu filho veio para ca, surgiu a ideia de visita-lo, uma vez que ele pretende voltar ao Brasil so em 2017. Desde marco do ano passado iniciamos o planejamento dos detalhes, de acordo com as possibilidades financeiras de dois aposentados. Mas esta valendo a pena.Eu e meu marido estamos tranquilos quanto a permanencia do nosso cacula aqui.Nestes dezoito meses, amadureceu, tornou-se responsavel por sua propria vida e nao depende fnanceiramente de nos.Mas, difilcil lidar com essa saudade teimosa que faz doer o coracao da gente.Mesmo com as facilidades de comunicacao hoje em dia, nada pode substituir o calor da presenca fisica.
Mas, falemos mais um pouco desta bela cidade chamada Gold Coast ou Costa Dourada. Como eu ja disse, nada lembra desigualdade social por aqui. Para onde olhamos e tudo limpo, ruas arborizadas, transito sem estresse,seguranca...Gosto muito de cidades onde se respeita o verde e por aqui ainda vemos muita mata nativa em plena cidade. Novos bairros surgem por aqui e queira Deus que a cidade cresca sem descartar o verde.
Estivemos na Praia de Curambi.De todas as que visitamos esta e a melhor para tomar banho.Lembra muito Maracaipe, em Pernambuco, aguas quase mornas.Foi a segunda vez que me banhei nas aguas do Pacifico . Nao gosto de praias em mar aberto, sao muito bravas mas esta e formada por um rio que vai formando lagoas e piscinas naturais sem perigo para os banhistas. As maes de Gold parece que estavam todas por la com seus pimpolhos, E ainda ha um parquinho infantil para a criancada.
Aqui, como ai no Brasil, comer fora nao e barato, porisso nao me furtei de cozinhar em casa, ate mesmo por causa dos rapazes que estavam desejosos de uma comida com gosto de Brasil, mas experimentei a comida local. Alem do kebabe que me fez mal, experimentei o fish ship, peixe a milanesa com batatas frita e de diferente o modo de servir, em papel de embrulho, sem garfo , faca ou palito...Idem o frango e a carne. No restaurante pedimos um peixe o qual e servido como prato feito, mas bonito que gostoso. Do carneiro, servido do mesmo modo , gostei.Acompanha pure de abobora, legumes e um molho que suponho seja de katchup com shoio. Nada de arroz! Meu filho pediu uma picanha, servida com batatas fritas e salada verde. Seja como for, a carne tem sabor diferente da nossa, nao sei explicar. E meu marido, turrao nao se acertou com os sabores daqui, nao tem gosto, diz ele.
Agora sao 16.55, hora daqui do dia 16 de abril.Ontem a noite fomos ao bar do hotel onde meu filho trabalha. Os poucos que conheci no Rio de Janeiro e ate mesmo em Curitiba, nada ficam a dever. E de semelhante, a musica alta...Ja no Surf Clube, onde meu narido ficou "socio", havia uma dupla local tocando e cantando musica para dancar. Ate senti vontade de mosttar aos locais, como se danca, mas como nao sou boa de molejo, nao me atrevi! E por falar em Surf Club, todos os bairros tem o seu, sempre a beira-mar. E um local muito agradavel, com bar, restaurante, cassino e salao de festas.No sub-solo fica o estacionamento para pranchas de surf, caiaques e outros barquinhso menores. O Surf Club pode ser frequentado por qualquer pessoa,mas a maioria dos frequentadores e de pessoas idosas. E haja tomar chopp em qualquer idade... E por dez dolares por ano, meu marido ficou socio, com direito a desconto de 10% em qualquer item consumido.
E hoje, ja em ritmo de despedida fomos fazer uma caminhada em uma trilha que margeia a praia de Burleigh Head, aqui perto. Natureza pura, com mata nativa, arvores imensas, paz muita paz.
Vou ficando por aqui, repetindo: gostei daqui, mas amo demais o meu Basil, com todas as suas contradicoes e problemas.Essa nossa diversidade, com a nossa gente com aparencia nordica e outras com a negritude sensual ou ainda a nossa mesticagem toda, tudo isso nos faz um povo unico. E a nossa culinaria...Tem razao os estrangeiros quando chegam ai e enlouquecem com os nossos sabores e a nossa fartura.Lembrei-me agora do dia em que estavamos almocando no restaurante dos bugueiros em Jenipabu e com aquela fartura toda de camrao, um estrangeiro enchia o prato por diversas vezes e saboreava gulosamente essa delicia. Penso que ele nunca havia comido tanto camarao na vida dele. Bendita seja a nossa terra, onde se plantando tudo se da. E volto a dizer: o problema do Brasil e a impunidade e a corrupcao. Aqui, infracoes de transito custam caro. Um dos menino aqui, esta sem dirigir por seis meses. Se for apanhado dirigindo sem poder, vai pagar 2.000 dolares e mais um tempo sem dirigir. Ele diz que ai e fazer as malas e voltar para o Brasil.Nao arrisca.
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